Capítulo 3- Um novo comprador.

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"Acredite, amanhã será um dia melhor".

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Agnes Baumer...

Acordei exatamente as seis da manhã.

Não costumava levar muito tempo para me arrumar, normalmente eu era bem prática.

Coloquei um terninho azul bebê e um salto branco nos pés, passei uma maquiagem simples, borrifei o meu perfume favorito e sai do meu quarto, para mais um dia de trabalho.

Para o meu azar, todos da casa acordam cedo, e geralmente estão todos de mau humor, principalmente Violetta e vovó.

A única que ainda sorria por está acordada era, Malu e eu.

- Bom dia!_Sentei-me a mesa, e logo recebi um olhar reprovador da minha avó.

Revirei os olhos e soltei uma lufada de ar, vovó, vendo a minha ação, repousou os talheres sobre a mesa e me encarou séria.

- Acredito que não lhe eduquei dessa maneira, para que você tenha tamanha falta de educação sobre a mesa!

Virei o rosto para o lado e repirei bem fundo, e tentei me acalmar para não ser grossa.

- O que foi que eu fiz dessa vez, vovó?

- Pare de suspirar e revirar os olhos dessa maneira, isso não é aceitável!

Fiquei calada, e me servi um copo de suco.

Tio Roger, empurrou a cadeira e se levantou.

- Bom dia família, vejo vocês depois!

Tio Roger, ia saindo, mas eu o parei.

- Tio, pode me dar uma carona?

- Claro, vamos!

Levantei e segui tio Roger, até o carro.

Ele me deixou na frente da galeria e foi embora para a empresa.

Todos os membros da família tinha um emprego, digno da família Baumer, menos eu, é claro.

Vovó, é a presidente de uma das maiores transportadoras do país.

Tio Roger, é o CEO da transportadora, mas é o maior puxa saco da vovó, para ele, a herança vai ficar só para Angel e eu, já que a vovó, nos criou.

Tia Lírio, é uma artista igual a mim, ela vive da arte, por isso que ela se formou em cinema, vovó implica com ela também, mas não tanto quanto eu.

Malu, é a mais velha, e mesmo não conseguindo sair de casa ela trabalha pelo computador, ela compra ações e administra de longe.

Angel, é diretora executiva de uma empresa que tem uma marca de café, muito famosa, e que agora está trocando de dono.

Violetta, se tornou dona de um colégio interno de elite, muito famoso entre os ricos.

E eu...Bom, vocês já sabem.

Entrei na galeria, e como sempre fui abrindo tudo, limpei todos os quadros que estavam para exposição e fui checar o balancete das vendas.

Hoje era dia da visita do dono, e tudo tinha que está impecável para quando ele chegasse.

Das oito, as dez da manhã, eu consegui vender dez quadros, recém exposto.

Dez e trinta bateu no relógio, e o dono adentrou a galeria, com um sorriso coringa no rosto.

O que era muito estranho, baseado no ponto do homem ser um idiota grosso.

- Bom dia senhor Willians!

- Bom dia Senhorita Baumer!

O homem ajeitou o seu terno, no seu corpo rechonchudo e me encarou com os olhos brilhando.

Foi o ponto chave para eu ter certeza que ele tava aprontando algo.

- Senhorita Baumer, quero que essa galeria esteja impecável, pois vamos receber o novo dono dela em algumas horas!

"Novo dono?".

- Conosco assim, o senhor vendeu a galeria?_A surpresa no meu rosto, fez o homem ficar mais alegre.

Eu não sei se eu estava feliz por poder me livrar, desse grosseiro, ou se estava triste por talvez perder o meu emprego.

"Seria o meu enterro, vovó não iria parar de me chamar de desocupada".

- Mas por que o senhor vendeu a galeria?

- Você sabe que temos dívidas até o pescoço, as vendas caíram, e o novo do o não se importou em pagar as dívidas, em troca desta galeria!

- Mas senhor Willians, essa galeria é sua vida, não pode vender ela!

- Senhorita Baumer, olhe bem para mim, eu lá tenha idade para quebrar a cabeça com uma galeria que está na lama?

Encarei o homem de cima a baixo, e vi que ele realmente estava certo.

O velho estava acabado.

- Eu quero me aposentar, tirar umas férias, pegar umas mulheres, eu sou viúvo a dez anos, sabe quanto tempo eu não sei o que é beijar uma mulher?

"Informação demais, senhor Willians".

Calada eu estava, calada eu fiquei.

Sei que as coisas não estavam fáceis, eu estaria pensando apenas em mim, se tentasse convencê-lo de não vender a galeria.

Só me bastava procurar outro emprego, já que provavelmente o novo dono iria fechar a galeria.

Folha de Bordo 🍁

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