Folhas de Bordo 1°
Vou contar uma história.
Uma história que não envolve, dragões, vampiros, fadas, ou qualquer outro tipo de seres místicos.
Mas sim, uma história real.
Agnes Baumer, é uma mulher de 24 anos, linda como uma obra de arte.
Porém a bel...
Há várias coisa que as pessoas devem saber sobre mim.
Mas as quatros principais são...
Eu sou um homem rico e muito poderoso.
Eu sou ganancioso, consigo tudo o quê eu quero.
E a quarta coisa é, que eu sou... Andrea Moretti.
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Sou descendente de Italiano e canadense.
Tenho 33 anos, e acabei de me mudar para Ottawa, com os meus dois sobrinhos.
Lorenzo Rossi, de 10 anos...
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E Mattia Conti, de 30 anos.
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As mães deles são minhas irmãs.
E ambas morreram no mesmo acidente de carro.
O único que tem pai vivo é Mattia, mas o mesmo está numa clínica de reabilitação.
Ele se tornou alcolatra depois que a minha irmã morreu, e hoje quem cuida de tudo que pertencia a ele é, Mattia.
Já Lorenzo, o pai morreu em numa troca de tiros com bandidos, ele era delegado, e hoje como ele não tem nenhum responsável, quem cria ele sou eu.
Me dou muito bem com Lorenzo, afinal eu sou como um pai para ele.
Mattia, é rebelde, não entra na cabeça dele que eu sou seu tio.
Mas ainda assim com toda a rebeldia, ele é um Moretti.
Havíamos acabado de nos mudar, achei que uma mudança faria bem para Lorenzo, até mesmo para ele esquecer um pouco a morte dos pais.
E assim que chegamos, recebemos um convite de uma família muito importante, que era amiga da minha família a muito tempo.
Família Baumer...
Quando pequeno, conheci a matriarca da família.
Uma senhora muito doce, porém muito culta.
Cassandra Baumer, era amiga da minha avó, que morreu a muitos anos, também conheci os filhos dela.
O mais velho Rodrigo, o do meio Roger, e a única mulher Lírio.
Quando os meus pais resolveram se mudar para a Itália, acabamos perdendo o contato, e eu nunca mais os vi.
Resolvi aceita o convite pela amizade que a família tinha, e achei que Lorenzo, iria gostar.
Mattia, não quis ir, então foi apenas Lorenzo e eu.
Havia muita gente, creio que seria uma grande apresentação.
Eu tinha acentos reservados no meio do público, e dava de frente para o palco.
Fiquei sabendo que era um musical.
Confesso que não esperava muito dessa peça, não gosto muito dessas coisas, mas Lorenzo, gostando, por mim tudo bem.
As cortinas se abriram, e uma mulher ruiva apareceu sentada ao piano.
Eu não conseguia tirar os meus olhos dela.
Ela era tão linda, como se tivesse um feitiço envolta dela, que não me deixava olhar mais nada que não fosse ela.
Ela tocou o piano suavemente e a sua voz saiu lindamente hipnotizando quem a assistia.
Durante toda a sua apresentação, eu fiquei com os olhos grudados nela.
Será possível se sentir tão atraído por uma mulher dessa maneira?
Quando a sua apresentação terminou, eu não pude mais vê-la, procurei ela por todos os lugares, até que eu vi ela, com a pessoa que eu menos esperava.
Cassandra Baumer.
Escutei ela a chamando de vovó, é eu tive a minha base para encontrá-la.
E assim que voltei para casa, dei as ordens para o meu mordomo, procurar tudo sobre os Baumers.
Ele ficou confuso, mas foi procurar, e na manhã seguinte ele me veio com todos os históricos e membros da família Baumer.
E advinha, ela estava no meio.
Agnes Baumer, o meu olhar imediatamente caiu sobre a foto dela.
Ela é tão linda, imaginei a olhando de perto.
O meu mordomo, ficou aborrecido por eu ter pegado sua foto, e imagino qual seja o problema.
Ela tem TDAH.
"A minha família tem um tradição estúpida de que os membros não podem se casar com pessoas com uma deficiente genética, para não trazerem herdeiros com defeito".
Tradição suja, digo por mim.
Mas Vitorio, vem de uma linhagem longa de mordomos, certamente pensa o mesmo.
Fiquei a noite toda imaginando em como seria olhá-la, jamais iria imaginar que iria ter uma obsessão dessas.
Mas eu tinha que fazer algo para me aproximar.
Então li todo o dossiê dela, e vi que ela trabalhava numa galeria que estava falindo, na hora peguei o celular e fechei negócio com o dono.
Eu não podia mais esperar, eu tinha que fazê-la ser minha, por bem ou por mal.
E agora vendo ela na minha frente, eu posso dizer que a quero mais do que tudo.
