– HINA, ESTOU COM FOME - gritei da sala de estar enquanto assistia um programa de TV
Hina: Puta merda, já falei que estou terminando sua sopa - ela respondeu e fiz cara de nojo.
– Odeio sopa - me ajeitei no sofá e senti uma pontada na barriga me fazendo parar.
Hina: Problema seu, agora coma! - ela apareceu do meu lado com uma tigela de sopa em mãos.
Comi toda aquela sopa — contragosto — e devolvi a tigela para Hina que a levou para a cozinha.
Enquanto assistia aquele programa de TV, comecei a sentir várias pontas em toda minha barriga. Não eram pontadas fracas, eram fortes, de fazer alguém se contorcer de dor:
– HINA!
Hina: Pare de gritar, estou apenas um cômodo longe de você - assim que ela viu minha careta de dor, parou bruscamente - Sabina…
– Acho que chegou a hora - ela arregalou seus olhos e começou a andar de um lado para o outro - Hina, pare de andar e vá pegar os enxovais das crianças - falei tentando parecer calma e Yoshihara logo correu para o andar de cima.
– BAILEY, CORRE AQUI! - logo May apareceu apenas de toalha na sala - coloque uma roupa e me leve para o hospital, acho que a hora chegou.
Ele abriu seus olhos e correu para o andar de cima gritando para os quatro cantos da casa fazendo todos — ou quase todos — se desesperarem.
[...]
– Oh meu Deus! - exclamei quando outra pontada me atingiu - Alex, peça para algum médico vir e fazer a cesária logo.
Alex: Não sou eu que decido as coisas Hidalgo - estávamos nós dois em uma sala. Bailey foi mandado embora pois estava apenas de calças, Diarra e Hina quiseram esperar na recepção, então só sobrou Alex para me acompanhar.
– Acho que você não entendeu a situação - falei e agarrei seu braço o puxando para mais perto do meu rosto - vá chamar a porra de um médico para tirar essas crianças de dentro de mim, AGORA! - o empurrei e ele saiu reclamando.
Tentei controlar minha respiração, mas estava difícil com uma série de pontadas me atingindo.
Uma equipe de médicos entrou na sala e começaram a preparar os equipamentos enquanto uma enfermeira conversava comigo. Em seguida, me sentei na cama com ajuda e um enfermeiro aplicou a anestesia no final da minha coluna e me deitou de volta.
Estava ansiosa, quero segurar meus pequenos no colo e fazer eles sentirem todo o meu amor.
Depois de infinitas horas, finalmente meus três pequenos estavam nesse mundo. Olhei para Alex e seus olhos estavam marejados, até parece que ele é o pai.
Xxx: Aqui está mamãe, Liam e Mia - ela colocou os dois pequenos nos meus braços - segure o Enzo papai - ela foi até Alex e colocou Enzo em seus braços.
Alex: Obrigado - ele sorriu e olhou para Enzo - bem vindo ao mundo pequeno, sou o Alex, seu papai adotivo - ok, não estava preparada para isso.
Voltei minha atenção para os meus outros filhos e a enfermeira me ajudou a amamentar eles — nunca imaginei que estaria em um quarto de hospital chorando de felicidade pela vida dos meus filhos.
Assim que Liam terminou de mamar, a enfermeira o tirou do meu peito e o colocou na incubadora assim como fez com Mia e Enzo:
Xxx: Vou deixar vocês a sós, qualquer coisa, aperte esses botões ao lado da cama, o vermelho é para emergência e o branco e para algum pedido - ela sorriu e se retirou.
Alex: Vá descansar Hidalgo, parir três crianças de uma vez não deve ser fácil - rimos e ele se levantou da poltrona - vou sair daqui, está entediante ficar olhando para sua cara - ainda fraca, mostrei o dedo do meio para ele que saiu rindo.
Me ajeitei na cama e fechei meus olhos, estava cansada de verdade — vou aproveitar esse tempo que tenho e dormir o sono que nunca consegui, pois sei que terei que ficar acordada noites e noites.
Pov Joalin
– Então é hoje o nascimento daqueles bastardos, acho que irei fazer uma visitinha para eles - murmurei para mim mesmo e peguei as chaves do meu carro.
Antes de ir até a garagem, fui para o meu quarto e peguei um frasco de veneno de ricina e o coloquei no bolso.
Andei em direção a garagem, entrei no meu carro e dirigi até o hospital central, Sabina irá se arrepender por ter me traído.
Depois de alguns minutos, cheguei no local e entrei pelos fundos — fui andando por aqueles grandes corredores até achar uma sala onde tinha uniformes de médicos ou enfermeiros, entrei ali e peguei um uniforme de enfermeira qualquer.
Sai da sala e caminhei com uma prancheta em mãos até encontrar uma enfermeira:
– Srta. Dales - olhei o crachá em seu jaleco - poderia me informar onde é o quarto da paciente Sabina Hidalgo? Me pediram para verificar algo em seu soro - perguntei soando simpática e ela sorriu.
Xxx: É o quarto 202 no segundo andar - sorri agradecida - você é nova? Nunca te vi aqui antes - droga.
– Estou fazendo um estágio aqui, é o meu segundo dia, sou Ayla Hatala - estendi a mão e ela apertou a mesma.
Xxx: Seja bem vinda srta. Hatala - sorri novamente e me retirei dali.
Assim que estava longe o suficiente, mudei meu semblante e fui em direção ao meu objetivo — avistei o quarto 202 e olhei ao redor para ver se estava sozinha e entrei no local.
Lá estava ela, dormindo profundamente enquanto os mini bastardos estavam dormindo em cápsulas separadas:
– Olá de novo Sabina - comentei trancando a porta e fechando as cortinas - espero que tenha tido um parto sem nenhuma complicação.
Fui até as incubadoras e encarei cada um dos bebês, são tão horrendos. Me virei para Sabina e parei ao lado da cama onde o soro estava:
– Poderíamos estar juntas ainda, mas você escolheu me trair e trair a todos por bobagem, agora terá que lidar com as consequências de seus atos - falei e tirei o veneno do bolso - também espero que tenha aproveitado seus momentos com seus bastardos pois não haverá outro momento mágico desse - pinguei algumas gotas do veneno no soro e sorri satisfeita com aquilo - tenha um bom final.
Sorri e saí do quarto tirando o jaleco, me conforta em saber que Sabina não irá ver seus filhos crescerem, se ela tivesse escolhido outro caminho, talvez não estaria passando por isso.
Deixem a ⭐
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙼𝚈 𝙼𝙾𝙼𝙼𝚈 (Concluída)
FanficJoshua Beauchamp é um menino com infantilismo, que sempre teve amor e carinho por seus pais, mas após perdê-los para a morte, vai morar com sua tia, Scarlet Beauchamp. Ela o maltratava sempre e dizia que ele era o culpado pela morte de seus pais. An...