O Poder do Perdão - Pelo Espírito Amélia

Capítulo 43

Os médiuns que fariam parte daquela sessão já haviam chegado e se acomodado à mesa. Getúlio e Olívia saem da sala.

Enquanto o dirigente segue para junto dos demais médiuns, Olívia se acomoda em uma das cadeiras vagas da assistência.

Getúlio, logo começa a reunião, dizendo:

— Hoje, teremos como convidada, nossa irmã Olívia. Ela fará parte da reunião.

Os médiuns sorriem para ela, como se aquele gesto fosse um sinal de que ela era muito bem-vinda para estar com eles.

E com uma prece simples e espontânea, Getúlio da início aos trabalhos daquela noite.

Após a prece, ao abrir os olhos, ele enxerga a mentora Luzia ao lado de Elaine, que se encontrava de pé ao lado da mesa, pois como era dialogadora, acabava por não se sentar.

Desde que começaram as reuniões privadas aos sábados, não tiveram a oportunidade da mentora se manifestar. E naquele momento, Getúlio da continuidade, exclamando aos demais:

— A mentora Luzia gostaria de ter a palavra.

Nesse momento, todos os médiuns, que até então, se encontravam de olhos fechados concentrados, fitaram Getúlio, provavelmente pensando que ele daria a comunicação. Mas se surpreenderam ao ver que quem falara foi Elaine.

Olívia continuava de olhos fechados.

— Que a paz do nosso mestre Jesus estejam com todos vós, meus irmãos.

— Que assim seja! — Responderam todos em um sonoro coral.

— Mais um trabalho que se inicia e junto uma grande tarefa a ser cumprida, que carrega grande responsabilidade, disciplina e comprometimento. Da mesma forma que contam com a espiritualidade, a espiritualidade também espera contar com todos vós, para que o socorro aos nossos irmãos possa ser bem sucedido.

Elaine para de falar por um momento, como se tivesse procurando as palavras, mas não se demora em coloca-las para fora, dando continuidade na comunicação.

— Certos médiuns aqui presentes, por não darem comunicações, acham que não estão sendo o suficientes para a espiritualidade, pensando ocuparem os lugares à mesa. Para esses irmãos, eu digo com firmeza, de que o trabalho que exercem também é de grande ajuda e valia, pois são em vossas orações e bons pensamentos que conseguem doar fluidos salutares aos irmãos que tanto necessitam. E também aos socorristas, para que assim posam usar em prol dos irmãos sofredores. Não pensem que estão ocupando lugar, pois se aqui estão, é que um dia, na espiritualidade, se propuseram a ajudar e ser um instrumento de Jesus em auxílio. Não achem que são inferiores aos médiuns que dão psicofonia ou psicografia. Até porque o que defini um bom médium não é o tipo de mediunidade que o faculta, mas sim se é responsável, disciplinado, aberto ao serviço do bem e que tenha comprometimento com o que faz. É isso que conta. Lembrem-se, meus irmãos, ninguém é melhor do que ninguém. Estamos todos aqui para buscar nossa evolução, sendo que cada um tem o seu momento certo. Tem o seu tempo. Amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instrui-vos, eis o segundo. Um bom trabalho à todos!

E num suspiro profundo, Elaine abre os olhos.

Naquele instante, todos sorriem um para os outros, acalentados pela mensagem e instrução da mentora Luzia.

Olívia continuava com os olhos fechados, encantada com o que havia acabado de ouvir.

Dada a mensagem, Getúlio acomoda-se à mesa, enquanto Eleonora levanta-se, seguindo para junto de Elaine.