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Lobão 🐺Os dias com a loira haviam sido na máxima marola, sem brecha pra momento ruim. Aproveitamos da melhor forma possível, tranzando gostosinho e apertando um de leve.
Mas tudo que é bom dura pouco, né não? Já tinha pegado caminho de volta pro morro com ela, sol tava pegando forte e eu numa fome do caralho.
Lobão : Qualé, tô morrendo de fome, vamo parar em qualquer lugar? -Questionei assim que a gente entrou no morro e a contenção se dividiu.
Bruna : Se você quiser eu faço alguma coisa pra gente comer lá em casa, mas pra mim tanto faz.
Lobão : Você tá cansada tanto quanto eu pô, bora encostar e você tira a tarde pra descansar. -Ela confirmou e eu estacionei o carro na rua do restaurante da tia Ana.
Esperei ela sair do carro e passei minha mão pelo pescoço dela, seguimos caminho pro restaurante e eu puxei uma cadeira pra sentar, depois de exercer o mesmo movimento pra ela.
Bruna : Quero esse com bife e batata. -Me mostrou sorrindo, e eu confirmei, botando fé que iria pedir o mesmo.
Tinham umas garotas do outro lado e eu reparei a postura delas observando a gente e mantendo fofoca em cochicho, meti serinho no papo reto, até elas se tocarem.
Lobão : Desce pra mim dois sucos desse de laranja e pode ser esse pf completo com bife e batata. -O carinha anotou na comanda e eu tirei meu celular do bolso pra acionar os cara.
Bruna : Sai um pouco desse celular, toda hora. -Resmungou e eu ri, desligando e colocando na mesa. Passei o meu braço pelo pescoço dela e deixei um beijo apertado na bochecha.
Lobão : Preciso resolver várias paradas, loira, como não tem ninguém no meu lugar, a firma não tem seguimento.
Bruna : O problema é seu, não pedi pra afastar o Kaue. -Murmurou baixo. -Quando tiver comigo, não fica enfiado nessas coisas. -Eu soltei uma risada e coloquei minha perna por cima da outra.
Nossos sucos chegaram e logo em seguida a comida, bateu maior vontade de comer outro do mesmo, mas segui a meta que seria desnecessário.
Lobão : Quer mais alguma coisa, minha loira? -Questionei e ela confirmou rindo, igual uma criança.
Bruna : Um docinho, por favor! De preferência aquele bolo no pote de brigadeiro. -Neguei com a cabeça e levantei pra ir buscar no balcão, aproveitei pra pagar e quando eu voltei ela já estava em pé me esperando, olhando pro outro lado da rua.
Lobão : Qual foi, polly pocket? -Entreguei o bolo pra ela, com a colher e enfiei a carteira no bolso, junto com o celular.
Bruna : Acho melhor você ir resolver o problema dessas meninas. -Apontou com a sobrancelha e eu vi Poliana do outro lado da rua, conversando com o K3. Neguei com a cabeça sem entender o caô porque até então eu tinha deixado aviso pra elas ficarem aguardando no galpão.
Lobão : Vou virar com você em casa. -Falei e ela negou com a cabeça.
Bruna : Não precisa, tô pertinho e acho que vou passar no salão antes, quando você terminar passa lá. -Me inclinei pra dar um selinho nele, que deixou outro no meu rosto.
Lobão : Leva o carro então, se quiser tirar suas coisas. -Tirei a chave pra entregar e ela pegou. -Assim que eu resolver viro lá.
Ela confirmou e eu desci os ressaltos, Bruna entrou direto no carro e deu o toque na direção da casa dela, atravessei a rua, depois de olhar pros lados e cruzei os meus braços.
Poliana : Lobão! -Falou assustada quando eu me aproximei, segurei no braço dela com força e senti a mão do Kaue no meu ombro.
Lobão : Papo reto, mete o pé! Essa garota não tinha que nem tá dando mole por aqui e eu não tô entendendo essa folga toda. -Me referi a ele e continuei a meta de subir com ela pra boca.
Poliana : Lobão, por favor! -Resmungou, se debatendo e eu fingi não ter ouvido a parada.
Abrir a porta da salinha e joguei ela dentro, vai se fuder porra, garota tirou maior onda dando a informação de onde nós estávamos, com risco dos cana chegar e pegar geral em flagrante.
Lobão : Cadê a tua irmã? -Segurei o rosto dela com força, que começou a chorar e a negar com a cabeça. -Rende maior papo errado pros bota, mas não sustenta o papo?
Poliana : É sério...Lobão, faz o que quiser comigo, mas com o meu filho não, por favor! -Colocou a mão sob a barriga, como se quisesse esconder e eu ri no sarcasmo, passando a mão no rosto e batendo a porta, deixando ela trancada.
Na merma hora que eu sai topei com o Kaue entrando na boca, expressão dele tava confusa e eu já neguei com a cabeça imaginando a parada.
K3 : Lobão... -Se aproximou e eu parei de andar na direção dele. -Deixa eu trocar uma ideia com você.
Lobão : Que porra é essa, pô? Boto maior fé que você vai vir com o papo que meteu filho nela? Não é? -Ele ficou quieto e eu fiquei calado, sentindo ódio do bagulho. -Cadê a Mariane?
K3 : No galpão! -Falou e eu confirmei, dando as costas pra ele.
Lobão : Mete o pé que agora eu resolvo, já dei o aviso pra você se afastar e não vou falar de novo.
Tirei a Poliana da salinha e fui na direção do galpão, procurando a chave no meu bolso. Garota continuava na merma gritaria e minha maior vontade era meter um murrão. Vi a Mariane sentada em um canto do chão e acendi a luz.
Lobão : E o proceder vai ser como? Fazer tua irmã sentir o dobro? Pagar por você e por ela? -Questionei, mantendo a minha mão no cabelo dela, que negou.
Mariane : Lobão...a gente não fez nada, eu juro. -Eu comecei a rir, mantendo o meu olhar fixo na Poliana.
Lobão : Me tirando pra otário? E armando principalmente pra cima da loira? Querendo passar por cima de mim? A ideia partiu de quem? -Ambas ficaram caladas. -Vou dar um tempo pra vocês decidirem o que é melhor. -Dei dois tapas fracos na que estava na minha frente e voltei pelo mermo caminho.
Passei em casa pra tomar um banho e fazer umas ligações, acionei os cara pra reunião mais tarde e peguei caminho pra casa da loira.
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Vivência [M]
FanfictionExige sacrifício, não é só fazer oração Ela me deu o bote porque sabe que eu não sei nadar Eu desci o rio, agora ficou longe pra voltar Tem sangue frio, espera a corrente levar Quanto mais puxa, menos dá pra respirar