Cap.11

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Foi quase uma hora e meia pra chegar no morro do piolho. Baile lotado como sempre e a gente de cantinho só curtindo de boa, não é a primeira vez que eu venho aqui não, gostava mais daqui a uns dois anos atrás mas agora tô em outra vibe.

Eu e as minhas negas jogando tudo indo até o chão sem derrubar uma gota do nosso copo, aqui são só as treinadas. O bonde das afropaty para tudo não tem jeito!

Estávamos de boa curtindo a nossa vibe sem dar confiança pra ninguém, bem na nossa mesmo. Aqui é sempre assim.

Melhor ficar posturada sem olhar muito pra cara dos outros ainda mais das que gostam de confusão. Não que a gente negue, a gente não arrega não, mas a nossa conduta não é essa tá ligado?!

Elas começaram a fazer um passinho e eu acompanhei quebrando tudo até os nossos pitbull acompanharam, pitbull por que esse meninos parecem cão de guarda  só ficam de cara fechada envolta da gente, é sempre muita resenha com eles.

Ai quando eu olhei pro lado a Aisha tava pegando um carinha que brotou do chão cara, de onde esse cara saiu? Estavam quase entrando um dentro do outro.

-Opa, chega né?! desencosta dela? Obrigada, já deu já.- separei ela do malucão porque fazia meia hora que eles estavam beijando eu ein, chamei pra realidade.

-iii garota cê tá aí agarrada com o Caio, vai dar o empata foda.- Tá vendo? É assim que ela me agradece.

-Vou dar mesmo, três tapa na sua cara- falei seria mas estava querendo rir.

-Nega deixa a mina beijar porra, ciumenta pra caralho mano- falou bebericando uma bebida barata que ele comprou, ruim demais seloko, virei pra trás pra olhar bem pra cara dele.

-E você cala a sua boca que ninguém te chamou- ele riu da minha cara ainda é me deu um selinho.

Sou ciumenta mesmo ainda mais por que o machinho que  ela tava pegando era horroroso e só falava bosta, não sei por que eu não fui pro outro lado do baile com ela da um perdido nele.

Tava curtindo a onda meu olho já pequinininho, tava gostosin até mas já to querendo ir embora. Tá mo tarde e a dona Yvette já me ligou três vezes eu atendi todas porque não quero que ela tenha um infarto.

Tava dando uma olhada nas pessoas, até que algo me chama atenção, num canto bem iluminado por postes do baile tinha umas oito motos, e não era qualquer moto não! Era só as moto monstra e personalizada, estou desconfiada que era moto sem placa...bandido né?! Afinal estamos dentro de um morro.

Acho que fiquei no máximo uns dois minutos encarando as motos até que meu olhar sobe e pra minha surpresa já tinha alguém me encarando...me encarando demais.

Ele era um cara branco com várias tatuagens inclusive no rosto, estava todo
De preto carregado de ouro, o cabelo parecia recém cortado igual a barba... o anéis grossos de ouro brilhavam de longe, e o rosto dele... ele tinha cara de poucos amigos a expressão dele tinha um ar de poder, acho que ele era temido pelas pessoas.

Algo no olhar dele me prendeu, e véio uma sensação estranha... subiu um arrepio na espinha, arrepio de receio.

Ninguém se quer olhava pra ele, acho que ninguém ousaria fazer tal coisa. Ele não estava com nenhuma mulher do lado dele, tinha umas loiras tentado se aproximar mas ele com certeza não dá liberdade pra elas.

Parei de olha pra ele é disfarçadamente olhei o resto dos caras que estavam com ele, todos carregavam fuzis, enormes fuzis acho que eram do tamanho da minha perna eu ein, Deus me livre.

Percebi que estava demorando demais olhando e como eu disse, não funciona assim! Sem encarar ninguém, só ficar na sua.

Bebi um pouco olhando pro outro lado mas ainda sentia o olhar dele queimando em mim, sai pra lá cão.

-Nega vou no banheiro tá?! Toma cuidado e avisa a Sheron quando essa vaca aparecer.- falei no ouvido dela, ela até perguntou se eu não queria que ela fosse junto e eu neguei por que não precisava. Tem um barzinho aqui perto com banheiro, então tá suave.

Desci a rua indo até o barzinho, fiquei na fila esperando minha vez e quando finalmente chegou fui quase correndo, faz horas que eu quero mijar,

Também enchendo o cu de cachaça eu quero o que da minha vida?

Quando terminado fui lavar as mãos e aproveitei pra retocar o gloss, gata como sempre. Esse é o benefício de saber se maquiar e os produtos certo,  não escorreu nadinha.

Sai do bar, peguei o celular sentindo ele vibrar. Fui ver quem era e na hora que eu ia atender passei em frente a um beco e senti um puxão tão forte no meu braço, me jogando pra dentro do beco me fazendo bater as costas na parede e cair. Foi tudo muito rápido!

Tentei olhar pra ver quem era mas o poste estava refletindo, comecei a chorar desesperadamente me arrastei tentando pegar meu celular mas na mesma hora um homem me pegou pelo cabelo apertando forte pra caralho e me um soco no meio da cara.

Eu tente o impedir mas fui ficando desnorteada com a cabeça girando senti que estava apagando mas antes eu consegui ouvir.

-Aí chefe, missão concluída! Peguei a mina.

-Certo irmão, os mano tão descendo junto com o carro.

Foi tudo ficando preto até que eu não tive consciência de mais nada.

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Vou escrever a parti de agora com uma dor no coração gente que vocês não tem noção...

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