𝕲𝖚𝖎𝖑𝖍𝖊𝖗𝖒𝖊 𝕻𝖎𝖗𝖊𝖘.
Estou na boca tentando trabalhar, mas Anna Lis não saia da minha cabeça.
Bolo um verdinho e começo a fumar. Escuto barulho da porta abrindo e logo Grego passa por ela.
— Que cara de cu é essa? - perguntou se sentando na minha frente. — Tá pensando na Aninha?
— A mina não deixa nem eu tocar nela, cara. - bufei.
— E você esperava o que? Receber um abraço por ter estrupado e deixado a mina roxa? - me olhou sério e revirei os olhos.
— Foi só um erro, cara.
— Não, não foi. Foram dois. - eu bufei. — Cê um filho da puta cara. Imagina se fosse um cara estrupando e deixando sua irmã roxa? Não ia gostar né?
— Eu mataria o cara.
— Então, porque não se mata? - falou rindo. — Brincadeira, cara.
— Vai se fuder, Victor.
— Mas falando sério. Pensa no que eu te falei, cara. - se levantou. — Você quer que ela te ame, mas ela nunca vai te amar se continuar assim.
Ele saiu da minha sala e eu bufei sabendo que ele tem razão. Tô fazendo o bagulho todo errado.
Sai da minha sala e guei para casa, subi direto para o meu quarto e encontrei a mina deitada na cama mexendo no celular.
— Tá fazendo o que, aí? - perguntei e ela tomou um susto.
— Jogando. - falou simples.
Me deitei na cama e abracei a cintura dela. Ela tentou sair do aperto, mas falhou já que eu sou mais forte que ela.
— Me solta, Guilherme. - murmurou baixinho.
— Porra, Anna Lis. - reclamei a soltando.
Ela continuou do mesmo jeito e eu levei a mão até o seu cabelo fazendo carinho. Ela dá um tapa na minha mão e eu puxo seu cabelo ouvindo ela gemer de dor.
— Não me estressa, Anna. Tô tentando ficar de boa contigo, mas você não colobora.
— É só você não tocar em mim que a gente fica de boa.
— Não adianta, porra. Eu vou tocar em você, você gostando ou não.
— Porque tá fazendo tudo isso comigo? - me olhou pela primeira vez. — Me mata logo. Já não me torturou o bastante? - percebi lágrimas descendo pelo seu rosto.
— Tu só vai morrer quando eu for junto.
— Então morre logo, caralho. Não aguento mais conviver com você. - ia se levantando, mas eu puxo seu cabelo dando um tapa na sua cara em seguida.
— Você não aprende mesmo, não é? - ela começou a chorar. — Você podia ser tratada como a porra de uma rainha, mas prefere ficar apanhando igual uma retardada.
Solto o cabelo dela empurrando a garota na parede e levanto da cama saindo do quarto.
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𝕬𝖓𝖓𝖆 𝕷𝖎𝖘.
Olho-me no espelho e vejo o meu rosto um pouco vermelho, mordo o lábio tentando segurar o choro e vou até a minha bolsa pegando o celular.
Vou correndo para o banheiro e tranco a porta. Ligo o celular e logo chega algumas notificações de mensagens do Caleb.
Entro no contato dele e ligo pra ele que demora um pouco para atender.
Ligação on.
— Caleb? Tá podendo falar?
— Oi, cachinhos. Tô sim.
— Quando vai me tirar daqui? - mordi os lábios tentando não chorar.
— Tô fazendo tudo o que eu posso pra ser rápido, Anna.
— Eu não aguento mais viver com ele... - funguei e ele ficou por um tempo em silêncio.
— Vai pra faculdade amanhã?
— Vou sim, por quê?
— Amanhã eu te tiro daí!
— O quê? É sério?
— É, cachinhos. Vt vai te levar normalmente e depois ele te traz pra cá.
— Não vai dar merda pra ele?
— Ele inventa que foi te buscar, mas você não estava mais lá.
— Hum! Ok. Obrigada, Caleb.
— Por nada, cachinhos.
Ligação off.
Dou alguns pulinhos, animada e sorriu. Saio do banheiro e vou até à bolsa.
Escuto um barulho na porta e arregalo os olhos.
— Tá fazendo o que aí? - Pires perguntou.
— Pegando roupa pra tomar banho. - falei a primeira coisa que veio na cabeça.
Guardei rapidamente o celular e peguei um par de roupa, fecho a mochila e vou até o banheiro o trancando logo em seguida.
• aperta na estrelinha •
Será que vai dá certo? 👀