Capítulo 47: Sonhos.

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Nicolay fechou a porta com cuidado, como se não quisesse fazer barulho e interrompe-los, mas da forma que eles estavam eu duvidava muito que algo parasse os dois, com o que quer que fosse acontecer naquele cômodo.

—Bem. —Ágape se sentou no chão, balançando o rabo de um lado para o ouro. —Isso foi constrangedor!

—Você já deve ter visto coisas piores na vida. —Will afirmou, fazendo Ágape olhar pra ele com uma expressão sarcástica.

—Tem razão. Já vi Nicolay nu. Nada vai superar essa visão do inferno. —Comentou, com um certo tom de lamentação.

—Você é ridículo. —Nicolay estalou a língua, enquanto Ágape revirava os olhos.

—Como isso aconteceu? —Indaguei, olhando de Ágape para Nicolay, até perceber Lou corando na outra ponta do corredor, parecendo querer sumir dali. —Er... Lou?

—Foi quando... EI! —Ágape gritou quando Nicolay o agarrou e o jogou sobre o ombro, antes de olhar para a parceira e piscar pra ela com um sorriso divertido, sumindo no corredor e levando os resmungos de Ágape com ele.

—Então tá. —Will soltou uma risada quando Lou também sumiu, como se não quisesse ser questionada sobre o assunto. Olhei para Will, soltando uma risada junto com ele. —Com sede, girassol?

—Perto de você eu estou sempre com sede. —Afirmei, mordendo meu lábio e sentindo meu coração acelerar quando Will me prensou contra a parede, segurando meu queixo e deixando meus lábios na altura dos seus. me inclinei e mordi o lábio inferior dele, o puxando e depois soltando, fazendo-o soltar um grunhido.

—Eu também estou sempre com sede, Quinn. Mas não é apenas do seu sangue... —Meu corpo incendiou quando o cheiro da excitação dele tomou conta do ar, ao mesmo tempo que o laço entre nós estremecia de desejo. Will deslizou os lábios pela minha bochecha, até chegar a minha orelha, onde ele mordiscou de leve, fazendo meu corpo se arrepiar inteiro. —Quer que eu a faça minha aqui, nesse corredor, onde alguém pode aparecer e ver?

Não consegui responder, porque minha mente estava nublada de desejo, enquanto eu absorvia o cheiro dele que me envolvia, a intensidade do laço entre nós dois, os beijos e lambidas que ele deixava na curva do meu pescoço, as mordidas de leve que provocavam minha pele e me fazia contorcer contra ele.

Will agarrou minhas coxas, erguendo a saia do vestido para poder puxar minhas pernas, passando-as ao redor do seu quadril. Arqueei a cabeça para trás, gemendo ao sentir sua rigidez entre minhas coxas. Me esfreguei contra aquilo, procurando por um tipo de alivio do prazer que crescia dentro de mim.

—Quinn! —Will grunhiu, afundando o rosto no meu pescoço e chupando minha pele febril. —Não me provoque desse jeito!

—Já imaginou o que eles estão fazendo ali dentro? —Sussurrei contra o ouvido dele, antes de mordiscar o lóbulo da sua orelha, sentindo-o ficar tenso contra mim, enquanto eu me esfregava mais ainda contra seu quadril. —Os beijos e toques de descoberta que estão trocando atrás daquela porta, os preparando para o rito.

Will pressionou o quadril contra o meu, fazendo meu corpo ofegar de prazer. Seus lábios encontraram os meus, famintos e desesperados, com beijos molhados e profundos. Sua língua se enrolou com a minha, provando meu gosto e eu o dele.

—Will... —Choraminguei, querendo mais contando com ele, tentando alcançar o botão da sua calça, acariciando-o por cima do tecido. —Você imaginou? Garrett deve estar...

As palavras morreram na minha boca, porque os dentes ele afundaram no meu ombro, de uma forma brusca e dura que enviou uma onda pela minha coluna e me fez ofegar. Ele sugou o sangue sem qualquer cuidado, me fazendo estremecer de dor e prazer, antes de se afastar e segurar meu rosto, me encarando com os olhos em chamas. Não estava sendo carinhoso. Estava sendo possessivo, porque eu sentia isso pelo laço.

—Não diga o nome de outro enquanto está se esfregando em mim! —Grunhiu, me fazendo soltar uma risada, que ele capturou com os lábios firmes. —Acha isso engraçado, girassol?

—Oh, sim, você fica uma delícia quando está morrendo de ciúmes. —Afirmes, puxando os cabelos da nuca dele, mordendo o lábio em antecipação quando ele começou a abrir o botão da calça.

—AAHHHHHHHHHH! —Olhamos para o final do corredor, vendo Ágape de pé com os pelos arrepiados e os olhos enormes e arregalados. —Eu não acredito!

—Ágape! —Will murmurou, soltando um suspiro frustrado. —Merda...

—Não diga meu nome seu... seu... seu vampiro idiota! —Exclamou, parecendo horrorizado. —Vocês são o que, coelhos? Isso é um corredor seus maníacos sexuais!

Ágape se aproximou, ofegante e nos olhando com os bigodes tortos como se estivesse fazendo uma careta, enquanto Will deixava minhas pernas no chão e ajeitava a saia do meu vestido.

—Que constrangedor! —Ágape exclamou, afundando o rosto entre as patas. —Se eu aparecesse segundos depois teria visto vocês dois acasalando no corredor! Vocês são um bando de idiotas desavergonhados! Eu vou ter sonhos com isso agora... não, melhor, pesadelos!

—Sonhos com isso? —Will fechou o botão da calça, segurando o riso, enquanto eu mordia o lábio, encarando o gato preto que se aproximava.

—Vampiros... —Ágape passou por nós, seguindo o corredor enquanto balança a cabeça negativamente, falando consigo mesmo. —Estou cercado de idiotas... tenho que garantir que Jason não fique assim. Ainda dá tempo de salvar a alma dele.

—Sabe que estamos ouvindo você, não é? —Falei, ouvindo ele bufar no final do corredor, continuando a andar, sem se virar pra nós. —Talvez você precise de uma namorada.

—Eu preciso de paz e sossego! —Exclamou, desaparecendo se virou em outro corredor. Não deu um segundo até que a cabeça peluda dele aparecesse e ele nos lançasse um olhar assassino. —Arrumem um quarto, seus indecentes!

Will caiu na gargalhada atrás de mim, me fazendo olhar pra ele e gargalhar também. Ágape xingou nós dois no final do corredor e desapareceu. Soltei um gritinho em meio a gargalhada quando Will me agarrou e me jogou sobre o ombro dele, me carregando em direção ao quarto.



Continua...

Laços de Sangue e Poder / Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora