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𝕬𝖓𝖓𝖆 𝕷𝖎𝖘.

Estou tentando ligar para o Caleb desde ontem, mas ele não atende a porra do celular, jogo-o na cama bufando e passo a mão no rosto.

Escuto batidas na porta e eu murmuro um entra. Logo a porta do meu quarto foi aberta e a loira passou por ela, fechando a porta em seguida.

— Bea? O que faz aqui?

— Te mandei várias mensagens e você não me respondeu, então resolvi vim aqui. — Se sentou na ponta da minha cama.

— Ah, foi mal. Não havia visto.

— Relaxa! — Sorriu. — Vim te chamar para ir darmos uma volta.

— Ai, Bea, não to com muita vontade de sair. — Olhei para ela.

— Vai ser rapidinho, amiga.

— E para onde iriamos?

— Numa sorveteria muita boa que tem aqui perto. Você não vai se arrepender, eu juro! — Ela juntou as mãos e fez biquinho.

— Tá, tudo bem!

Ela deu sorriso e eu me levantei da cama indo até meu guarda-roupa. Escolhi uma saia jeans que vai até metade das minhas coxas e um cropped branco liso, calcei um air force e tirei a toca de cetim fazendo meu cabelo cair nas minhas costas.

— Vamos? — Concordei pegando a minha bolsa.

Saímos meu quarto e descemos as escadas, encontrando os dois sentados no sofá vendo filme.

— Vai sair? — Perguntou Arthur me olhando e eu assenti. —Tem certeza?

— Tenho! — Coloquei meu cabelo atrás da orelha.

— Vou com vocês. — Disse Miguel se levantando.

— Não vai! Aquieta o cu aí.

— Anna... — Disse Arthur, mas eu o interrompi.

— Vai só nós duas, ok?

Eles demoraram, mas acabaram concordando. Eu entendo, eles tão preocupados devido ao Guilherme, mas ele não vai aparecer do nada no meio de um monte de gente.

Eu e Bea saímos de casa e fomos andando até a sorveteria, já que Beatrice disse ser pertinho da minha casa.

Após andarmos por dois minutinhos, avistei a sorveteria que graças a Deus estava cheia. Atravessamos a rua e entramos na sorveteria, tinha várias variedades de sabores e adicionais.

Pegamos uma casquinha em formato de cestinha e podia escolher quatro sabores diferentes, eu escolhi, nocciole, raffaello, nutella e fragolini del bosco. Bea escolheu os mesmo sabores que eu e nos sentamos em uma mesa.

Comi um pouco e arregalei os olhos.

— Meu Deus, isso é ótimo! — Bea gargalhou.

— Eu falei que você não iria se arrepender.

— Tá explicado o motivo de estar tão cheio.

— Essa é a melhor sorveteria que tem aqui!

Uma notificação chega no meu celular e eu pego o mesmo na bolsa. Desbloqueio e entro nas notificações vendo que era mensagem do número desconhecido, entro na conversa e arregalo os olhos levantando da cadeira em pulo.

— O que foi, Anna? — Me olhou preocupada.

— Precisamos ir, agora! — Peguei a minha bolsa de cima da mesa e tirei o dinheiro.

Ela me olhou sem entender, mas se levantou com a sua casquinha em mãos. Peguei a minha e fui andando até o balcão, paguei e segurei na mão da Bea puxando-a para fora.

Pego o meu celular e compartilho a minha localização com Arthur e Miguel, guardando o celular na bolsa em seguida.

— Anna, o que tá acontecendo? — Perguntou em quanto eu a puxava.

Não respondi nada, apenas olhei para trás procurando por ele. Eu quase caio quando encontro aqueles pares de olhos, começo a andar mais rápido e olho para trás vendo que ele me seguia.

— Merda! — Bea olhou para trás e depois para mim.

— Quem é aquele homem? — Eu ignorei.

Olho para trás vendo que ele tá um pouco distante e entro em rua tentando despistá-lo, mas acabo entrando em um beco.

— Porra! — Me viro para sair do beco, mas Pires logo entra nele com um sorriso nojento.

Solto Beatrice colocando ela atrás de mim e sinto as minhas pernas tremerem ao ver ele se aproximando.

— Finalmente te encontrei, docinho. — Deu dois passos para frente e eu dei dois para trás. — Não vai me apresentar para a sua amiga? — Se inclinou para o lado para ver ela.

— Ela não tem nada a ver com isso, deixa ela ir embora! — Ele riu pelo nariz e negou.

— Não, docinho. Sua amiga vai ficar aqui e vai ver você morrer na frente dela.

— Seu maluco! — Beatrice gritou e eu olhei para ela negando.

— Sim, eu sou maluco!

— Ainda bem que você sabe. — Murmurei baixinho.

— Você destruiu a minha vida, Anna Lis! Por sua culpa a minha irmã me odeia e por sua culpa o grego está morto!

— Eu destruir a sua vida? — Rir irônica. — Se sua irmã te odeia, é porque ela percebeu que você é um monstro. E se grego está morto, é por sua causa, seu merda! — Ele me encarava com sangue nos olhos.

Algumas pessoas passavam pela entrada do beco, mas não se importavam com o que tava acontecendo ali.

— Eu te odeio tanto. — Uma lagrima desceu pelo meu rosto. — Você acabou com a minha e com a sua vida por causa de uma obsessão de merda. Você não tem nada, Guilherme, a única pessoa que você tinha se afastou por você ser um completo maluco.

Guilherme enfiou a mão por debaixo da camisa e tirou uma arma apontando-a para mim.

— Anna... — Sussurrou Bea, com a voz embargada.

— Tá tudo bem! — Sussurrei de volta, segurando o choro.

Guilherme deu paços na minha direção e eu logo senti a ponta da arma encostada na minha testa.

— A gente se encontra no inferno.

Fechei os olhos com força, e um barulho de tiro foi se ouvido, me fazendo cair no chão. E logo escuto um grito vindo da Beatrice.

• aperta na estrelinha •

Estamos na reta final!

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora