04 Dezembro 2022
São Mateus, zl
8:00
-Moça pelo amor de Deus me ajuda a encontrar minha filha, por favor, eu tô te implorando pra fazerem alguma coisa pela minha filha moça- chorou alto com uma dor imensa no coração.
-Dona Yvette eu sinto muito mas só podemos começar a busca pela sua filha depois de vinte quatro horas do desaparecimento. Eu sinto muito mas a senhora vai ter que esperar.... Olha por você não vai pra casa e...
-IR PRA CASA? MINHA FILHA SUMIU E VOCÊS QUEREM QUE EU VÁ PRA CASA? POR QUE SIMPLESMENTE NÃO PROCUREM ELA LOGO? MEU DEUS DO CÉU, É TÃO DIFICIK FAZER ALHO DE ÚTIL LELA SOCIEDADE?- Ludmilla abraçou a irmã de coração enquanto Yvette caia no chão, sem forças pra ficar de pé. Sem rumo, sem chão.
As gêmeas desesperadas correram até sua tia pra levá-la pra casa afinal, ela naquele estado não ia ajudar em nada mesmo que seja totalmente compreensível.
-Tia, por favor tia se acalma...A gente vai achar ela por favor tá bom? Vai dar tudo certo tia.- Aisha se agachou acariciando sua cabeça e apertando sua mão na tentativa de levar sua tia pra casa, fazia horas que ela não comia e que não tomava banho por que não conseguia, em sua cabeça só tinha sua filha e ela estava com um pressentimento dilacerador que algo muito ruim aconteceu, mas não queria acreditar, se recusava a pensar na hipótese.
-Ó, melhor vocês levarem a tia de vocês pra casa tá entendendo? Por que ela pode ser presa por desacato à autoridade.- ludmilla e as gêmeas olharam perplexas para o policial, desacreditadas de como são insensíveis e preconceituosos sem um pingo de empatia pelo estado de dona Yvette.
-Preso por desacato, olha a minha tia aqui desesperada e não tem um pingo de empatia? Como que pode...- Ludmilla repreendeu a filha por já conhecer o gênio delas, temendo que arrumem problemas com as autoridades locais.
-Sheron!- Olhou pra ela com aquele olhar materno de "cala a boca, segura essa língua não lembra do que eu já passei?!"
A garota se conteve na hora pra não arrumar mais problemas pra todas elas, mas o olhar de ódio direcionado ao policial não mente.
-A gente já entendeu policial... Fernandes né?!- falou com a voz falha mas ainda firme o olhando com o mesmo olhar de suas filhas.- irmã vamos embora, não tem nada pra gente fazer aqui e ninguém que irá nos ajudar. Vamos Sheron e Aisha?! A gente sempre soube que eles não servem pra muita coisa.- a última frase disse só pra elas mas o policial ouviu e ainda se ofendeu.
-Cuidado senhora ludmilla né?! Boa sorte da próxima vez que precisar de nós.- ela virou pra ele com um sorriso sarcástico.
-Nunca ouviu falar do caso ludmilla Pereira?- peruguntou com uma expressão desafiadora e o policial engoliu seco, é parece que os "protetores da sociedades" escolhem quem será protegido né?! A grande verdade é que a polícia cumpre o seu papel, tanto o de mocinho quanto o de vilão.
O vilão é o antagonista da história que faz o herói ser herói, sem vilão não há herói mas o vilão continua evidente sem o herói.
E no mundo real os vilões vestem as máscaras mais bonitas, as de heróis.
Elas saíram de lá totalmente acabas e chorosas mas ainda tinha esperança! Entraram no carro e foram pra casa cuidar da dona Yvette que não tinha condições de fazer nada sozinha. Elas nem queriam deixá-la sozinha, com a morte do marido ela teve um quadro depressivo, chegou a ter pensamentos suicidas e a tomar remédios então, fora de cogitação deixá-la sozinha.
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|Intenção dos Dizeres|
FanfictionNossas vidas são feitas de estágios! Estágios, níveis e fases. Não que seja tudo um padrão ou que ao menos venha com um manual de como viver a vida, como resolver os desafios da vida... lidar, com tempos difíceis... com a dor...muita dor...lágrimas...