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Maratona 2/3
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Bruna 🎡

Ontem seria o dia do Lobão vir? E por que seria? Porque ele simplesmente não veio. Virei a noite no ódio por ele, e minha raiva só aumentou quando aquele perfil de fofoca continuou fazendo postagens com o meu nome.

Eu realmente queria acreditar e colocar confiança nele, mas porra, assim era impossível! Some e não faz questão de me dar uma satisfação? Não fode, né!

Revirei o Instagram da outra, a Gabriela e só observei o abuso! Postando storys com o mega, dançando em frente ao celular com as músicas que o DJ que vai tocar hoje canta. E no twitter a mesma coisa, trocou a localização para o complexo e se referia ao Lobão na maioria das postagens.

"hoje vai ser com o que elas acham que só são delas 🐺".

Foi o máximo que eu aguentei, e eu coloquei na cabeça que iria resolver isso do meu jeito, por bem ou mal. Fiz uma bolsa com tudo o que era necessário e deixei na porta da casa.

Fui até a cozinha pegar uma garrafa de água e bebi um pouco, abri a gaveta dos fundos e tirei a arma que estava lá. Lobão havia deixado para caso de emergência e com certeza essa situação se enquadra como uma.

Precisei esperar a troca dos seguranças para conseguir fugir, já havia bolado o plano e se tudo desse certo seria mais fácil do que eu pudesse imaginar.

Na troca, os meninos da parte da tarde sempre vem perguntar se eu preciso de algo do mercado, e eu nunca vou porque não acho necessário. Mas já havia articulado e com certeza hoje eu iria.

E não foi diferente, pedir para ir e coloquei a bolsa no ombro. Entrei no banco de trás e ele subiu todos os vidros. Rondamos a cidade e quando estávamos afastados na estrada eu tirei a arma do bolso, destravei e mirei no pescoço dele.

Bruna : Para o carro, agora! -Ele me olhou pelo retrovisor sem entender e jogou o carro para o lado. -Para, desce e deixa a chave, agora!

-Porra, tá maluca?

Bruna : Vou ficar se não fizer o que estou mandando. -Ele estacionou, suspirando. -Sem gracinha, vai ser pior pra você.

Enquanto ele saia eu pulei pro banco da frente por trás mesmo, pra não ter chance do moleque me tirar pra otária. Engatei a primeira de uma vez só e acelerei. Ri comigo mesma e peguei estrada pro Rio.

Quando eu cheguei já estava a noite, fui para a minha casa e tomei um banho. Coloquei uma roupa bem babadeira de festa e pranchei o meu loiro longo, escolhendo o salto quinze logo em seguida.

Fiz uma make pra entregar no jogo e sorri comigo mesma, em frente ao espelho. Coloquei a arma na bolsa e retoquei o gloss.

Subi para o baile e quando me aproximei senti diversos olhares sobre mim, achei um máximo e a minha primeira parada foi no bar. Peguei um copão de whiskey com gelo de coco e molhei um pouco da minha boca, sentindo o líquido quente.

Dani : Amiga! -Ouvi ela me gritar e virei na direção dela, correndo pra um abraço. -Você simplesmente sumiu, fiquei preocupada com você.

Bruna : Muita coisa acontecendo, mas enfim, como estão as coisas? -Questionei e ela soltou a respiração. -Danilo tá aqui?

Dani : Tá no camarote! -Murmurou e eu confirmei com a cabeça, jogando o cabelo pra trás.

Bruna : E aquela Gabriela, que eu comentei aquele dia com você? -Ela fez sinal, como se estivesse tentando lembrar.

Dani : Tá com aquela outra mona que você comentou. -Só acenei e puxei ela pra gente poder subir. Assim que chegamos no camarote eu vi o grupinho da outra, ela passou e foi direto para o banheiro.

Bruna : Bora, Danielle! -Segurei na mão dela e passei pelas pessoas até entrar. Estava somente ela, se olhando no espelho.

Gabriela : Precisando de alguma coisa? -Virou o corpo na minha direção e eu sorri de canto a canto.

Bruna : Preciso, preciso que você tome vergonha nessa tua cara, pra parar de criar assunto com o nome de homem de outras. Tá achando que eu sou otária, não é?

Gabriela : E se eu não parar, o que acontece? -Se aproximou mais e eu arredei o corpo dela com a minha mão.

Bruna : Quero vê você pagar pra vê! -Dei espaço pra ela passar e aproveitei para me olhar no espelho. Respirei fundo e peguei o meu copo, que havia ficado apoiado na pia.

Dani : Bruna, Bruna -Negou com a cabeça e eu ri pra ela, abraçando de canto pra nós sairmos do banheiro. -Você só me mete em roubada.

Foi eu pisar o pé para fora do banheiro, e o meu olhar bateu na outra. Ela estava sentada em uma das mesas ao lado do Lobão, aparentemente ele conversava com o Pierre  e a garota quase se jogando, observei a mão dela no ombro dele e o ódio me consumiu.

Passei por quem era necessário e no caminho saquei a minha arma, capaz sim que vão me tirar pra sonsa.

Assim que eu me aproximei grudei no cabelo dela e bati o rosto da mesma contra a mesa.

Bruna : Qual foi, sua vagabunda? Tá tirando onda com a minha cara? Achando que eu sou otária?

Gabriela : Eu... -Não completou a frase. - Você tá ficando louca? -Murmurou e eu senti medo partir dela.

Bruna : Louca? Não quero nem saber desse teu papo, já te dei o aviso no banheiro e você não acreditou, né? Mas se enxerga, porque enquanto você  se retocava, minha única pretensão era carregar a arma pra acabar com a tua cara.

(…)


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