Despertei com uma dor no nariz insuportável, latejava de dor igual a minha cabeça. Eu abri um pouco o olho mas não consegui ver nada estava na escuridão só conseguia senti o cheiro de umidade e sangue, o meu sangue.
Estava meio desnorteada minha cabeça não parava de girar. Flashs do que aconteceu vieram na minha mente com tudo e minha ansiedade começou a atacar.
Tentei enxergar algo mas não conseguia por mais que tentasse. Levantei devagar tentando por minha cabeça em ordem e ignorar essa dor de cabeça.
Estava deitada numa cama sem travesseiro e provavelmente sem lençol, o quarto devia estar sem limpar por um bom tempo por isso o cheiro de umidade e poeira. Enfio minhas mãos no meu cabelo apertando meus olhos tentado lembrar de tudo que aconteceu contendo a minha respiração ofegante.
Minha mãe e minhas irmãs já devem estar loucas com o meu sumiço . Na hora a ansiedade ataca de novo por que minha mãe deve estar quase desmaiando de nervoso...que Deus ajude minha mãe por que não sei se vou conseguir sair dessa.
Abro os olhos direcionando pra única fresta de luz que vejo, aquela é a porta e provavelmente está trancada. Olhei para os lados mas ainda não conseguia ver nada vou ter que ir na marra mesmo.
Sai da cama com cuidado ficando em pé percebi que tô de tênis ainda, tiro-os pra não perceberem que eu acordei se é que tem alguém aqui na onde eu estou. Senti uma dor forte nas costas, acabei de lembrar que bati as costas na parede antes de cair. Tento lembrar quem me puxou mas nem ao menos consegui ver o rosto dele só sei que é um homem.
Fui andando enxotando na parede pra ter alguma noção de onde eu estou pisando. Sinto algo que parece margem de uma janela, vou mais pro lado e realmente é uma janela. Toco com muito cuidado pra não fazer barulho abrindo-a, olho pra porta e não ouço nada nem vejo qualquer sombra de pés.
Quando eu abro a janela vem um clarão com tudo nos meu olhos ardendo pra caralho. Tento me acostumar com a luz e quando consigo abrir um pouco os olhos eu simplesmente não acredito no que eu estou vendo.
Eu to na favela, não sei qual mas sei que estou. Pelo que prece numa casa alta, ponho minha cabeça pra fora no parapeito e consigo ver a rua movimentada, pessoas indo pessoas vindo... vejo um bar logo em frente com uma mesa do lado de fora com um cinco caras sentados bebendo e conversando, todos tinham fuzis atravessado a e cara fechada.
Estava tentando raciocinar o que estava acontecendo até ouvi a porta se abrir e apareceu uma figura alta e familiar na porta. Foi o mesmo cara que ficou me encarando ontem no baile... então foi ele!
A supresa e o medo estavam escancarados na minha cara, eu não sei por que ele fez isso é não sei oque ele é capaz de fazer comigo.
Medo, apenas isso que eu sinto! Apavoro.
Deu uma tragada no beck dele e sorriu de lado, estava sem camisa consegui ver p resto de suas tatuagens. Ele tinha três palhaços enormes tatuados bem no peito, e suas olheira eram bem aparentes. Parecia ter quase 30 anos.
-Eai mina, firmeza?! Qual o seu nome?- Perguntou sem interesse na sua fala...ele estava escorado na porta fumando com uma postura calma mas forte, prepotênte.
Tive a impressão que essa situação era o cotidiano dele.
Não respondi nada, não sei se foi a melhor escolha por que ele começou a se aproximar.
-Não precisa ter medo de mim vida, eu sou bonzinho tá ligado?!-rio rouco e pude sentir o sarcasmo.
Ele percebeu que eu não ia dizer nada então se aproximou cada vez mais até que estive e a centímetros de mim, me olhando com um olhar de admiração... como se tivesse vendo uma mercadoria valiosa... um achado.
Ele botou a mão no meu queixo de forma carinhosa mas possessiva ao mesmo tempo, me causando tremedeiras.
-ó melhor cê falar seu nome, de um jeito ou de outro eu vou descobrir mas se você falar vai ser melhor pra gente se conhecer melhor, ta entendendo?-assoprou a fumaça na minha cara.
Eu continuei encarando ele com muito medo mas não disse uma palavra...deveria ter dito. Ele me jogou contra parede e apertou meu maxilar levantando meu rosto pra encarar ele nos olhos.
Meu olhos já estavam marejado de lágrimas,não consegui segurar a lágrima que já havia caído.
-Eu perguntei qual é o seu nome caralho? Tá ouvindo não porra? Se eu pergunta cê responde tá me ouvindo?- apertou mais forte meu maxilar tanto que começou a doer.
-Jha-Jhay... me solta por favor- eu estava com muito medo não acredito que isso está acontecendo comigo, não consigo acreditar!
Ele sorriu afrouxando o aperto e foi descendo a mão pelo meu pescoço, na hora eu comecei a me tremer dos pés a cabeça.
-Ala, tá vendo? Tem por que ter medo nenhum não mina. O bagulho é o seguinte, você me obedece sem querer se aparecer no bagulho tendeu? Fica na disciplina certo?!- confirmei com a cabeça ainda o encarando com o rosto cheio de lágrimas.
-Vou chama alguém pra cuidar desse olho aí, tá Feiao parça- analisou meu machucado que com certeza foi um dos vapor dele que fez.- Fica de boa aí, vou pedir pra trazer comida pra você, tem que manter esse corpão aí pros planos que tenho pra você .- falou indo em direção a porta, na mesma hora eu paralisei...oque ele vai fazer comigo Deus?
-Que?- falei por impulso, tô tremendo tanto que minha voz saiu trêmula.
Ele virou pra trás me olhando como se fosse óbvio.
-Cê nunca ouviu meu vulgo por aí né?- rio sarcástico- Sabe oque é um clube de stripper?-sorriu de lado e deu um trago no beck.
Ali eu temia o que viria daqui pra frente, já sabia que era o meu fim!
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Genteee do céu, o que acharam? Quero feedbacks, conselhos e dicas.
Não esqueçam de comentar. Beijoooss
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|Intenção dos Dizeres|
FanficNossas vidas são feitas de estágios! Estágios, níveis e fases. Não que seja tudo um padrão ou que ao menos venha com um manual de como viver a vida, como resolver os desafios da vida... lidar, com tempos difíceis... com a dor...muita dor...lágrimas...