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Bruna 🎡Eu estava conversando com as meninas quando o Eduardo se aproximou de mim, sorri e cumprimentei ele com um abraço. Fizemos um curso juntos quando eu era mais nova e ele me reconheceu, vindo conversar comigo.
Percebi as segundas intenções dele, mas me fiz de sonsa, fiquei conversando durante um tempinho e depois eu me afastei, indo conversar com outras pessoas.
Lobão estava a alguns metros de distância de mim e eu sentia o olhar dele me preencher, o bofe nem disfarçava e eu estava zero dando ideia pra ele, nem fazia questão de olhar na cara.
E nem era questão de ciúmes, pô, bofe me deixa em casa e logo em seguida leva outra? Mete o pé, e o pior é que ele já estava percebendo o meu incômodo em relação a Mariane, vontade maior dele era bater no peito pra poder falar que conseguia as duas.
Meu celular notificou e era uma mensagem do Lobão, só arrastei de leve pra ver o que era e revirei os olhos instantaneamente quando li o conteúdo.
"papo reto, não quero você de papo com esse cara, ele tá na ideia errada contigo."
Ri no deboche e desliguei o celular ignorando total a situação. Por um segundo a minha maior vontade foi beijar o cara na frente dele, mas não era o tipo de coisa que eu faria e ele tinha que agradecer muito por isso.
Peguei outro copo de whiskey com gelo de coco e fiquei com as meninas próximo a nossas mesas, olhei o relógio e decidi ir no banheiro antes de virar a meia noite, aproveitei que não estava muito cheio e né volta eu liguei a lanterna por precisar passar em meio a algumas árvores.
Assustei quando eu senti uma mão pesada me segurando pelo braço e soltei um grito, batendo o pé no chão.
Lobão : Fica suave, garota, qual foi? -Questionou e eu soltei a minha respiração irritada, tentando olhar pra outro lugar qualquer.
Bruna : Papo reto, Lobão, deixa eu passar. -Murmurei irritada quando senti que ele não estava querendo deixar eu passar.
Lobão : Tá nessa onda errada comigo por que? -Passou o meu cabelo pra trás, e continuou me segurando. -Te fiz alguma parada?
Bruna : Não Danilo, você nunca faz nada. -Murmurei e ele franziu a testa, segurando o meu punho.
Lobão : Tá falando da visão que eu te passei do carinha lá? -Eu olhei pro outro lado, desviando total o olhar dele do meu e escutei uma risada sarcástica saindo da boca dele. -É o lance com a Mariane, né não?
Senti ele me puxar pelo braço e me abraçou mesmo contra a minha vontade, tentei empurrar ele com as mão mas era uma tarefa impossível por ele ser uma muralha.
Bruna : Você se acha mesmo no direito de decidir as minhas ações? Com quem eu fico ou deixo de ficar? -Questionei e ele manteve o rosto próximo ao meu.
Lobão : Não muda o assunto, tô te questionando se é por causa da parada da Mariane essa tua marra?
Bruna : Não é sobre ela, Lobão, se toca! A responsabilidade das suas ações não se referem a ela. -Falei séria e ele prendeu o maxilar, antes de soltar um sorriso e puxar o meu cabelo pro lado, encaixando a boca no meu pescoço e eu tentei me afastar.
Lobão : Te dei o papo sobre o cara porque eu não queria ver você de papo com ele, maluco tava na maldade contigo.
Bruna : Ah Lobão, para, né? -Cortei o papo furado dele, impaciência com o assunto.
Lobão : Tô te dando o papo reto pô, sou homem e sei das atitudes. Moldei a dele quando percebi que ele só foi trocar ideia contigo quando você já tinha descido três doses.
Bruna : Tá Lobão, posso voltar agora? -Finalmente voltei a atenção pra ele, que mantia o sorrisinho falso de canto.
Lobão : Pode botar fé que eu não rendi papo pra Mariane, ela articulou a situação porque ta ligada que eu tô na intenção contigo. -Murmurou no meu ouvido, passando o dedo na minha nuca.
Bruna : E eu te perguntei alguma coisa por acaso? Nem tô lembrando da existência dessa garota. Por mim ela que se explodia. -Ele soltou uma risada, jogando a cabeça pra trás.
Lobão : Você ta linda, loira! Ainda mais assim. -Eu também não podia negar que eu estava me sentindo melhor em relação a situação né, realmente pensei na possibilidade dele ter ficado com ela depois de ter me deixado e fiquei chateada mesmo, pela falta de respeito, mas assumir? Jamais.
Bruna : E o... -Ia começar a falar mas me deparei com os barulhos de fogos de artifício e me dei conta que já era a virada. Ouvi gritos do pessoal na praia e o Lobão me abraçou mais forte do que antes, machucou um pouco a minha costela mas ele não fez questão de soltar.
Lobão : Primeiro ano que a gente começa tranquilo e sem briga, né não? -Eu dei de ombros, fazendo sinal de mais ou menos.
Bruna : É o primeiro que você não me inferniza! -Murmurei e ele gargalhou, beijando a volta do meu pescoço. -Feliz ano novo, lobinho mal.
Lobão : Se toca polly pocket da shoppe. -Segurou o meu rosto pelo queixo. -Feliz ano novo, boto fé que esse ano as coisas vão ser diferente, tô agindo no limpo com você, me sinto malzão pelo que a minha implicância com você gerou na sua vida.
Bruna : Eu sei, mas o que passou, passou, não quero levar nada do ano passado pra esse que tá começando agora.
Lobão : Nem o nosso lance? -Segurou a minha cintura e enfiou lá dedos entre o meu cabelo, mordendo o meu lábio inferior e eu sorri.
Ele pediu passagem com a língua e eu cedi, rodeando os meus braços no pescoço dele. Senti uma chupada gostosa na minha língua e deslizei as unhas pela nuca dele, ao som dos fogos do artifício que pairavam pelo o céu estrelado.
Lobão me empurrou de leve, em direção à uma das diversas palmeiras que haviam ali e eu me afastei, afundando o meu rosto na curvatura do pescoço dele, sentindo o perfume gostoso dele.
Lobão desceu a mão pesada pela minha cintura, até chegar na barra do meu vestido. Nós estávamos afastado da praia, e do movimento, apesar de tudo.
Nós ficamos durante um tempo ali, depois as meninas começaram a me ligar e eu voltei pra perto delas. Mariane ficou pesando na minha, me encarando com maior cara de nojo, eu ia acertar com ela mas não ia ser hoje, até porque nada tirava a felicidade que eu estava.
Entrei no mar com as minhas amigas e fiz minha oração de forma silenciosa. Depois nós viramos a noite toda na orla, bebendo horrores e morre de rir. Eu já estava altinha, distante de tudo e bêbada, rindo até pro vento.
(…)
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Vivência [M]
FanfictionExige sacrifício, não é só fazer oração Ela me deu o bote porque sabe que eu não sei nadar Eu desci o rio, agora ficou longe pra voltar Tem sangue frio, espera a corrente levar Quanto mais puxa, menos dá pra respirar