Capítulo 18

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-Você vai me explicar como apareceu aqui do nada? - Ellen perguntou fazendo um chá para beber, seu rosto estava inchado por conta do choro recente e estava com um pouquinho de dor de cabeça.

Patrick ainda estava ali na casa dela, no chão da sala vendo as coisinhas de Alef, sorria com cada roupinha que era dele.

-Eu deixei a Jillian na igreja, não no altar. - Disse antes que Ellen o julgasse. - Eu conversei com ela que e falei que achava que não iria dar certo, ela entendeu ficou com raiva e me xingou por ela ter ficado cinco horas no salão de beleza e ter passado lace um tal de lale no cabelo. - Não deu muita importância.

-Laquê, lembra que eu passava no cabelo antes das apresentações e você me ajudava a tirar ele? - Perguntou, colocando o chá na caneca.

-Ela passou isso! Meu Deus, coitada. - Sussurrou. - Olha que sapatinhos mais lindos. - Respirou fundo para nenhuma lágrima escorrer.

Deu um sorriso para o jogador, nunca imaginou que ele ficaria empolgado com roupinhas de bebê.

-Você simplesmente disse que não iria dar certo o casamento e ela aceitou numa boa?

-Aham. Pensei que ela fosse me matar, mas parece que estava se casando por pressão dos pais. Enfim. - Deu de ombros. - Como você dorme aqui sozinha, você morre de medo do escuro e de dormir sozinha?

Por mais que fosse verdade ela não falou nada. Ignorou e Patrick deu um sorrisinho de lado.

-Por que você veio para minha casa? - Perguntou ela para mudar de assunto e queria saber a resposta disso também.

Patrick deixou os sapatinhos de Alef no mesmo lugar e encarou ela que estava parecendo a mesma de quatro anos atrás, moletom por cima do roby falou que havia ficado com frio demais então fez assim, uma caneca de porcelana nas mãos tomando seu chá.

-Você quer chá? Eu sei que você não gosta muito, mas quer?

-Não, não obrigado. Eu tomava por você na época, para você não ficar tomando sozinha. - Ambos sorriram com a lembrança. - Enfim, antes do casamento Jillian falou sobre filhos e eu não respondi, aí quando terminei com ela eu percebi que nunca tinha visto nada do Alef, então eu vim ver as coisas do nosso garoto, do nosso anjinho. - Explicou com calma.

-Aah sim. - Concordou. - Aí tem tudo até o teste de gravidez.

-Eu coloquei a mão no seu xixi? - Dempseyz questionou.

-Aham, mas para de graça que você já fez coisas piores comigo.

-Você não era tímida? - Riu.

-Vamos mudar de assunto. - Logo ela se corou toda.

-Minha Moranguinho. - Sorriu.

Ela parou de respirar por segundos e brincou com as pontas do cabelo loiro.

-Mudando de assunto... Eu tenho o barulhinho do coração dele, além disso. - Ellen disse, pegando ele de surpresa.

-Me mostre. - Quase implorou.

A loira deixou a caneca na mesa do centro da sala, indo em direção ao seu quarto e pegou uma almofada que tinha o formato de estrela, escrito "Meu anjo Alef".

-Meu pai que pediu para fazer depois do aborto, isso foi uma das coisas que eu fiquei muito feliz e mesmo estando triste demais. - Sorriu e entregou para ele, pegou sua caneca e se sentou ao lado do mesmo.

Quando apertou na almofada ouviu o barulhinho dos batimentos cardíacos e a voz doce de Ellen "Oi bebê!", apenas duas palavras entre os barulhos dos batimentos.

Sempre será você - DempeoOnde histórias criam vida. Descubra agora