Capítulo 31 - Me conquiste.

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Agnes Baumer...

Andrea, me encarava com seriedade.

Eu sei que essa conversa vai ser difícil, mas temos que tê-la pelo bem do bebê.

- Eu não quero me casar!_Digo de supetão, e vejo Andrea, cruzar as pernas e fixar o olhar em mim.

- Por que não?

- Andrea, olha..._Suspiro.- As coisas aconteceram rápido demais, eu ainda nem absorvi que estou grávida, é você já quer engatar em um casamento, isso é demais para mim, fora que nem nos conhecemos o suficiente para casar!

- E você quer que eu faça o que, Agnes? Você está grávida!_Ele conta nos dedos.- Daqui a sete meses o bebê nasce, e eu não quero ficar longe de vocês!

- Entendo o seu ponto, mas já que você quer ficar perto de mim e do bebê, faça apenas o óbvio!

- E qual é o óbvio?

- Me conquiste!

- Conquistar você?_Ele pergunta como se não fizesse sentido na cabeça dele.

- É, seja normal ao menos uma vez na sua vida, você vai ver como as coisas vão melhorar!

- Então você quer que eu te conquiste?

- É!_Dou de ombros e ele assente.

- Tudo bem!_Ele concorda e me olha sério. - Mas se prepare, no menor sinal ou olhar apaixonado que você me der, eu arrasto você para o cartório e nós dois vamos nos casar!

- Fechado!_Demos as mãos e firmamos um acordo.

O que não é muito normal, já que começamos com a merda de um acordo.

Mas como tudo entre a gente não é normal, ficou por isso mesmo.

Dois meses depois...

- AGNES, PARA DE CORRER ATRÁS DESSE PULGUENTO!

Até Hui, se assustou com os gritos de Andrea.

Dois meses se passaram, e ele não mudou nada.

Nosso acordo foi por água a baixo na primeira semana que resolvi dar aulas no colégio da Vivi.

Ele veio com um discurso enorme, dizendo que era o cúmulo uma mulher grávida trabalhar.

Mas claro, eu fiz questão de ignorar.

Agora eu estou dando aulas de artes na turma do Lorenzo, para cima.

Meus alunos me adoram, e eu gosto bastante de dar aulas.

- Tia, é impressão minha ou o tio Andrea, tá ficando louco?_ Lorenzo, encara o tio que estava olhando para nós com fogo nos olhos.

- Acho que é os efeitos da paternidade na velhice!_Digo e Lorenzo, gargalha.

- Ele vai surta quando ouvir você chamando ele de velho!

- Tiis, vai nada, seu tio é só capa!

Hui, balança o rabo, pedindo para eu jogar a bolinha vermelha que estava na minha mão e eu faço sinal que não.

- Enzo, leve ele para dentro, e capaz do seu tio levar ele para um canil, se ver nós dois brincando com ele!

- Tudo bem, mas promete que você vai ficar para uma noite de filme, por favor!_Lorenzo, faz cara de cachorro sem dono e eu me dou por vencida.

- Tudo bem, eu fico!

- Eeeewhhhh!

Lorenzo, pega na guia de Hui, e sai correndo com o cachorro.

Olho para Andrea, que está na varanda e ele faz sinal com o dedo para eu subir.

Respiro fundo, e vou até o escritório, ver o que o tirano quer com a minha pessoa...

Entro no escritório sem bater, e ele me lança um olhar reprovador.

- o que nós conversamos sobre está correndo?

- Qual é, você parece o meu pai ao invés do meu namorado!

Andrea, balança a cabeça e passa os braços envolta da minha cintura.

- Posso não ser o seu pai, mas sou o pai dessa coisinha que está aqui dentro!_Ele olha para minha barriga e eu o acompanho com u.m sorriso no rosto.

- Tenho até pena do bebê quando ele estiver aprendendo a andar!_Digo e ele rir, me dando um beijo demorado.

Sim, eu dei uma chance na segunda semana do acordo.

Não aguentei olhar para ele, sem agarrá-lo.

Mas assim como ele quebrou o acordo eu também quebrei.

Não vou me casar, ao menos não agora.

Sinto o bebê chutar e eu dou um pulo com o susto que tomei.

- o que foi?

- Pega aqui!_Levo a mão dele a minha barriga, e o sorriso de Andrea, se alarga.

- Tá chutando!

- Parece que tá com ciúmes de você!_Digo com um sorriso sacana no rosto e Andrea, se faz de convencido.

- Será que é menino? A sua barriga tá muito pequena para quatro meses!

- Vovó disse que é genética, você viu como a Ange, tá? E olha que ela tem mais tempo que eu!

- Verdade, falar em Angel, o Mattia, me ligou e disse que amanhã vão descobrir o sexo do bebê!

- Aaa que legal, eu queria tanto ir, pena que só pode ir o pai!

- Mattia, prometeu que iria contar para você, ele sabe que você não tem culpa de nada!

- Nem a Angel, tem, mas isso é outra história..._Andrea, me abraçou e nós ficamos abraçados.- Você tem que me levar em casa, tenho que pegar algumas roupas!

- Huum que milagre é esse, você passar o final de semana aqui é novidade!

- Esse milagre se chama Lorenzo, porquê se, se chamar Andrea, eu não saio mais daqui!

- Por que você tem tanto medo de morar aqui?

- Não é medo, mas eu sinto que no dia que eu morar aqui, será um grande passo!

- Tem razão, e você vai ter que aturar esse velho ranzinza para o resto da vida!

Sorri, e passei os braços envolta do pescoço dele e o beijei.

Andrea, me apertou nos braços dele, e eu senti que as coisas estavam esquentando.

Aprofundei o beijo, e Andrea, deslizou as mãos pela minha cintura, espalmando nas minhas nádegas.

- Eu queria jogar você na minha cama, mas está ficando tarde, pode ser perigoso!

Bufei, e me afastei de Andrea.

Enquanto essa criança não nascer, ele não vai parar de ser chato.

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