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Lobão 🐺

Cabelo da Bruna estava preso em meus dedos, enquanto suas unhas da mão direita deslizavam pela minha nunca. Mordi o lábio inferior dela, que se afastou, enfiando o rosto no meu pescoço e eu puxei ela pelo queixo, levando a minha boca na direção da sua orelha, mordendo o lóbulo.

Beijei aquela região, sentindo o corpo dela reagir com vários pelinhos levantados, no braço. Envolvi a frontal de sua garganta com a mão e a outra eu posicionei no queixo dela, realizando um movimento que fizesse com que nossas faces se unissem outra vez.

Passei meu meu nariz pela curvatura do pescoço dela, que arranhou a minha nuca enquanto subia os dedos pro meu cabelo. Umideci meu lábio com a língua e depositei um selinho na lateral de sua boca, que me deu três beijos rápidos antes de eu pedir passagem com a língua.

Ela cedeu, retribuindo os movimentos e intercalando entre mordidas na minha boca e chupadas na minha língua. E porra, era gostoso pra caralho! Não queria acabar com aquilo ali nunca, ta ligado? Garota me envolvia naquele momento de uma forma fora do normal, como se quisesse dominar todo o controle da situação.

Lobão : Bora pra algum lugar. -Me afastei, passando o cabelo dela todo pro lado e deixei um beijo sobre o ombro dela, que regulava a respiração. -Hm? -Cheirei a volta do seu pescoço e voltei os fios loiros para o lugar.

Bruna : Pode ser. -Ajeitou o cabelo da forma dela e eu levantei, puxando ela pela mão, que quase tombou pro lado pelo efeito da bebida e eu ri.

Lobão : Qualé garota? Firma o corpo ai. -Ela só me empurrou de leve e ajeitou o chinelo no pé.

Tinha trocado uma ideia com ela e era parada de doido, nunca me atentei a nada e pra falar a verdade nunca me preocupei com ninguém, a não ser a Laura...teve o bagulho do sequestro e eu comecei a sentir uma consideração por ela, papo de gratidão, né não? Porque eu tinha sido um cuzão do caralho.

Mas sei la pô, me dava a sensação que aquela postura toda dela, não fosse só uma proteção, pela forma como eu tratava ela, parecia que isso era o menor dos problema o meu jeito com ela, bota fé no bagulho?

Era como se ela se protegesse de tudo e todos, por questões extremamente delicadas...só que até então, no meu ponto de vista, os problemas dela de convivência comigo era relacionados somente a mim, e cara, parece que o buraco é bem mais embaixo.

Destravei o carro e ela entrou, batendo a porta. Liguei e coloquei em primeira pra sair da vaga, ligando a seta pra direita, olhei o retrovisor e assim que eu acelerei engatei direto pra segunda e terceira, mantendo a velocidade constante.

Por ser natal a pista tava fluindo de boa, aumentei o volume do carro, que tava em uma playlist maneirinha que eu tinha escolhido e subi os vidros, pra ligar o ar e não dar brecha pra caô.

Bruna tava olhando pela janela, com a cabeça apoiada no vidro. Direcionei minha mão pra coxa dela, apertando pra chamar a atenção e ela me olhou.

Lobão : Qual foi? -Ela deu de ombros, se questionando pela pergunta e eu soltei um ar de riso.

Bruna : Nada. -Respondeu. -Me levando pra onde?

Lobão : Meu apartamento. -Falei prestando atenção na pista. -Ali na Barra, tem segredo não.

Ela só confirmou com a cabeça, tirando o celular do console e nem gastou muito tempo. Entrei pela garagem, estacionando na minha vaga e assim que eu desci ela desceu também.

Esperei a mesma dar a volta pelo carro e guiei ela até o elevador, apertei o botão e assim que chegou nós entramos. Primeira atitude dela foi se olhar no espelho, jogando o cabelo todo pro lado.

Olhei pra ela pelo reflexo, que continuou concentrada, enfiando os dedos pelos fios.

Lobão : Tu sempre foi loira, polly pocket? -Perguntei e ela soltou uma risada, me dando o dedo do meio pelo espelho.

Bruna : O que você acha? -Perguntou na intenção de descobrir se eu sabia mermo e eu dei de ombros. -Não! Eu era morena, comecei a pintar com quatorze, nem lembro mais como é, mas as vezes eu penso em voltar.

Lobão : Pra que? -Perguntei franzindo a testa e ela levantou os ombros. -Mexe com isso não.

Bruna : Por que? -Perguntou saindo do elevador e eu enfiei a mão no bolso pra pegar o chaveiro.

Lobão : Atoa pô, eu não voltaria. -Falei e ela murmurou um "hm". Abri a porta e acenei com a cabeça pra ela entrar primeiro.

Fechei a porta, passando a chave e passei o boné pra trás. Ela ficou reparando e eu peguei o controle pra ligar o ar.

Lobão : Tô na maior larica já, vou fazer qualquer parada ali, vai querer? -Tirei a blusa do corpo, jogando no sofá e ela concordou, virando de frente pra mim outra vez. Ajeitei a corrente com pingente no pescoço e quando eu subi o olhar ela desviou.

Eu ri, passando por ela e dei o toque pra ficar a vontade. Passei direto pra cozinha e não demorou pra ela vir atrás, sentando em uma das bancadas.

Coloquei macarrão pra cozinhar e tirei tudo que precisava pra fazer um molho maneirinho.

Lobão : Gato comeu sua língua agora? -Questionei. -Abre a geladeira e pega uma cerveja ai.

Bruna : Você tem costume de ficar aqui? -Perguntou enquanto ia na direção da geladeira e eu abri o armário pra pegar dois copos.

Lobão : Ah pô, as vezes. -Murmurei. -Quando tem umas pendências pela pista eu prefiro, pra não dar muita bobeira pelo lado do morro.

Peguei o abridor e tirei as tampas das duas garrafas de bud, deslizei uma pra ela que pegou e virou direto no copo americano.

Bruna : Tem noção que você está deixando claro pra mim tudo o que te prejudica? -Perguntou depois de um tempo e eu joguei a cabeça pro lado, sugestivo. -Os lugares que você frequenta...

Lobão : Tenho motivos pra não depositar confiança em você? -Rebati com outra dúvida.

Bruna : Não.

Lobão : Então você tem sua resposta. -Pisquei e ela ficou calada, quieta.

Apoiei o meu cotuvelo na bancada de mármore que nos separava e encaixei minha mão por baixo da nuca dela.

Mãos dela foram parar no meu rosto e eu mordi o seu queixo antes da gente iniciar outro beijo maneirinho. Lembrei da panela e me afastei, puxando o lábio dela com os meus.

(...)

Lobão : Maluca você, sem necessidade ficar lavando isso ai. -Falei tirando o último prato da mão dela, pra guardar.

Joguei o pano de prato na mesa e puxei ela pela cintura. Desci minha mão pela lateral do corpo dela, que virou de frente pra mim.

Bruna : Lobão... -Falou, colocando a mão sobre meu peito e eu sorri, levando minha boca na direção da dela.

Meu rosto entrou direto na curvatura do pescoço dela, e eu mordi a região, direcionando minha mão pra bunda dela. Unha dela deslizou pelo meu peito e logo em seguida sentir um empurrão no peito.

Bruna : Lobão...para! -Falou alto pra caralho e eu me afastei total né, sem entender a parada. Rosto dela tava vermelho igual pimentão. Maluca saiu da minha frente e eu fui atrás, mas quando eu vi ela já tava dentro do banheiro, trancada.

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