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Lobão 🐺

Desde a última vez que eu e a loira trocamo ideia eu larguei um pouco de mão, no papo reto! Tá maluco, tava fazendo papel de otário já, sempre era eu que colava atrás. Tinha colocado na minha mente que ia deixar por conta dela e é isso ai mermo.

Terminei de fazer minhas parada e joguei a corrente no pescoço, lancei uma peita maneirinha e coloquei lacoste no pé, só colocando a carteira no bolso e pegando a chave em cima do criado.

"você não vem?"
"tô te esperando, me procura 🤭"

Li a mensagem da Mariane pela barra de notificação e só subi, apagando da tela principal. Fechei a porta do meu quarto e dei um toque na loira, que falou que iria descer e eu segui caminho pro carro, acionando a contenção e esperando ela na parte de fora.

Bruna : O tempo que eu fiquei te esperando dava pra ter ido e voltado na rua duas vezes, tá achando que é celebridade? -Chegou reclamando e eu neguei com a cabeça rindo, me afastando da porta do carro.

Lobão : Não foi por que então? -Encarei ela, que sustentou o deboche, direcionando a mão pra cintura. -Bora lá. -Abrir a porta pra ela, que passou por mim para entrar, se esbarrando no meu corpo pelo espaço apertado.

Bati a porta outra vez e dei a volta, entrando no lado do motorista e puxando o cinto. Liguei o carro, dando seta pra esquerda após engatar a marcha e olhei pelo retrovisor os cara vindo atrás.

Bruna : Me olhando assim por que? -Questionou após passar uma parada brilhosa na boca e guardar na bolsa, enquanto se olhava no espelho.

Dei de ombros ignorando a pergunta, direcionando meu olhar pra frente e minha mão pra coxa dela. Aumentei a velocidade, ultrapassando o da esquerda e cortando caminho pela principal.

Parei com o carro em frente ao portão de entrada e um dos caras da segurança chegou pra liberar entrada. Apertei a mão dele, que acionou o portão eletrônico e quando deu passagem eu acelerei.

Estacionei em uma das primeiras vagas que eu vi e desliguei a chave, destravando o cinto da loira e o meu. Eu sai primeiro e ela logo em seguida, dei a volta para o outro lado e ela estava ajustando o vestido justo e brilhoso no corpo.

Bruna 🎡

Me olhei pelo reflexo do carro, jogando o meu cabelo para o outro lado. Virei na direção do Lobão quando senti a presença dele, que terminou de se aproximar, encaixando a mão na minha cintura e a boca na minha orelha.

Lobão : Fico te encarando porque me amarro quando você usa rosa. -Beijou o meu pescoço, jogando o cabelo pra trás e desceu a mão pela minha cintura até chegar na barra do meu vestido, fazendo total questão de abaixar ele pra baixo.

Segurei o queixo dele com a mão e sorri, afastando a mão dele da minha roupa e concentrando meu rosto na direção do dele, que puxou meu lábio inferior com o dente e me deu um selinho demorado.

Um dos seguranças dele arrastou a garganta e a gente se afastou, passei para o lado dele que me puxou pela cintura, me estimulando a acompanhar os passos dele até parar próximo ao outro carro.

A porta abriu e eu engoli em seco quando vi o Foguinho descer, ele me olhou com um olhar completamente diferente, sem ao menos me cumprimentar e parou em frente ao Lobão.

Foguinho : Precisando de alguma coisa, chefe? -Questionou e ele tirou a chave do carro do bolso pra entregar ele.

Lobão : Leva o carro pra abastecer e estaciona ele no mermo local quando voltar. -Ele só acenou com a cabeça e eu sentir o olhar dos dois pesarem sobre mim. -Bora, loira?

Lobão apertou minha cintura e nós começamos a andar em direção a uma casa imensa. Comprimir os meus lábios olhando para os meus pés e só ergui a cabeça quando joguei o cabelo pra trás.

Lobão : Incomoda com alguma coisa? -Perguntou sério, parando de andar e lá no fundo eu percebi um esboço de sorriso partindo dele.

Bruna : Não, por que estaria? -Retornei a pergunta e ele deu de ombros, soltando um sorriso de lado.

Lobão : Não falou com o seu amigo. -Deslizou o dedo sobre a minha bochecha e eu suspendi a sobrancelha.

Bruna : Isso não é da sua conta. -Devolvi o cinismo e ele sorriu, mostrando os dentes retos e brancos.

Lobão : Deveria ser da sua, saber que ele conta vantagem com o seu nome como se vocês tivessem algo. -Inclinou o rosto pra beijar minha bochecha e eu prendi minha língua no céu da boca, sentindo o nariz dele deslizar sobre o meu pescoço. -Vamos?

Se afastou e entrelaçou nossas mãos, me fazendo acompanhá-lo até a sala principal, que era preenchida por outros homens e mulheres. A atenção se voltou para ele, mas na minha mente ainda pairava a dúvida sobre o que ele estava falando quando se referiu ao Foguinho.

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