Assim que chegaram, uma equipe médica já foi logo ajudando Eusébio, o colocando na maca, fazendo todos os procedimentos que podiam naquele momento.
— Desculpe senhora, mas daqui você não pode ultrapassar. — Disse uma enfermeira, fechando a porta logo em seguida.
André, sem dizer nada, apenas abraçou Olívia.
A mesma pôs-se a chorar, em desespero, sem saber o que estava acontecendo com Eusébio.
— Vocês vão ficar bem?
— Vamos sim, amigo. — Respondeu André para o homem que lhes ajudara. — Com esse contratempo, não deu nem pra nos apresentar. Eu sou o André e essa é minha namorada Olívia. Muito obrigado pela ajuda, viu?
— Não precisa agradecer. Me chamo Leandro.
— Muito obrigado mesmo, Leandro.
— Eu peço desculpas, mas não sei se vou conseguir ficar...
— Não, que isso. O que você fez já foi de grande ajuda, de verdade.
— Bem, esse é o telefone da minha casa. Se precisarem de alguma ajuda, por favor, não hesitem em ligar. — André pegou o cartão que Leandro estendia.
Só pelo fato dele ter um telefone em casa, dava a entender que aquele homem devia ser muito bem de vida.
— Mais uma vez, muito obrigado!
— Que Deus os abençoe.
Leandro então parte para o hall de entrada do hospital.
Depois de cinco horas em espera, um médico, aparentando ter certa idade e uma grande sabedoria na carreira, aparece até a recepção, dizendo:
— Quem é parente de Eusébio Pacheco Filho?
— Eu. — Exclamou Olívia, levantando-se de supetão da poltrona ao ouvir o nome do pai. — Eu sou filha dele. Doutor, o que foi que aconteceu?
— Por agora, ele está estável, mas a situação dele não é nada boa. Ele vai precisar ficar em observação e fazer alguns exames, mas levando em consideração ao que lhe aconteceu, aparentemente, ele teve sintomas agudos de cirrose. Ele bebe?
— Pelo que eu saiba, não mais doutor. Mas ele bebia muito há uns bons anos atrás.
— Entendo. É uma possibilidade de descartarmos a cirrose hepática. Mas como disse, para ter certeza, precisamos fazer mais alguns exames. Ele agora está em repouso.
— Tudo bem. Muito obrigada, doutor.
— Manterei vocês informado. Se não vier, mandarei outro médico ou enfermeira para avisar a vocês o estado dele.
— Tudo bem. Agradecemos. — Foi André quem agradeceu ao médico.
— Amor, por favor, vai para casa e avisa a minha mãe sobre o que aconteceu.
— Não, eu não vou te deixar sozinha aqui.
— Está tudo bem. Ele está em repouso, como o médico disse. E alguém precisa ficar aqui para receber qualquer tipo de informação. Vai e avisa ela, tudo bem?
— Tudo bem. Mas logo, logo eu volto.
— Isso se minha mãe não querer vir junto.
— É uma possibilidade. Mas já estou indo.
André segue para fora, pegando o caminho até a casa de Olívia.
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O Poder do Perdão - Pelo Espírito Amélia
SpiritualOlívia sempre carregou a dor do abandono. Quando era apenas uma criança, seu pai, Eusébio, deixou-a e sua mãe, Margarida, sem explicações. Anos de dificuldades e turbulências moldaram a vida de Olívia, que cresceu com um coração cheio de mágoa e rai...