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𝕬𝖓𝖓𝖆 𝕷𝖎𝖘.

Depois de dois dias, hoje eu tô recebendo alta. O Guilherme veio aqui no dia que o Caleb me ligou. Ele ficou falando mil bagulhos, mas eu ignorei.

Eu escondi o celular na sacola que a Beatriz trouxe com roupa pra mim, mas quando eu tiver indo embora vou tentar guardar em outro lugar.

— Vamos embora logo. - Pires disse aparecendo do nada.

Levantei da cama e soltei um gemido de dor. Guilherme veio até mim, segurando minha mão para me ajudar, mas eu soltei.

— Não preciso de ajuda.   

Fui até a sacola e peguei ela indo para o banheiro. Troquei de roupa e peguei o celular da sacola vendo que tem uma mensagem.

WhatsApp on.

Bom dia, cachinhos.

Cê tá melhor?

— Bom dia, Caleb.

— Tô melhor sim!

Que bom, cachinhos.

Tenho que ir trampar agora, até logo!

— Até.

WhatsApp off.

Escondi o celular dentro do meu short e saí do banheiro encontrando o Guilherme deitado na cama.

— Vamos logo, Pires.

— Não me chama de Pires. - me olhou. — Pra tu é Guilherme. - revirei os olhos.

Saí do quarto deixando ele pra trás e fui até a recepção, logo ele apareceu com os braços cruzados.

Ele veio até mim, passando o braço pelo meu ombro e fazendo carinho no meu cabelo, mas eu tirei saindo na frente.

Entrei no carro e logo ele entrou dando partida com o carro.

Assim que chegamos eu abri a porta e fui entrando em casa, mas ele me segurou antes e me encostou na parede do lado da porta.

— Senti sua falta. - passou a mão pelo meu rosto fazendo carinho.

— Eu não. - olhei pra ele. — Queria ter continuado no hospital para não ter que conviver contigo.

— Qual é, Anna? Me desculpa.

— Não, Pires. Por que não foi a primeira vez, e eu duvido muito que seja a última.

— Já falei que pra você é Guilherme!

— Me solta. - ele me soltou e eu entrei em casa.

Fui direto para o quarto pra tomar banho. Peguei minha bolsa e entrei no banheiro. Tirei o celular de dentro do meu short, desliguei e coloquei no fundo da minha bolsa.

Me despir e me olhei no espelho do banheiro, os machucados ainda estavam bem visíveis o que fez meus olhos se encherem de lágrimas.

— Foi mal mesmo, amor. - me assustei com ele ali e peguei uma toalha me cobrindo. — Me desculpa, Anna. Por favor. - olhei pra ele e vi arrependimento no seu olhar.

Ele tentou se aproximar, mas eu me afastei fazendo ele parar e passar as mãos no rosto suspirando.

— Me da licença, tenho que tomar banho. - ele saiu e eu tranquei a porta.

Tirei a toalha e entrei no box, tomei banho, vesti a roupa que eu separei e sai do quarto.

Coloquei minha bolsa no mesmo lugar que estava e desci pra cozinha. Abri os armários e peguei um pacote de biscoito recheado, abri a geladeira e peguei um todinho.

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora