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Lobão 🐺Brabão que eu vou aceitar maluco ficar na cola de mulher minha, papo de tatuagem, não fode porra. Acendi um pra tirar o estresse da mente e me liguei no que ela tinha dito.
Falou parada de gastar gasolina pra vir aqui, mandei logo mil no pix pra ela largar de ser otária e achar que eu sou mal agradecido na parada.
Chegou mensagem dela, perguntando o que era, com um monte de ponto de "?" e eu respondi "enche o tanque ai, pô".
"o dia que eu precisar de migalha, te aviso". Ela respondeu e na merma hora o valor caiu na minha conta outra vez.
Tirei a ideia da mente também, tava cheio de bagulho sério pra resolver e meu maior desejo momentâneo era meter o pé daqui pra resolver.
Loira me deu o toque sobre o K3 e infelizmente era isso ai mermo, falsidade vem de quem a gente menos espera, agora é agir com cabeça limpa pra não fazer merda.
Chegou o dia de eu receber alta e já estava tudo certo, Pierre fez o que eu pedi e ficou por conta da contenção. Tem uma semana que eu não vejo a outra, porque ela virou a cara, me mandava mensagem, mas só o básico pra saber se estava tudo no certo.
Fluiu tudo na máxima marola pra retornar pra minha quebrada, Pierre estacionou na frente da minha casa e a loira estava sentada na calçada, com o rosto apoiado na mão.
Desci com o peso do meu corpo apoiado na muleta e ela levantou, se aproximando de mim com as mãos na cintura.
Lobão : Qualé, polly pocket! -Ela franziu a testa e eu dei um beijo na testa dela, que coçou o cabelo.
Bruna : Tá melhor? -Questionou e eu fiz que mais ou menos com a cabeça, fazendo sinal pra gente entrar.
Ela destrancou a porta e o Pierre subiu com as minhas paradas que estavam no hospital. Agradeci o mano, que seguiu caminho pro barraco que ele iria ficar aqui por um tempo, pra me ajudar com algumas questões.
Minha casa tava toda no jeito e eu me liguei que tinha sido a minha gata boladona.
Bruna : Arrumei um quarto aqui embaixo pra você não precisar subir escada. -Murmurou e eu sentei no sofá, confirmando com a cabeça e esticando a minha perna.
Ela sentou do outro lado, enquanto mexia nas minhas bolsas. Tirou alguns remédios que o médico havia receitado.
Bruna : Vou ir colocar suas roupas na máquina, se for pro quarto, me grita. -Levantou, com as mãos apoiadas na coxa.
Lobão : Não precisa mexer com isso, pô, com o tempo eu vou vendo. -Ela fingiu que não escutou e sumiu da minha visão.
Acionei os cara pra reunião mais tarde e tirei a blusa do corpo, jogando em qualquer canto. Depois de um tempo ela voltou com um prato e um copo de suco na mão.
Bruna : Come, pra você poder tomar o seu remédio. -Murmurou e eu sentei outra vez, dando espaço pra ela fazer o mermo.
Lobão : Valeu, minha loira! -Mordi um pedaço do sanduíche. -Qual foi que você tá estressada dessa forma?
Bruna : Eu não gostei da forma que você falou no hospital aquele dia. -Cruzou os braços e eu dei de ombros, bem botando fé no bagulho.
Lobão : Problema teu. -Falei rindo e quando eu olhei pro lado ela estava com a cara fechada. -Tô tirando onda com a sua cara, garota! -Dei uma cotovelada de leve nela. -Mas pô, falei mermo, não curti você de papo com o cara.
Bruna : E você acha mesmo que eu vou parar de falar ou cumprimentar ele porque você não gostou?
Lobão : Tá Bruna, se você quiser conversar, conversa, não vou te impedir. Mas na tua responsa já, se eu fechar a cara quando eu vê, nem precisa vir questionar o que é!
Bruna : Mas é justamente isso que eu não quero, Danilo! Que a gente discuta por essas questões idiotas.
Lobão : Idiota pra você. -Bebi o suco por cima. -Pra mim não é porque eu sou homem e sei como as coisas funcionam. Ou tu vai negar que até pouco tempo ele não estava rendendo papo pra você?
Bruna : A última vez que ele fez isso, foi no baile, Danilo! E não aconteceu nada porquê eu cortei e coloquei um ponto final na situação. Uma coisa eu posso te afirmar, se ele agisse de maneira errada eu jamais estaria discutindo sobre isso com você.
Lobão : Caralho, Bruna! Eu não tô falando de você, se a gente tá junto é porque eu tenho confiança em você, tá chapando? Falo por ele que é homem, se teve interesse uma vez, vai continuar tendo, me tirando como otário? -Passei a mão no rosto. -Pode botar fé mermo, que só porquê a gente pegou relacionamento firme ele vai virar amiguinho. Deus que livre e guarde disso acontecer, mas se qualquer lance acontecer entre nós ele é o primeiro a rondar.
Ela ficou quieta e eu terminei de comer tudo, bateram na porta e ela levantou pra atender. Estiquei pra pegar o controle da televisão e olhei pra vê quem era.
Laura : Oi Bruna, boa tarde, o meu irmão está? -Questionou e a loira me olhou, respirou fundo e abriu mais a porta, dando espaço pra ela entrar.
Lobão : E ai. -Resmunguei baixo, observando a Bruna subir pro segundo andar.
Laura : Essa semana estava todo mundo comentando sobre você estar no hospital, fiquei preocupada. -Sentou no sofá na minha frente e eu deslizei a mão pela barba. -E ai, como você está?
Lobão : Tô bem. -Respondi. -E você? Trabalhando, ajeitando a tua vida? -Ela confirmou.
Laura : Arrumei um serviço em um salão, por enquanto tá tudo certo...e a Bruna, como ela está? Fiquei surpresa quando fiquei sabendo que vocês estão juntos.
Lobão : É, a loira é minha responsa. -Ri de canto e ela ficou sem graça. Levantou e se aproximou.
Laura : Eu só vim vê como você estava. Qualquer coisa, pode me falar, tá bom? -Eu confirmei e falei o mesmo. -Manda um beijo pra Bruna, vou fechar a porta.
Ela saiu e logo em seguida ouvir os barulhos na escada outra vez, identifiquei o salto quinze da Bruna e a voz dela, resmungando.
Bruna : Beijo pra Bruna, beijo pra Bruna o caralho, e eu em! -Soltou a respiração e eu fiquei quieto, apoiei minha cabeça no sofá e fechei os olhos, buscando descansar a mente.
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Vivência [M]
FanfictionExige sacrifício, não é só fazer oração Ela me deu o bote porque sabe que eu não sei nadar Eu desci o rio, agora ficou longe pra voltar Tem sangue frio, espera a corrente levar Quanto mais puxa, menos dá pra respirar