Capítulo 42

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Olívia se aproximava do centro e ao longe, conseguia ver uma figura conhecida, que estava colocando uma chave na tranca do portão.

— Boa noite, irmã Elaine. — Anunciou ela.

A mulher de cabelos curtos e vermelhos virara instantaneamente, conhecendo de imediato a voz que lhe falava.

— Olívia, querida! Que bom te ver.

— Sei que não deveria estar aqui, mas o seu Getúlio...

— Fique tranquila. Ela já me passou tudo. Vamos entrar?

Elaine abre o portão e ambas adentram o centro. Ela vai logo apertando os interruptores, acendendo as luzes do recinto.

— Você me ajuda?

— Com o quê?

— Bem, aquelas jarras de água, as encha lá na cozinha por favor, e as ponha na mesa, está bem?

— Ok.

Olívia deposita sua pequena bolsa em uma das cadeiras vagas e faz o que Elaine pedira.

Ela logo volta com as jarras cheias, colocando-as cada uma numa ponta da mesa, onde continha copos descartáveis em bandejas pequenas.

Enquanto Elaine arrumava algumas coisas dentro da cômoda que se encontrava perto da mesa, Olívia perguntara:

— Irmã Elaine, posso lhe fazer uma pergunta?

— Claro, querida.

— Por que aos sábados os trabalhos mediúnicos aqui são, digamos, fechados para o público?

— Olha, na verdade, antes não eram fechados, mas por ordem da mentora espiritual da casa, acabou sendo.

— Entendo. Mas o que se faz hoje, por exemplo?

— Hoje fazemos o auxílio aos irmãos sofredores.

— Os que já partiram?

— Isso mesmo.

— Quando vim pela primeira vez, o irmão Getúlio disse que as reuniões de sábado começariam ser privadas. Por quê?

— Essas reuniões precisam ter grande sustentação, para que o trabalho ocorra sem problema algum. E muitas das vezes, quando esses irmãos se manifestam, acabam por estar revoltados e isso desperta a curiosidade dos assistidos, ou até mesmo receio.

— E o que isso atrapalha o trabalho?

— É preciso estarmos em preces e totalmente concentrados, para que possamos doar fluidos salutares aos irmãos espirituais.

— Entendi.

Nesse momento, Carlos e Eleonora passam pela porta, adentrando o saguão.

— Boa noite! — Exclama o casal às duas.

— Boa noite, meu queridos! — Diz Elaine.

— Boa noite, doutor Carlos. Dona Eleonora!

— Precisam de ajuda para alguma coisa? — Pergunta Carlos.

— Acredito que não, meu querido. Por enquanto, o que precisamos já está aposto. Logo, logo os médiuns devem chegar.

E nesse instante, Getúlio passa pela porta, exclamando um boa noite, que foi respondido por todos em um coral.

O Poder do Perdão - Pelo Espírito AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora