Capítulo 11

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Patrick acordou logo cedo, tomou um banho vestiu uma calça jeans, uma camisa de botão azul e um sapato preto nos pés. Preparou o café de sua sobrinha, fazendo panquecas com algumas frutas em um potinho (morangos, banana e um pouco de melão).

Quando estava tudo pronto, acordou sua sobrinha com o maior amor e carinho do mundo, deu um beijo em sua testa e levou a mesma no colo um pouquinho adormecida ainda para a cozinha, colocou ela na cadeirinha e deu o potinho e um garfo infantil para ela comer as frutinhas.

-Titio. - Sussurrou dengosa.

-Oi princesa. - Respondeu ajeitando os cachinhos dela, tentando prender com um lacinho.

-Eu amu vuxê. - Sorriu ela.

-Eu também amo você, minha princesa. - Beijou a testa dela. - Agora come porque temos que se arrumar para o balé. - Disse com calma.

A pequena comeu e depois o jogador deu um banho nela, vestiu a roupa de balé, o body e o tule que achou a coisa mais difícil do mundo e mandou uma foto dela para Catarina, sua irmã.

Fez um lanchinho para ela levar, e então quando estava tudo pronto levou a pequena para o balé.

Falou com a irmã sobre os resultados dos exames, mas ainda não tinha nenhum resultado certo.

No momento que chegou no estúdio de balé, até então novo na cidade estacionou o carro.

-Titio eu estou entolgada!

-Está empolgada amor? - Ela assentiu sorrindo.

-Muuuuito!

Ele foi até a cadeirinha "liberando" a moreninha e então saiu do carro com a lancheirinha e de mãos dadas com ela.

Na porta do estúdio a professora esperava os alunos.

-Oi minha pequena bailarina! - Sorriu simpática. - Sou a tia Ellen, você é a...

-Eliza Dempisei tia! - Fez um biquinho feliz.

-É... É um prazer, pode entrar pequena. - Disse sem palavras.

Eliza entrou no estúdio, dando um beijo em seu tio e pegando a sua lancheira.

-A aula termina às dez ou às onze? - Ele perguntou.

Parecia que as palavras tinham sumido do vocabulário da loira, não sabia nem falar. Não tinham nem voz pars pronunciar algo.
Ela só sabia pensar em como estava lindo, como sempre e como Eliza Dempsey era a cara dele.

-Às onze. - Engoliu seco.

Então ele saiu indo de volta para o seu carro, Ellen esperou seus alunos com a sua cabeça a mil por hora não sabia o que pensar e em como agir.

Foi se distraindo aos poucos e as crianças chegaram logo se alongaram por alguns minutinhos. Depois Ellen começou a brincar de repetir alguns passos de balé e uma brincadeira para os mesmos se acostumarem com a dança, já que era algo novo para a grande maioria da sala.

Eliza estava se saindo bem, imitava a professora o mais aparecido possível, não gostava de fazer as coisas erradas ou pela metade e acabar fazendo errado.

-Agora as piruetas, como um pião. - Ellen disse e nem tentou rodar, já estava sendo teimosa demais por conta do gesso e seu médico havia pedido repouso e já estava se sentindo tonta. - Gira, gira, gira... - Cantarolou e as crianças imitaram e cantaram junto. - Opa! - Falou quando uma das mini bailarinas acabou caindo. - Vamos levantar e recomeçar. - Sorriu dando confiança para ela, que assim fez.

-Tia a sapatila tá machucando! - Eliza disse.

-Pode tirar meu amor. - Disse de forma doce e assim a menina fez.

Depois do ensaio praticamente se jogaram no chão do estúdio, fazendo a professora gargalhar, beberam água e logo deu a hora do lanche.

Alguns pais já vieram buscar os filhos e Patrick que ficou a todo momento apenas admirando ela explicando os passos e fazendo eles no carro tomou coragem para perguntar algo a ela.

Ficou em frente ao estúdio e quando Ellen tinha acabado de falar com uma mãe de sua aluna, Patrick parou ela.

-Posso conversar com você? - Questionou.

Percebendo o nervosismo dela, apenas ignorou.

-O que aconteceu?

-A Eliza se saiu bem, está ótima! Só a sapatilha que machucou um pouco, mas acho que é porque ela não é acostumada, em relação aos passos está maravilhosa. Ela já fez balé?

-Ellen.

-Ela sabe fazer alguns passos e não de enrola neles.

-O que aconteceu conosco?

Ela respirou fundo e não falaria sobre isso.

-Não vamos falar de nada além das crianças aqui, por favor.

-Só me fala! Por favor! Se você disser o motivo eu juro que eu paro de te encher, foram quatro anos me culpando achando que o motivo era eu! Que eu tinha te pressionado ou que eu fui um babaca em algum momento com você! - Disse bravo. - Alguém disse algo de mim para você? Você me traiu na época e não quis assumiu? Ou você nunca me amou realmente?

A cabeça dele estava a mil, apenas queria saber o motivo!

Aquela dúvida sobre o amor dela para ele, foi a gota d'água para ela.

-Eu sempre te amei! Sempre! - Falou de uma vez.

-Então o que foi? ME DIZ! - Percebeu que alterou o seu tom de voz. - Eu não vou aguentar mais essa agonia de mais um dia, um mês ou um ano sem saber! Me fala!

-Desculpas o atraso! Eu trabalho muito, então não deu para pegar a Clara mais cedo! - A mãe da garotinha se desculpou, sendo a "sorte" de Ellen.

Patrick ficou escorado na porta, viu a Clara ir até a mãe e se despedir da tia.

-Não vai contar... É isso mesmo? Vamos Eliza. - Chamou a afilhada. - Ellen, eu cansei de correr atrás de você, parece que não dá valor ou realmente você nunca me amou.

-Eu amo você... Só é complicado de falar sobre isso. - Uma lágrima escorreu de seus olhos.

-Então fala. - Implorou praticamente.

Eliza ainda estava arrumando a sua lancheira.

-Me diz Ellen. - Sua voz saiu fraca dessa vez.

-Podemos marcar de nós entrar mais tarde, você está livre?

-Não sei.

-Na sorveteria, às duas e meia. Juro que vou contar tudo, só... Eu não consigo agora. - Disse com as mãos trêmulas.

-Tá bom. - Concordou respirando fundo.

-Tcahu titia! - Sorriu a menina.

-Tchau! Até amanhã! - Mandou beijos a loira e viu a pequena e seu ex irem embora.

Continua...
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Capítulo curtinho.
Meio nhe, mas enfim...
Quero fazer no próximo capítulo, pq aí vai ser melhor do que contar algo tão impactante na rua pra todo mundo ouvir. 🤡
Isso só faz sentido na minha cabeça eu acho, enfim...
-Ju.

Sempre será você - DempeoOnde histórias criam vida. Descubra agora