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Acordo com alguém me cutucando e sorrio ao ver meu irmão com uma bandeja na mão. Me sento e ele coloca a bandeja no meu colo.

— Por que disso? — Perguntei mordendo o misto.

— Só queria te agradar. — Sorriu.

— Obrigada! — Dei um gole no suco. — Você tá bem?

— Sim, e você? — Concordei com a cabeça.

— Quero te pedir uma coisa.

— Pede.

— Não quero que se afaste ou trate o Miguel mal, tudo bem? — Ele revirou os olhos, bufando. — Por favor, Thur!

— Tudo bem. — Disse bufando e eu sorrir.

Ficamos conversando enquanto ele me ajudava a comer, mas minha cabeça não tava ali, estava no Caleb. Eu queria ele comigo, todas as horas do dia. Pensei que vindo para a Itália faria eu esquecer um pouco ele, mas não rolou.

Terminei de comer e saí do quarto do Arthur, indo para o meu. Tomei banho, vesti uma roupa confortável e fiz uma maquiagem básica e peguei minha bolsa. Saio do quarto descendo as escadas e saio de casa. Resolvi dar uma volta para ver se eu conseguiria tirar ele da minha cabeça.

Depois de um tempo andando por San Pietro, encontro uma cafeteria e então entro, meu olhar é direcionado por todo o local, procurando por um lugar vago. Me sento na única mesa vaga e pego o cardápio procurando por algo que me interessa.

Já tomei café? Sim, mas quem liga?

— Cosa posso portarti? — Disse uma moça.

O que posso trazer para voce?

— Un macchiato e un biscotto con gocce di cioccolato, per favore. — Ela sorrir em concordância e se retira.

Um macchiato e um biscoito de chocolate, por favor.

Fiquei mexendo no celular enquanto esperava, mas logo minha atenção foi tomada por uma garota loira.

— Ciao, scusa il disturbo, ma posso sedermi con te?

Oi, desculpe incomodá-la, mas posso sentar com você?

— Sì, naturalmente! — Ela se sentou na minha frente.

Sim, claro!

— Sono Beatrice. — Se apresentou.

Eu sou a Beatrice.

— Anna Lis. — Sorrir.

— Il tuo nome è diverso, è italiano?

Seu nome é diferente, é italiana?

— Sono brasiliano!

Sou brasileira!

— Se eu soubesse que era brasileira, tinha falado português logo de início. — Riu.

— Ecco qui! — Disse a atendente.

Aqui está!

— Grazie!

Obrigado!

Convencei bastante com a Beatrice e descobrir que ela nasceu em Los Angeles, com cinco anos se mudou para o Brasil com a mãe e com 17 veio para Itália. Tomamos café juntas e depois andamos por San Pietro.

— Foi um prazer conhecer voce! —Falei abraçando ela, em despedida.

— O prazer foi meu! — Sorriu. — Me dá seu celular para eu colocar meu número.

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora