Capítulo 29 - Nem todo irmão ama o outro.

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Andrea Moretti...

"Ela sentiu a minha falta!"

- O que foi que você disse?_Fitei ela com os olhos esperançosos, e a mesma desviou o olhar e tentou mudar de assunto.

- Eu... eu iria voltar, só precisava de um tempo sozinha. A prisão de Ange, mexeu muito comigo!

Agnes, se afastou de mim e evitou olhar no meu rosto.

- Um tempo? E quando você iria voltar? Depois que o bebê nascesse?

- Andrea...

- Não Agnes, você tem noção do quanto eu estava preocupado? E a sua avó, você sabe quantas noites ela passou em claro, procurando por notícias suas?_Agnes, baixou a cabeça e permaneceu assim.- E as suas primas, os seus tios, a Angel, ficou sem poder fazer nada por você, porquê ela estava presa!

Agnes, me olhou com lágrimas nos olhos, e eu pude ver a culpa presente neles.

- É minha culpa ela está lá,  eu deveria ter feito mais!

Agnes, baixou a cabeça e eu peguei os seu rosto, fazendo ela olhar para mim.

- Agnes, você fez tudo o quê podia, não é qualquer um que aceita dormir com um estranho para salvar a irmã, nem todo irmão ama o outro como você ama a Angel!

Agnes, passou o braço nos olhos, limpando as lágrimas insistentes.

- Você sabe como ela está? E o bebê, como está?

Abri um sorriso, e Agnes, ficou esperando a minha resposta.

- Ela esta bem, Mattia, pediu que ela ficasse isolada das outras detentas para proteger o bebê, ambos estão bem e com saúde, Angel, ganhou peso e eu tenho ido levar algumas coisas para ela, parece que a sua irmã está com desejos de comer amoras!

- Hahaha amoras?

- Sim, eu entrei numa fria com o Mattia, ele disse que o pai é ele e não eu, e disse para eu ficar longe do filho dele, mas eu entendo, eu faria o mesmo se fosse com você, no fundo sei que ele sente ciúmes da Angel!

Agnes, suspirou pesadamente e disse...

- Se ele a amava tanto por que fez o que fez?

- Orgulho Agnes, ele achou que ela queria se vingar por ele ter largado ela!

- E ainda acha, não é?

- Infelizmente sim!

Ficamos em silêncio, e só se ouvia o barulho da chuva patendo nas janelas da casa e no telhado.

Quando um barulho, se fez no silêncio.

Agnes, arregalou os olhos e me encarou envergonhada.

Comecei a rir e olhei para a barriga dela.

- Parece que alguém quer comer!

- É, eu ando comendo demais nos últimos meses!

- Você não sente enjoo?

- Não, isso ainda não aconteceu, só tonturas e o desmaio que me fez descobrir!

Sorri e senti a minha mão coçar para tocar na barrigada dela, mordi o lábio sem perceber e ouvi Agnes, gargalhar.

- Você pode pegar, mas não garanto que ele chute, o único movimento que você vai ver é do meu estômago roncando!

Rimos juntos, e eu coloquei a mão de baixo na blusa de Agnes, e toquei a sua barriga.

O local era tão quente quanto me lembrava, e agora ali era a casinha do nosso bebê, um pedacinho meu e dela.

- Vamos comer, temos uma longa viagem de volta para casa!

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