-Amor...Pitbull ...- já não aguentava mais esperar por ele, me arrumei no banheiro toda bonita para ele e para prazer dele e ele ta não sei aonde fazendo não sei o que e espero que não esteja usando o pó branco do diabo. Nunca aprovei que e usasse isso e nunca irei gostar mas como que você quer moldar um bandido quando o que você deseja vai contra todas as atitudes do meio em que ele vive? É complicado... pelo menos eu tento né?!... me importo com ele.
-Pit.... Ah finalmente veio ficar comigo né amor, já estava cansada de esperar.- me levantei indo aí seu encontro para que pudesse me analisar melhor e me desejar cada vez mais, era apaixonada na forma que ele me desejava. Nunca foi como as outras pois eu via um brilho diferente em seus olhos avermelhados. Agarrei o o seu pescoço dando-lhe um beijo e fui retribuída sentindo sua mão agarrar minha bunda.
-senta aí.- disse pra mim, me afastando dele. Sentei sem contestar o chamando com o olhar, meu corpo sentia sua falta e minha mente era como se fosse o seu parque de diversões. Estava tudo normal até que ele me pega de surpresa e me pergunta algo nada haver com o nosso momento.- cuidou dela direito?- levantei a sobrancelha fecho minha espresso, pra que se importar tanto?- Sim! E daí? Tá perguntando por que? Cê ta Dúvida do meu trabalho?- disse, me chateando.
-Ouh, abaixa a bola! Te perguntei o bagulho namoral então responde namoral...- fiz expressão descontente, afinal estou.- tem certeza?- não entendi o porque dele estar questionando tanto...
- já disse que sim!- ele só olhou pra minha cara e ficou quieto pensando, não nego que estava com uma pitada de medo. Sei reconhecer que ele é louco e imprevisível, senti um frio nada bom na barriga quando vi que sua feição fechou.- o que foi amor-
-não me chama de amor!- me interrompeu agarrando meu pescoço, brutalmente, olhando no fundo do meu olho- já disse, faz o que 'cê vem fazer aqui e 'rapa tá ligado?!- engoli seco concordando sentindo o medo subir pelo meu corpo, estava quase começando a ficar sem ar, e bem aí, ele me beijou. Após o beijo me soltou e suspirei aliviada por ele ter me largado. "Graças a Deus" pensei.
Se deitou pelado e me chamou com os dedos, de bom agrado, fui e aí não preciso dizer mais nada...
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Ponto de vista/Narrado
O quão ruim você tem que ter sido para ter que viver certas consequências na vida? O mal veio de suas próprias atitudes ou você simplesmente teve a má sorte de que as decisões de terceiros fizeram o seu trem virar numa curva não programa para acontecer?
Em meio a um cheiro fortíssimo de mofo, sangue frio e pontadas rígidas em certos lugares da cabeça, Jhay desperta conseguindo apenas abrir metade de seu olho não muito dolorido, em comparação ao outro. O imenso incômodo vindo da parte de trás de sua cabeça ensanguentada a fez ter dificuldade pra ver e raciocinar, mas depois de longos minutos conseguiu lembrar pouco a pouco dos últimos episódios antes de desmaiar.
Sem suportar o que tinha acabado de se dar conta -o estupro, primeira vez, caso 1873934-começou a chorar e tremer da cabeça aos pés em desespero. Só pensava em pedir ajuda mas não havia ninguém... ao menos conseguia se mover... sentia-se nojenta... fraca... impotente. Olhava para os lados em busca de algo ou alguma ajuda imaginária. Desespero descreveria uma mínima porcentagem do que Jhay sentia agora.
Ainda sim, tem tou se sentar sentindo uma dor aguda em vários pontos do corpo, não consegui a se apoiar direito, julgo a dizer que parece que essa garota sofreu um atropelamento. Qualquer um diria, pois não está muito longe disso. Nunca havia passado por nada disso, nunca se meters em brigas pois julga elas como uma atitude ridícula, conduta errada, julgamento completamente precipitado. Nunca experimentou o que é apanhar de alguém mas hoje, hoje foi a primeira vez que... que se viu acabada pelas mãos de alguém.
Encostou na parede com muito custo sentindo algo lá atrás, internamente doer muito, tanto que não conseguia permanecer sentada normalmente e se inclinou um pouco para o lado. Olhou pra o seu próprio corpo, viu o sangue no meio das pernas, tô vou em seus curativos e hematomas tentando buscar em sua memória as cenas do ocorrido, e todas a bateram com força e isso doeu muito! Chorou, como uma criança indefesa, extremamente machucada por dentro e por fora e pior.
Sem
Ninguém!
A porta foi aberta o bastante pra quem estivesse atrás pudesse ver o que fez ela olha rapidamente tentando reconhecer o rosto, o que foi difícil, estava com a visão turva demais pra enxergar. A pessoa abriu mais a porta e se revelou mostrando que era ninguém mais ninguém menos que seu pior pesadelo.
-Tá melhor gatinha?- era ele, se pôs numa postura "forgada" com um cigarro na mão.- fui eu que cuidei de você tá?! Chamei uma enfermeira responsa, tá ligado, aí ela fez esses curativos aí em você... já comprei seus remédio, pode pá?! Dipirona e tal... po, acho engraçado que 'cê não fala nada mesmo, meu Deus!- foi até a janela do quarto e ficou observando o movimento, estava esperando uma resposta dela, mas ela não tinha certeza disso então preferiu ficar quieta.
Percebeu ele meio sem graça, ele queria falar algo por que estranhamente ele se sentia culpado. Olhou-a de rabo de olho com sua feição marrenta - foi mal aí ta ligado?! Queria te machucar não mina, mas aqui é assim que funciona! Só queria um negócio gostoso com você mas 'cê não colabora porra...- acendeu outro cigarro- gostei de você, 'cê é diferenciada, posei legal em você quanto te vi lá no baile aí pensei "mano, é essa daí que eu quero"- rio fraco- eu cismo com as mina mesmo e sempre consigo o que eu quero, tô pouco me fudendo pros outros e eu queria você e consegui! Precisava de carne nova no club... conforme 'Cê mora aqui vai vendo como é o andamento da favela mas já te adiantando um 'baguio, eu sou o rei disso tudo aqui. Cada canto dessa comunidade é minha, comércio, baile, casas, eu mando em tudo isso aqui! Então pra não acontecer nada contigo fica na linha, aqui é certo pelo certo.
Ela só o encarou sem soltar um pio, presa na feição dele ainda sim se perguntava o por que fazer tudo aquilo, e pelo incrível que pareça, tinha a impressão que ele lia a mente dela.
-Todo mundo acha que eu sou um monstro...e eu sou mesmo...- se aproximou dela o que fez ela tentar ao máximo se afastar mas mesmo assim ele a segurou, fraco, apenas para mantê-la no mesmo lugar olhando no fundo dos olho dela, assoprou a última fumaça antes de jogar o cigarro longe e voltar a encara-la- 'Ce vai continuar trabalhando na Sin City, normal, trazendo mais dinheiro pra mim, falô? Os cara gostou de tu- viu a expressão dele se fechar, como se não tivesse gostado do que disse- Mas, tu vai dar preferência pra mim tá entendendo? Se eu te chamar tu vai e não tem conversa, não tô afim de te quebrar de novo. Anda na linha e não arruma briga... vou chamar uma das mina pra te buscar e cuidar de você lá.- nada assim saiu, a deixando lá, sozinha. Ela olhou pro horizonte pensando "o que eu vou fazer agora?".
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|Intenção dos Dizeres|
FanfictionNossas vidas são feitas de estágios! Estágios, níveis e fases. Não que seja tudo um padrão ou que ao menos venha com um manual de como viver a vida, como resolver os desafios da vida... lidar, com tempos difíceis... com a dor...muita dor...lágrimas...