"Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer".
Santo Agostinho
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Agnes Baumer...
A noite chegou rapidamente.
Todos da casa estavam se arrumando para ver a peça dirigida pela tia Lírio.
Até vovó se dispôs a ir.
Eu já estava vestida com um macacão verde, os meus cabelos presos num rabo de cavalo alto, e no rosto uma maquiagem para a noite.
Eu olhava a minha imagem no espelho, quando de repente a porta do meu quarto foi aberta, e Malu, passou por ela.
- Oi, posso entrar?
Abri um sorriso, e olhei para Malu, que carregava um sorriso iluminado de sempre.
Vejo que ela estava vestida com roupas de casa.
Balancei a cabeça em negação e virei novamente para o espelho e fiz os últimos retoques na minha aparência.
- Você tem que sair de dentro dessa casa, é muito jovem para ficar presa!
Vi pelo reflexo do espelho, que Malu, juntou os pés, e baixou a cabeça, com um semblante triste no rosto.
Sei o quanto o incentivo das pessoas machucam ela.
Malu, tem um trauma de infância, ela não consegue sair de casa por conta disso.
As vezes entendo o porquê do tio Roger, fazer de tudo para que ela não fique sofrendo.
Me aproximei de Malu, e levantei o seu rosto, fazendo ela olhar nos meus olhos.
- Você vai ficar bem sozinha?
Ela abriu um sorriso, e me abraçou.
- Não se preocupe, vou ficar com os empregados, e a Cássia, vai ficar comigo!
Cássia, era a babá de Malu, mesmo que ela tenha crescido, Malu, nunca quis se separar dela, e Cássia, também não tem ninguém.
- Então eu já vou, tenho que chegar cedo, já que vou abrir a peça!
Dei um beijo na bochecha de Malu, e saímos juntas até o jardim.
Eu iria chamar um taxi, mas o carro de vovó, estava estacionado na frente da casa.
- Entre!
Vovó baixou o vidro, e me encarou séria.
Dei um suspiro cansado, abri a porta do carro e entrei.
Dentro do carro, estava Vovó, tia Lírio, Vivi e Ange.
Todas bem arrumadas e com um sorriso no rosto.
Apenas Vovó que estava carrancuda.
Fui o caminho todo conversando com Ange e Vivi, enquanto titia e vovó, iam caladas, apenas escutando a nossa conversa.
Quando chegamos no teatro, eu fui direto para o camarim, para encontar as crianças.
Estavam todas lindas, e prontas para arrasar no musi cal.
Escutei tia Lírio, falando ao microfone e anunciando a minha entrada.
Me posicionei na frente do piano por trás das cortinas e respirei bem fundo.
Fechei os olhos, e escutei os aplausos da plateia.
Os meus dedos passearam pelo piano, e cada nota que soava me deixava nas nuvens.
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Minha História(Folhas de Bordo V1)
RomansaFolhas de Bordo 1° Vou contar uma história. Uma história que não envolve, dragões, vampiros, fadas, ou qualquer outro tipo de seres místicos. Mas sim, uma história real. Agnes Baumer, é uma mulher de 24 anos, linda como uma obra de arte. Porém a bel...