-Ein?- antes me olhava com sarcasmo mas agora fechou a cara vestindo um rosto intimidador, que me fez me afastar dois passos tentando controlar minha respiração, conseguia sentir uma gota de suor correndo bem no meio das minhas costas (ele me da pavor). E falou de novo- Namoral, eu tô cansado dessa sua brincadeira de se fazer de muda! Se levar madeirada vai ficar muda também porra?- disse mais agressivo gesticulando com os braços, impaciente entrou trancando a porta.
-O que você quer comigo?- o desespero me fez falar sem pensar, encarava ele e a fechadura suplicando mentalmente para que ele abra e eu saía daqui urgente.- Por que tá trancando a porta, pitbull?- ele se virou me encarando com um ar de superioridade e sarcasmo.
Pitbull sempre gostou de fazer uma situação dramática junto com uma tortura lenta e dolorosa. Nada era tão interessante, excitante quanto aterrorizar suas vítimas psicologicamente. Era isso que fazia todas essa merda virar um entretenimento, não importa quando tempo durasse, se isso significasse que iriam pedir para morrer por suas mãos ele o faria. Ele não tinha pressa, pelo contrário, gostava de aproveitar cada minuto. Amava ouvir o choro, o pedido de misericórdia, súplica... sentia-se como um deus, estava tudo em suas mãos e quem decidia quem ia e quem ficava era ele! E isso... isso não tinha preço.
-Fala logo e me deixa ir embora por fav-
-Shiii- negou com a cabeça colocando o dedo na boca fazendo sinal de silêncio, se aproximou ao mesmo tempo que eu me afastava cada vez mais trêmula.- Você não fala mas quando abre essa boca...- rio sarcástico- deixa eu entra na minha sala, sentar na minha cadeira pô, iiii ta me interrogando porque truta? Segura tua bola, moro?!- quando achei que ele iria chegar mais perto passou por mim e sentou na cadeira atrás de sua mesa, o que me fez fechar os olhos em alívio mas não muito.
-perdão... eu só quero saber.- disse num sopro tão baixo, submissa, temerosa.Pitbull, como sempre, muito perspicaz em tudo que fala. Era a mistura perfeita do caos... do medo! Ele era a personificação da pessoa designada a nascer para ser ruim, ele não era qualquer ruim, ele era o pior sem muito esforço. Mente psicopata, inteligência de um sociopata, dissimulado, persuasivo... poderoso. Acham que ele só mandava na favela? Quando se consegue ter nome dentro do crime é porque você fez demais e agora todos sabem quem você é!
Consegue comprar quem quiser e ter quem quiser na palma da mão. Não é todo irmão que consegue esse feito, e ele conseguiu.-hm...Não gosto de vagaba intrometida. Fica na tua tá ligado?!- confirmei engolindo qualquer sopro de palavra.-senta aqui- mandou, batendo a mão na perna dele arregalei o olho e não consegui me conter.
-Eu não vou sentar no seu colo!- apertei a minha mão sentindo meu modo auto-defesa agir por si só, eu aprendi muito sobre auto-controle no boxe sei controlar tudo que sinto (quase tudo na verdade) eu não consigo abaixar a cabeça pra ninguém, não fui criada assim e vai precisar de muito pra me fazer ceder.
Rio fraco, virou para frente em seguida abriu a gaveta tirou três saquinhos de (provavelmente) cocaína- acho engraçado que cê acha que pode ir contra mim- rio mais alto agora, achando graça da situação (ou tentando não me dar madeirada).
- cê não me conhece né? Já ouviu falar quem é o pitbull?- me deu uma breve olhada esperando uma resposta ainda arrumando as carreiras de pó.
-Não!
-to ligado...- cheirou a primeira respirando fundo em seguida como se precisasse daquilo para viver.- eu não sou tão ruim quando você pensa não sabia?- encostou na cadeira, calmo, relaxado prestando atenção em mim.-Nossa, imagina se fosse né?! Que ser humano bom, parabéns pra você...- eu acho incrível minha capacidade de atirar no meu próprio cu. Eu realmente tenho problema. Ele riu alto, muito alto até esse mano já tá muito louco de pó.
-Você é tão abusada mina tão bocuda que da raiva de você.- engoli seco quando vi que a expressão dele foi de psicopata risonho para apenas psicopata.- senta aqui, agora caralho!- sustentei, sustentei só porque eu não sabia se correr era a melhor opção quando eu vi meu corpo se foi sozinho, eu estava a centímetro da maçaneta quando eu sinto meu rosto ser empurrado contra a porta e a mão pesada (e enorme) apertando meu pescoço me prendendo contra a porta, urrando de dor.
-ME SOLTA... TÁ ME MACHUCANDO SEU FUDIDO ME SOLTA- cada vez mais eu sentia minha cara sendo amassada e comecei a chorar, tô tentando sair de todo jeito, tentei enfiar minhas unhas nele, bater nada ajuda...ele prendeu minhas mãos e me encochou- NÃO! Por favor não...
-cala boca sua vagabunda, cala a porra da boca não adianta tu fazer cu doce não eu faço o que eu quero na hora que eu quero. Lá na boate ta fazendo sucesso né?! Agora pra mim tá fazendo doce.- ele tentou levantar vestido mas eu me debati o máximo que pude e eu estava quase conseguindo chegar a algum lugar só que ele me virou nada me informando fazendo eu perder o ar muito rápido e abriu zíper. Ele abriu e apertou o meu peito mas não por prazer, apertou pra doer o que me fez fritar de tanta dor.
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|Intenção dos Dizeres|
ФанфикNossas vidas são feitas de estágios! Estágios, níveis e fases. Não que seja tudo um padrão ou que ao menos venha com um manual de como viver a vida, como resolver os desafios da vida... lidar, com tempos difíceis... com a dor...muita dor...lágrimas...