Cap.13

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Nao sei quantas horas faz que eu estou dentro desse quarto. Só sei que muitas por que está quase anoitecendo.

Depois que ele disse aquilo, saiu trancando a porta me deixando aqui paralisada. Várias coisas vieram na minha mente mas eu não quero aceitar a realidade, de jeito nenhum!

Como que eu vou aceitar isso? Pelo o que eu entendi ele vai me vender num clube de stripper, eu vou virar uma stripper e ser tratada como uma puta... eu vou praticamente ser escrava dele, fazer tudo o que ele mandar...talvez até apanhar, e ter que...transar com caras nojentos pra dar dinheiro pra ele.
O dinheiro não vai ser pra mim, vai ser pra ele. Fazer tudo isso obrigatóriamente é o que torna tudo mais difícil!

Da gastura só de pensar que eu vou ser obrigada a fazer tudo isso!

Uma moça baixa que parece ter seus 50 anos, com uma aparência cansada entrou aqui trazendo comida. Entrou aqui já mandando o papo reto, sem simpatia ou educação como se estivesse sem paciência.

Não falou muita coisa, nem ao menos "oi". Só botou a marmita em cima da cama e falou "come" depois saiu do quarto. Nem se comoveu com o meu estado deplorável.

Até cheguei a abrir a marmita, não tinha nada de errado mas eu não consigo comer nada. Nada desce, só de olhar da gastura.

Meu olho , minha cabeça, meu nariz latejam sem parar.

Encosto minha cabeça na parece chorando pedindo a Deus constantemente que algo aconteça pra me ajudar, por que a minha intuição diz que tem coisa muito pior por vir.

Assim que fechei os olhos ouço a porta se abrir e meu coração erra uma batida com receio do que estar por vir, e pelo cheiro de maconha temo quem seja.

-Fala aí princesa.- a voz dele me causa arrepios.

Olhei pra ele com os olhos arregalados me encolhendo no canto da cama.

-Comeu alguma coisa?- veio até a cama e abriu a marmita.-Por que cê não comeu o bagulho?

Não respondi nada.

-tá achando que eu sou otario, tio? Porra, ce não é demente não caralho. Por que cê não comeu?- ele começou a ficar impaciente com o meu silêncio.

-Se eu fosse você tinha comido, a comida do puteiro nem sempre é daora.- cruzou o braços fechando mais a cara.

-Levanta mudinha, vou te levar pra tua nova goma.- me pegou pelo braço forte sem um pingo de delicadeza e foi me puxando até estarmos fora da casa que pelo que parece foi abandonada.

Eu olhava sempre pra frente mas sentia ele me olhar, nem fudendo que eu vou encarar ele, maior cara de demônio da porra. Eu tinha muito medo dele e de todos a minha volta, eram desconhecidos e eu estava na posição de vítima indefesa e realmente era.

Quando a gente chegou no portão tinha uns 5 bandidos e um carro grande e preto todo filmado em frente. Eles me comeram com os olhos quando cheguei na calçada, homem são nojentos. Mesmo eu toda fudida eles ainda sim fazem isso, tenho paz nunca!

O que me pegou pelo braço, que acredito ser chefe deles, abriu a porta pra mim mandando eu entrar sem delicadeza alguma afinal, por que eu quero delicadeza né?! Situação mais filha da puta possível.

Entrei e ele veio junto, já tinha um no volante e os outros pelo que vi no vídeo de trás os outros estavam indo de moto. Foi uns vinte minutos até lá e em cada segundo que se passava eu me tremia mais e mais , estava uma mistura de sintomas.

As náuseas, a dor de cabeça, o nariz, a respiração ofegante parecia que meu coração ia sair pela boca a qualquer momento.

O carro parou e na mesma hora ele se virou pra mim.

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