ATENÇÃO
NESSE CAPÍTULO CONTÉM ALGUNS GATILHOS RELACIONADOS A ABUSO SEXUAL, SE VOCÊ FOR SENSIVÉL A ESSE ASSUNTO, POR FAVOR NÃO LEIA!
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Pires ficou me encarando com um sorriso demonico no rosto e isso me deu calafrios com medo do que ele poderia fazer.
— O que você quer hein? Não já me torturou o bastante?
— Você nunca aprende, não é, Anna? - se aproximou e eu dei passos para trás.
— Qual o seu problema?
Eu já estava encostada na parede e Pires tava milímetros de distância.
— Desde quando tem isso? - falou do meu piercing do nariz.
— Não é da sua conta, Pires.
Ele me fuzilou com os olhos e segurou no meu pescoço com força.
— Você tá me machucando... - falei com dificuldade.
Guilherme me soltou e eu comecei a tossir respirando com dificuldade.
— Vai se tratar, homem! Você é maluco.
— Você vai voltar pro morro daqui a alguns dias. Você será oficialmente a minha mulher!
— Tá ficando louco, não é possível! - falei baixo.
— Porra, Anna Lis, não me estressa!
Ele foi até a mini geladeira e pegou a garrafa de água, me entregou e logo percebi ter alguma coisa dentro.
— Bebe. - neguei. — Não me obriga a fazer você beber essa porra a força, caralho.
— Eu não vou beber!
Guilherme abriu a garrafa e apertou meu rosto fazendo eu abrir a boca a força, ele virou a água na minha boca, e eu tentei cuspir, mas ele colocou a mão na minha boca me impedindo.
Eu tentei de tudo para não engolir, mas eu perdi as forças. Me bateu uma tontura e Pires me arrastou para o coxão me jogando com brutalidade, minha visão escureceu, mas eu me esforçava para ficar de olhos abertos.
Eu perdi o controle do meu corpo, só conseguia ouvir e ver tudo embasado na minha frente, mas logo apaguei totalmente.
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Eu tô muito preocupado com as meninas, já é tarde da noite e elas ainda não chegaram, mando mensagem e elas não respondem. Agora estou indo atrás delas com Luiz.
Estou procurando no shopping e Luiz na rua. Eu já procurei pelo primeiro andar inteiro, mas nada delas.
Escuto o meu celular tocando e vejo ser o Luiz, então atendo.
Luiz: Encontrei a Mirela desmaiada em um beco. - disse ele.
— Ela tá bem?
Luiz: Parece que sim.
— E a Anna? - ele ficou em silêncio. — Luiz, e a Anna?
Luiz: Nada dela.
— PORRA. - gritei e algumas pessoas que passava, olhou para mim. — Tenta acordar a Mirela. - Desliguei
Sai do shopping e vou em direção ao meu carro onde encontro o Luiz tentando acamar a Mirela, assim que ela me viu, me olhou com um olhar preocupado.
— A Anna... - disse abaixando a cabeça.
— O que aconteceu com ela? - falei passando a mão nos seus cabelos.
— A gente tava esperando o uber para ir embora, aí apareceu dois caras. Um colocou um pano na boca da Anna e o outro bateu com alguma coisa na minha cabeça me fazendo desmaiar, a partir daí, não lembro de mais nada.
— Sabe quem são os homens?
— Eu não sei, mas acho que ele conhecia a Anna.
— Deve ser o Pires. - disse o Luiz.
— Aquele do show? - concordei. — Não, não era.
— Deve ter mandado os vapores dele, já que ele e nem o Grego pode dar mole no asfalto. - falo passando a mão na cabeça nervoso.
— Precisa tirar ela de lá o mais rápido possível, aquele cara é um monstro. - disse Mirela abraçada com o Luiz.
— Eu vou. - suspirei. — Te machucaram em algum lugar?
— Não, eu tô bem!
— Ótimo. Vamos embora!
***
São 7h da manhã e eu ainda não dormi nada pensando se a Anna Lis ela tá bem, mas a resposta era obvia, eu só não queria acreditar.
Abro a gaveta da mesa onde tá cheio de droga e pego, faço três carrerinha de coca e cheiro. Me encosto na cadeira e a minha mente vai novamente nela, mas sou interrompido pela notificação do meu celular.
Pego e vejo que um número desconhecido me mandou uma foto, abro a conversa e meu peito se aperta ao ver o que era.
Era ela. Anna Lis estava desmaiada no chão completamente, nua. Eram duas fotos, em uma delas ela estava de bruços e dava para ver uma mão marcada em sua bunda. Na outra ela estava de barriga pra cima, seu corpo estava marcado por chupões.
Foi como se meu mundo tivesse acabado, ver ela daquele jeito me quebrou. Meu celular começou a vibrar e era uma ligação do número desconhecido, mas eu sabia exatamente quem era.
Assim que atendi, vi ele estuprando a minha garotinha, mas dessa vez ela estava acordada, conseguia ouvir o choro dela.
— Guilherme, por favor para... - sua voz saiu quase em um sussurro.
— SEU FILHO DA PUTA. - xinguei jogando um copo na parede.
Pude ouvir a risada dele e isso só me deixou com mais raiva.
— EU VOU MATAR VOCÊ! VOCÊ VAI SE ARREPENDER DE TER ENCOSTANDO UM DEDO NA MINHA MULHER.
Eu desliguei a ligação e joguei o meu celular na parede.
— DESGRAÇADO! - comecei a andar de um lado e pro outro.
A porta da minha sala foi aberta e logo Mirela passou por ela, ela veio correndo na minha direção e me abraçou.
— Ei, calma... - falou tentando me acalmar.
— Eu vou matar aquele filho da puta. - falei com ódio
Ela continuou me abraçando e eu retribuir, ficamos assim por uns minutos e depois expliquei pra ela o que aconteceu.
• aperta na estrelinha •
