Capítulo 19

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O cheiro de café despertara Olívia naquela manhã de segunda. Assim que terminara de se arrumar, Olívia desce as escadas, indo em direção a cozinha. A mesa estava posta para o café da manhã, mas parecia que já havia sido remexida.

— Bom dia, mãe.

— Bom dia, querida. — Margarida responde, ao ver Olívia adentrar a cozinha.

— Dormiu bem?

— Como há muito tempo não dormia. E você, querida?

— Eu posso dizer o mesmo.

Percebendo a ausência de André, Olívia pergunta:

— Onde está André?

— Infelizmente não vai nos acompanhar essa manhã. Ele já comeu. Teve que sair mais cedo para resolver alguns assuntos.

— Entendo. Na noite passada ele tinha comentado comigo a respeito.

Ambas seguem para a mesa e começam a se servirem.

Margarida perguntara como havia sido o dia anterior com André e nos mínimos detalhes, sem deixar passar nada, Olívia conta que havia sido maravilhoso.

Vendo que a filha estava sempre esboçando um sorriso no rosto, Margarida percebe o quão ela se encontrava apaixonada.

— E foi isso.

— Espero que vocês saiam mais. Agora não tem mais desculpa. — Margarida solta um riso.

Não sabia se aquele era o momento, porém Olívia queria perguntar à mãe a respeito do livro.

— Ah... é... Então mãe, a respeito do livro que a senhora viu ontem no meu quarto...

— O que tem?

— Eu só espero que não fique nervosa por eu ter pegado.

— E por que eu ficaria, querida?

— Eu não sei. A senhora é uma católica fervorosa, então achei que...

Nesse exato momento, Margarida segura levemente a mão da filha, olhando-a fixamente nos olhos, dizendo:

— Filha, eu nunca vou lhe proibir de seguir seu caminho. Não importa qual seja. Vou lhe dar o apoio necessário. Eu nunca iria te proibir de procurar a melhor forma de expressar sua fé. Até porque, meu amor por você sempre vai continuar o mesmo.

Um nó na garganta de Olívia formou-se, porém não durou por muito tempo, pois ao olhar o relógio na parede, viu que marcava exatos 7:30. Se não corresse, chegaria atrasada ao trabalho.

— A senhora é a melhor. Eu te amo! — Olívia deposita um beijo no rosto de sua mãe, levantando-se da mesa, pegando sua bolsa e indo em direção ao ponto.

— Vá com Deus, querida! — Diz Margarida, enquanto a via sair pela porta.

Olívia por pouco não perdia o bondinho.

Havia chegado há tempo.

Não havia se atrasado tanto, porém ao adentrar o consultório, viu que alguns pacientes se encontravam na espera.

— Bom dia a todos! — Deseja aos presentes, enquanto se acomodava em sua mesa.

Todos a respondem, uns de forma educada, outros rabugento.

Com tudo pronto, ela segue para dentro da sala do dr. Carlos.

Com três toques na porta, Olívia diz:

O Poder do Perdão - Pelo Espírito AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora