Capítulo 22

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— Sabe que é pecado deixar uma senhora curiosa, não é?

Margarida chegara em casa meia hora depois que Olívia e André.

Sem dizer mais nada, André apenas as leva até um restaurante de culinária italiana. Nada que um bom fettuccine, rondele e espaguete não resolvesse a fome, porém o mais importante mesmo era a notícia.

— Em qual parte da bíblia está escrito isso, dona Margarida?

— No livro de Curiosos, capítulo 2, versículo 1 ao 3.

Todos riram com a piada de Margarida. Mas não deixava de ser verdade. Uma coisa que ela odiava era ficar curiosa, seja lá com o que fosse.

— Olá, boa noite. Sejam bem-vindos!

Um homem, aparentando ter uns 25 anos, se aproxima, cumprimentando os três, enquanto lhe davam o cardápio.

— Muito obrigado. De começo, pode nos trazer um vinho tinto suave?

— Tem alguma preferência, senhor?

— Vou confiar em você. Enquanto isso, vamos escolher o prato.

— É claro, com licença.

Por alguns minutos, os três ficam olhando os cardápios. Os pratos pareciam ser bem apetitosos.

Trazendo consigo uma garrafa de vinho, o garçom despeja o líquido roxo nas três taças presentes.

— Muito obrigado! — André pega a taça e antes que pudesse dar um gole no vinho, sente o aroma. — Vou querer um fettuccine com camarão. E vocês duas?

— Eu vou querer um risoto de limão siciliano. — Diz Margarida.

— Um rondelli de abobrinha, por favor. — Finaliza Olívia.

— É claro. Só instante.

O garçom sai, deixando André à mercê de contar o que tanto queria.

— E então, meu filho? O que tem para nos contar, afinal?

— Realmente. Eu tô bem curiosa.

— Vocês lembram que eu estava resolvendo alguns assuntos?

— Sim! — Ambas respondem ao mesmo tempo.

— Pois é... Um desses assuntos eu já resolvi. E estou muito feliz por isso!

— E o que é?

— Eu vou abrir meu próprio restaurante.

Ambas grilaram de felicidade.

— Que bom, meu filho! — Margarida se levanta da cadeira e vai até André, dando-lhe um forte abraço.

Mas pelo que parecia, estava chamando a atenção demais, pois algumas pessoas olhavam para a mesa onde estavam acomodados.

— Eu tô muito feliz por você, André. — Olívia pega a mão do rapaz, apertando-a, como alguém que diz: Fico feliz por você e pode contar comigo.

— Por isso trouxe vocês aqui. Para comemorarmos!

— Louvado seja Deus, por isso. Tenho certeza que vai ser um sucesso. — Margarida se encontrava realmente feliz. Até parecia que ela é quem iria abrir o restaurante.

— O lugar já consegui. Agora falta retocar e dá-lo vida.

— Isso é muito bom. Como estou feliz por você, meu filho. — Margarida, para surpresa de todos, começa a chorar.

O Poder do Perdão - Pelo Espírito AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora