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Kathryn Fox.

Depois da nossa festa, JJ decidiu me levar para falar com o patrão dele naquela mesma noite. Ainda eram apenas oito horas, então podia dar certo.

—Olha, fica tranquila isso é super de boa —JJ me levava para dentro do Rusty's. —Eu avisei sobre você, e não é aquele lance de entrevistas super formais igual dos filmes.

Vou concordando com a cabeça conforme tentava absorver todas as informações que JJ dizia. Eu sei que era só um emprego como garçonete, mas caramba, eu estava nervosa pra caralho.

—Ele só vai ver a questão do seu horário disponível e se você vai concordar com o salário, não é grande coisa, mas é melhor do que nada —ele prossegue. —E como você tem o funcionário do mês pra te recomendar, tem tudo pra dar certo.

—Você foi o funcionário do mês? —pergunto, um tanto surpresa.

—É claro que não —ele ri, e paramos em frente a uma porta que dizia "entrada proibida sem autorização". —Só confia em mim, Kit Kat.

Ele deu três batidinhas na porta.

—Pode entrar —a voz masculina de dentro da sala responde.

JJ abre a porta, dando um espaço para que eu entrasse primeiro e entrou logo em seguida.

—Boa noite, senhor Rusty —ele cumprimenta.

—Boa noite —também digo.

—Boa noite —Rusty estava sentado em uma cadeira atrás de uma típica mesa de escritório. Apesar de tudo, não parecia ser uma pessoa rude. —Você deve ser a garota que quer trabalhar aqui, certo?

—Sim —tento esconder o nervosismo. —Sou Kathryn Fox.

—Por ser amiga do JJ, eu deveria esperar que você vai trazer problemas? —ele questiona.

"Provavelmente".
Respondi apenas mentalmente.

—Não, não vou trazer nenhum problema.

Ele concorda com a cabeça, me observando.

—Por que você decidiu vir buscar esse emprego?

Ergo um pouco os ombros. Nem existe uma resposta pra essa pergunta idiota.

—Honestamente? —começo. —Preciso do dinheiro.

—É um bom ponto —ele deu uma leve risada e olhou para JJ. —A sua resposta quando eu te contratei também foi bem parecida.

—Ela é das minhas, senhor Rusty —JJ brinca. —Aliás, ninguém usa a caneca do "garçom por amor".

Me seguro para não rir, o que não era uma tarefa fácil. Por sorte, o senhor Rusty mudou o rumo da conversa e desviou meus pensamentos.

—Então, senhorita Fox —ele encara a agenda em sua mesa. —Nosso antigo funcionário foi dispensado há poucos dias. Precisamos de alguém para segunda, terça e quarta, de uma da tarde até às sete da noite. São doze dólares a hora, o que te dá sessenta dólares por dia. Você trabalhando três dias por semana acaba ganhando 180 por semana. É um bom salário.

Concordo com a cabeça.

—Você está disposta?

—Sim, com certeza —respondo. —Posso começar o quanto antes.

—Você pode começar na segunda. Mas vamos fazer o seguinte, essa próxima semana vai ser experimental —ele me olha e explica. —Você vai trabalhar esses três dias e vai receber pra isso, e então, nisso eu vejo se te contrato definitivamente. Mas fique tranquila, a não ser que você coloque fogo no estabelecimento, o emprego é seu.

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