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maratona 3/3Lobão 🐺
Pousei no Brasil e os moleque tava me aguardando no lugar que eu mandei, bati a porta, mandando ele conduzir e no caminho eu fiz os meus contatos. Disquei o número da loira, mas deu caixa postal, então eu deixei pra fazer contato com ela direto no morro.
Assim que eu cheguei parei direto em casa e fui direto pro meu banho, minha casa tava toda no jeito e eu convoquei os moleque pra reunião na boca. E enquanto não dava o horário eu peguei minha nave e dei o toque pro salão da Bruna.
Estacionei na esquina, pra esperar o horário e estranhei quando a Daniele passou na minha frente. Dei o toque de leve e buzinei pra ela parar, ela assustou, assim que me viu e eu apoiei o pé no chão.
Lobão : Qual foi Daniele, cadê tua amiga? -Questionei e ela deu de ombros. -Como assim, pô? Você vive grudada com ela e não sabe? Ideia errada essa tua.
Dani : Não sei, Lobão. Já tem mais de um mês que eu não vejo a Bruna, e nem converso, última vez que a gente se viu ela me pediu pra segurar as pontas no salão porque ela precisava resolver algumas coisas, mas eu achei ela bem apreensiva, não sei, tava estranha.
Lobão : E você não fez nada? Não falou com o Kaue sobre isso ai?
Dani : Eu tentei, Lobão, mas no dia que eu tentei contato os meninos me disseram que ele não estava aqui, ia fazer o que? Bruna insistiu pra eu não ficar atrás dele, você conhece o gênio.
Lobão : Jae. -Acenei com a cabeça e dei partida outra vez, estacionei a moto em frente a boca e tirei o capacete, apoiando no braço.
Os cara vieram falar comigo mas eu não fiz muita questão de ficar sustentando o papo deles, falar todo mundo fala, mas eu queria ver mermo como é que ficou as parada depois que eu meti o pé daqui.
Lobão : Qualé, pedi pra vocês darem cobertura a Bruna, passa dois meses e ninguém sabe dela, minha palavra não é válida? -Fechei a porta, com o Kaue e outros três moleques ali. -Não vão falar nada?
-Pô chefe, você pediu pra trazer ela em segurança até aqui, não deu papo algum sobre precisar ficar de tocaia atrás dela, cheio de serviço, não tava fácil pra ninguém.
Lobão : E por que quando a Daniela veio passar a visão do que estava acontecendo pro K3 vocês se fizeram? Não deram ideia pro papo dela, tão me tirando porra? Papo reto, se eu for atrás dessa história e descobrir que aconteceu qualquer coisa com ela eu acabo com a raça de vocês, sem caô. Gestão de merda, e a responsabilidade tá no teu peito, Kaue.
-Qual foi, Lobão? Ninguém aqui tem obrigação de ficar igual cão de guarda atrás de piranha que você come não. -Ele falou e na merma hora o ódio consumiu minha mente, no papo dez. Saquei a arma em uma vez só e destravei, disparando uma bala nele.
Lobão : Piranha é tua mãe, cuzão do caralho, mede tuas palavras pra falar da Bruna! -Chutei a barriga dele por cima do tiro. -Se qualquer um aqui ajudar e chegar no meu ouvido, vai pro mesmo lugar que ele.
Bati a porta da salinha e peguei o toque da nave outra vez a mil, parei em frente a casa da vó da Bruna e desci. Bati duas vezes na porta e nem demorou pra ela atender. Veio contar maior caso, lance de viagem e eu loucão pra ela fechar a boca e eu poder questionar.
Madalena : Eu vou falar porque é você...Bruna fez tanto mistério no dia que me pediu essa chave, eu precisei me deslocar aqui do morro até lá na zona sul pra entregar essa chave. -Começou a falar e eu apressadão no bagulho.
Lobão : Chave de onde, dona Madalena? -Perguntei, adiantando o processo.
Madalena : Da minha casa, aquela que eu alugava, lembra? -Eu concordei, lembrando onde era e confirmei.
Sai da casa dela e peguei caminho no sapatinho pelos acessos, estacionei no primeiro beco que eu vi e de longe fui palmear a casa, tinha uma luz acesa nos fundos e eu passei por trás, porque o movimento tava estranho pra caralho, carro da Bruna estacionado e um todo blindado, com os vidros pretos do ouro lado da rua.
Me apoiei da forma que deu e entrei pela lavanderia, ouvir barulho na sala e pelo ponto cego eu vi um cara agarrando a Bruna pelo pulso, botei fé que era o policial do dia do hospital. Em um movimento ele jogou ela no sofá e minha mente foi a milhão quando ele foi por cima, agindo na maldade com ela.
Destravei a glock e mirei em certo na parte lateral do rosto dele. Bruna gritou assustada com ele caindo por cima dela e fez força pra empurrar o corpo dele no chão.
Lobão : Qual foi, tá machucada? -Me aproximei e ela continuou olhando pro bota sangrando no chão? -Hein, Bruna?
Bruna : Lobão? Como...? -Passou a mão no rosto e eu subi o queixo dela, pra ver se tinha qualquer parada.
Lobão : Que onda errada é essa que você se meteu, loira? -Questionei e ela soltou a respiração, apoiando o rosto nos braços.
Bruna : Eles acharam meu documento na casa de praia, Lobão! -Eu franzi a testa. -E ai começaram a fazer ligação entre nós dois, diversas ameaças... -Falou tudo muito rápido, em desespero. -O delegado e ele... -Apontou com o queixo na direção do chão. -Quiseram livrar a minha pele, e em troca eu teria que entregar você. Mas tudo de maneira ilegal, sabe? Eles queriam ter você pra poder vender sua cabeça pra outros bandidos, não sei. -Soltou a respiração, impaciente.
Lobão : Depois a gente troca uma ideia melhor sobre isso ai, mas eu te garanto que não tava na minha ideia isso ai, se eu soubesse tinha livrado tua pele no mesmo instante, mas fé que a gente vai resolver isso ai, marca dez que eu vou acionar o moleque pra dar um jeito nisso ai, se a tua vó descobre... -Ela soltou uma risada, mas sem muita reação ainda e eu disquei o número que eu precisava, coloquei no ouvido aguardando e virei o rosto dela na minha direção, ainda pelo queixo. -Não ficar pilhada, não vou deixar isso tudo nas suas costas. -Murmurei e ela concordou, como se confiasse no que eu tinha dito.
(…)
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Vivência [M]
FanfictionExige sacrifício, não é só fazer oração Ela me deu o bote porque sabe que eu não sei nadar Eu desci o rio, agora ficou longe pra voltar Tem sangue frio, espera a corrente levar Quanto mais puxa, menos dá pra respirar