Capítulo 11 - Odeio esse idiota.

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Agnes Baumer...

Odeio esse idiota.

Odeio tudo relacionado a ele.

Por toda a minha vida, eu nunca fui de me simpatizar por alguém.

Mas esse cara, desperta o pior em mim...

Eram nove da noite.

Estava caindo um temporal lá fora.

Eu precisava ir para casa.

Mas a chuva estava pesada demais.

- Acho melhor você ficar por aqui!

O Moretti, surge atrás de mim, como um fantasma.

- Não posso, vovó não gosta da ideia de suas netas dormirem fora de casa!

- Se quiser, eu posso ligar para ela!

- E você vai dizer o quê? Há, oi senhora Baumer, a sua neta vai dormir aqui hoje, mas não se preocupe, eu só quero transar com ela e depois esquecer, para poder não mandar a sua outra neta para a prisão!_Digo em total deboche, e vejo Moretti, revirar os olhos.

- Por que mulheres tem que ser tão dramáticas?

- E por que vocês homens não podem viver sem a ideia de enfiar o brinquedinho de vocês na gente?

- Saberia se tivesse um!

Solto um suspiro dramático, e me encosto no sofá.

- Eu quero ir embora!

- Eu percebi, mas você não pode ir com essa chuva!

- Eu não vou dormir aqui!

- Não se preocupe, não vou fazer nada que você não queira!

Semi-cerro o olhar para o Moretti, e ele me lança um olhar inocente.

- Vou ligar para a minha prima, para avisar!

Levanto do sofá, ainda encarando o Moretti, com desconfiança, e ligo para Malu.

Eu sabia que ela era a única que iria atender a essa hora, já que as outras devem está trabalhando.

Depois de avisar Malu, Moretti, inventa de me levar para o quarto de hóspedes.

Eu estava assustada com os trovões, mas me mative firme, para não transparecer fraqueza.

Eu estava na toca do lobo, um vacilo e ele me comeria.

Ao chegar no quarto de hóspedes, Moretti, abriu o caminho e eu entrei.

- Vou pegar uma camisa minha para você dormir!

Acenti, e quando Moretti, iria fechar a porta para sair, um raio cai, e todas as luzes se apagaram.

Na hora grudei no Moretti, é dei um grito estridente, que fez ele me abraçar.

- Eu sabia que você estava com medo!

Moretti, apertou o meu corpo trêmulo com o seu, e eu o encarei com raiva.

- Se isso for algum plano sem graça, pode apostar que eu vou matar você!_Ameaço ele, e o mesmo da um riso debochado.

- Nossa, não sabia que eu podia fazer um raio cair, só para apagar as luzes e comer você no escuro!

- É isso é bem a sua cara mesmo!_Faço bico, e Moretti, cai na gargalhada.

- Você é estranha, alguém já lhe disse isso?

- Já, mas ainda não ouvi o suficiente!

Um sorriso preguiçoso se forma no canto dos lábios do Moretti, quando mais um trovão acende o céu, e os meus braços apertam ele mais forte.

- Você não vai me soltar?_Ele ergueu a sobrancelha, e me encarou com um olhar divertido.

- Me acharia uma louca se eu dissesse que não?

- Vindo de você? Não, nem um pouco!

- Ótimo!_Respondo.

Ficamos uns minutos, ali, parados, sem fazer absolutamente nada.

O clima era estranho, mas a ideia de ficar sozinha no escuro, era dispensável para mim.

Sei que odeio esse idiota, mas odeio ainda mais ficar no escuro, sempre odiei.

- Então... O que nós vamos fazer?_Moretti, pergunta, provavelmente cansado dessa situação.

- Você pode apenas ficar calado?

- Não!

- É, eu imaginei isso!

- Eu tenho uma ideia melhor!

- Qual?_Encaro os olhos do Moretti, que se iluminaram com o breu da noite, e percebi que o seu olhar beirava a alguma traquinagem...

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