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𝕬𝖓𝖓𝖆 𝕷𝖎𝖘.

Acordo sentindo muita dor na cabeça e me sento na cama abrindo os olhos, pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade e passo a mão na cabeça. Ouço um barulho na porta e logo Arthur passa por ela com um comprido e um copo de água em mãos.

Ele me entregou e eu coloquei o remédio na boca, bebendo a água em seguida.

— Obrigada! — Sorrir e ele deu um sorriso fraco.

— Não fica bebendo tanto, Anna.

— Foi só dessa vez, eu prometo. — Ele concordou com a cabeça e levantou.

— Vou levar remédio para o outro irresponsável. — Eu rir e ele saiu.

Ouço uma notificação do meu celular e pego vendo ser mensagem do número desconhecido, entro na conversa e respondo.

Oi, Anna Lis. Bom dia!

Só dia!

Ressaca? — Arqueei uma sobrancelha.

Como sabe?

Estou mais perto do que você imagina!

Quem é você?

Talvez você descubra amanhã.

Me deixa em paz, pessoa desconhecida!

Bloqueei o contato e passei a mão no rosto com medo.

Será que isso tem a ver com o que o Caleb disse?

Neguei com a cabeça tirando esses pensamentos e me levantei indo para o banheiro, tomei um banho quente e quando terminei me sequei e enrolei a toalha em volta do meu corpo. Saio do banheiro e vou até meu guarda-roupa, pego uma saia branca e um cropped vermelho. Nos pés coloco um air force e vou para frente do espelho.

Solto meu cabelo que estava com day after e arrumo ele de um jeito que eu gosto. Me sento na penteadeira e passo corretivo, rímel, delineador e gloss.

Saí do quarto e fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei a melancia, cortei um pedaço e me sentei no balcão comendo. Ouço a notificação do meu celular e era um número desconhecido, entro na conversa e saio do balcão, correndo em direção ao quarto do Miguel.

Entro sem bater e ele, juntamente com o meu irmão, me encaram confusos. Entreguei meu celular para eles já na foto e eles continuaram confusos.

— Ele me chamou de "docinho". — Passei a mão na cabeça nervosa. — E essa é a cafeteria que eu estava ontem.

— "Estou vigiando seus passos, docinho." — Disse Miguel lendo a mensagem.

— Quando fui sequestrada, o Pires me chamou de docinho durante os dois meses. — Uma lagrima escorreu pelo meu rosto e Arthur levantou vindo me abraçar

— Como assim sequestrada? E quem é Pires?

Arthur começou a explicar para ele e eu me sentei no chão passando a mão na cabeça, apoio meu rosto no meu joelho e começo a chorar lembrando de tudo que passei na mão do Pires.

Como ele descobriu que eu tava aqui, cara?

Começo a sentir falta de ar, meus batimentos aumentam, minha respiração fica acelerada e uma forte dor no peito.

— Arthur... — O chamo com dificuldade, colocando a mão no peito.

— O que foi? — Se abaixou na minha frente e eu passei a mão no peito.

— O que tá acontecendo? — Miguel se aproximou.

— Eu não sei... — Me olhou preocupado. — Anna Lis?

Encostei a cabeça na parede e fecho os olhos tentando desviar o foco do meu pensamento, mas foi em vão.

— Acho que ela tá tendo crise de panico. — Arthur olhou para ele preocupado.

Miguel segurou a minha mão e eu olhei para ele enquanto tentava respirar, com a mão ainda no peito.

— Anna, você tem que se concentrar em alguma coisa.

Fechei os olhos e tentei me concentrar no barulho da chuva em quanto Miguel fazia carinho na minha mão e Arthur massageava meu peito.

Lentamente vou conseguindo respirar normalmente e encosto a cabeça na parede.

— Eu to bem! — Eles soltaram um respiro de alívio. — Preciso ligar para o Caleb. Onde está meu celular? — Olhei para eles.

Miguel pegou meu celular em cima da cama e me entregou. Entrei nos meus contatos e começo a procurar pelo número do Caleb, quando encontro, aperto em ligar levando meu celular até o ouvido.

"Esse número não está disponível no momento".

Merda, Caleb!

• aperta na estrelinha •

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora