Capítulo 48

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Assim que chegaram, uma equipe médica já foi logo ajudando Eusébio, o colocando na maca, fazendo todos os procedimentos que podiam naquele momento.

— Desculpe senhora, mas daqui você não pode ultrapassar. — Disse uma enfermeira, fechando a porta logo em seguida.

André, sem dizer nada, apenas abraçou Olívia.

A mesma pôs-se a chorar, em desespero, sem saber o que estava acontecendo com Eusébio.

— Vocês vão ficar bem?

— Vamos sim, amigo. — Respondeu André para o homem que lhes ajudara. — Com esse contratempo, não deu nem pra nos apresentar. Eu sou o André e essa é minha namorada Olívia. Muito obrigado pela ajuda, viu?

— Não precisa agradecer. Me chamo Leandro.

— Muito obrigado mesmo, Leandro.

— Eu peço desculpas, mas não sei se vou conseguir ficar...

— Não, que isso. O que você fez já foi de grande ajuda, de verdade.

— Bem, esse é o telefone da minha casa. Se precisarem de alguma ajuda, por favor, não hesitem em ligar. — André pegou o cartão que Leandro estendia.

Só pelo fato dele ter um telefone em casa, dava a entender que aquele homem devia ser muito bem de vida.

— Mais uma vez, muito obrigado!

— Que Deus os abençoe.

Leandro então parte para o hall de entrada do hospital.


Depois de cinco horas em espera, um médico, aparentando ter certa idade e uma grande sabedoria na carreira, aparece até a recepção, dizendo:

— Quem é parente de Eusébio Pacheco Filho?

— Eu. — Exclamou Olívia, levantando-se de supetão da poltrona ao ouvir o nome do pai. — Eu sou filha dele. Doutor, o que foi que aconteceu?

— Por agora, ele está estável, mas a situação dele não é nada boa. Ele vai precisar ficar em observação e fazer alguns exames, mas levando em consideração ao que lhe aconteceu, aparentemente, ele teve sintomas agudos de cirrose. Ele bebe?

— Pelo que eu saiba, não mais doutor. Mas ele bebia muito há uns bons anos atrás.

— Entendo. É uma possibilidade de descartarmos a cirrose hepática. Mas como disse, para ter certeza, precisamos fazer mais alguns exames. Ele agora está em repouso.

— Tudo bem. Muito obrigada, doutor.

— Manterei vocês informado. Se não vier, mandarei outro médico ou enfermeira para avisar a vocês o estado dele.

— Tudo bem. Agradecemos. — Foi André quem agradeceu ao médico.

— Amor, por favor, vai para casa e avisa a minha mãe sobre o que aconteceu.

— Não, eu não vou te deixar sozinha aqui.

— Está tudo bem. Ele está em repouso, como o médico disse. E alguém precisa ficar aqui para receber qualquer tipo de informação. Vai e avisa ela, tudo bem?

— Tudo bem. Mas logo, logo eu volto.

— Isso se minha mãe não querer vir junto.

— É uma possibilidade. Mas já estou indo.

André segue para fora, pegando o caminho até a casa de Olívia.

O Poder do Perdão - Pelo Espírito AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora