Treze

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         Passar um tempo sozinha em uma mesa de um restaurante esperando por uma pessoa é uma chatice. Parece que as horas não passam.

       Johnny percebeu minhas olhadinhas para a mesa dele e acho que a advogada também.

       Eu já estava desimpaciente, quando finalmente vi eles se levantarem. Os dois vinheram em minha direção. Johnny trouxe Camille para me cumprimentar .
      
         - Camille, você já conhece a Thaís não é? - ele fala apontando sua mão para mim e eu me levantando.
         - Ah, sim ! É aquela menina que hospedou você não é John? - antes que ele responda eu tomo a frente.
         - Sim sou eu, como vai? - digo estendendo a mão à ela sem expressar sorriso.
         - Vou bem, obrigada. Bom eu vou indo, não quero atrapalhar vocês.
         - Oh, você não nos atrapalha. Não deseja se juntar a nós? - Johnny pergunta a sua maravilhosa advogada.  Sério Johnny?
         - Bom.... - ela me olha. - ... não, melhor não, deixemos pra uma próxima. - senso né querida.
         - Tem certeza? Thaís não se importaria. Não é Thaís? - ele me olha com a droga de sorriso lindo dele.
        - Seria um prazer! - digo com meu pior sorriso. Ela tem que recusar, é um jantar meu e de Johnny, ele me deve isso.
         - Eu vou ter que recusar, mas na próxima eu aceito.- maravilha.

       
        Camille foi embora e Johnny e eu jantamos. Não foi exatamente como eu queria. Fiquei chateada com Johnny convidando a advogada pra ficar com a gente.

       Voltamos pra casa. Depp veio o caminho todo perguntando se eu estava bem e eu falando que sim.

       Em casa eu subi pro meu quarto e não sai mais.

        No dia seguinte estava convencida de que iria deixar qualquer sentimento de amor por Johnny de lado. Não só por ontem.  Mas por ele também sempre falar que não quer um relacionamento com ninguém. A nossa amizade colorida nem parece que existe.

      Eu tô triste com isso, mas será melhor. Vou tentar manter só a amizade mesmo.

       Hoje eu tentei evitar Johnny, mas nós estamos sozinhos em casa então, um sempre quer a companhia do outro.

       Estamos nos tratando como os amigos de antes. Sem beijinhos a qualquer hora. Só amizade.

       A tarde Johnny saiu pra fazer alguma coisa na rua, eu não perguntei o que era. Decidi que não vou ficar só em casa. Me arrumei e saí pra lanchar. Fui no meu lugar favorito. Doug!

       É do lado da minha casa, mas eu queria estar bonita, por isso me arrumei.

      Sentei em uma mesa. Doug já sabia o que eu queria. Enquanto ele preparava eu esperava mexendo no meu celular.

       De repente alguém parou de pé na minha frente.

        - Thais? - eu levantei a cabeça e quase não acredito no que vi.
        - Dhionas? - fiquei pasma. Era um crush da época da escola. Eu sempre gostei dele, não sei ao certo se ele também gostava. A gente trocava muitos olhares mas nem um dos dois tinha atitude, então nunca rolou nada, até que fomos para escolas diferentes e nunca mais nos vimos.
        - A quanto tempo não nos vemos? Você não vai me dar um abraço? - ele abre os braços. Eu levanto e assim fazemos.
       - Posso me sentar com você?
       - Claro que pode. Fiquei a vontade. - Dhionas e eu conversamos bastante.

         Ele pediu um lanche, e os nossos chegaram juntos.

         Nós falamos da época da escola. Eu estava pedindo aos deuses que ele não falasse " da gente "
         - Então é aqueles olhares? - ele pergunta.
         - Que olhares?
         - De boba você não tem nada Thaís. - eu apenas o olho e sorrio.
         - O que tem os olhares?
         - Será que eles ainda existem? - Dhionas está reacendendo uma velha chama em mim? Mas e Johnny?
          - Eu não sei Dhionas, faz muito tempo não é?
          - É, mas agora acho que pelo menos um de nós terá a iniciativa. - eu fico sem palavras.

          Antes que eu possa respondê-lo, Johnny surge próximo a nós.
           - Sabia que te encontraria aqui!  - ele me sorri e logo olha pra Dhionas.
           - E quem é seu amigo? - meu Deus, estou de ante de dois homens lindos e gostosos ,o quê que eu faço?

         - Ah, oi Johnny, você saiu e não me disse onde ia, então eu vim aqui lanchar e esse é o Dhionas. Um amigo de muito tempo.
         - E Dhionas, esse aqui é o Johnny meu...
         - Seu pai? -
         - Não, meu amigo.
         - Menos mal. - Dhionas fala baixo e nem Johnny nem eu ouvimos.

        Percebi que Depp não gostou do meu outro amigo ter achado que ele era meu pai.

         - Bom Thaís eu vou te esperar em casa. - Johnny sai sem dar tchau.
    
           Dhionas puxa assunto e logo voltamos a conversar. Ele diz que está em um hotel aqui perto e que vai ficar por aqui.

            Perdemos a noção do tempo, quando lembrei que eu tinha casa.
       
            - Dhionas eu preciso ir. - olho o relógio de pulso.  - Johnny deve estar me esperando ainda.
             - E o que vocês vão fazer?
            - Ah, nada . Não temos nada marcado.
            - Então pra que a pressa?  Ele é mais importante do que eu?

             Fico sem resposta

            - É sério eu tenho mesmo que ir, a gente se vê.
            - Tá bom então. - Dhionas me entrega um cartão. - me manda uma mensagem depois.
             - Ok. - olho o contato dele. - até mais.

            Em casa, Johnny está sentado no sofá parecendo pensar em algo.

          - Desculpe a demora Johnny! Eu fiquei conver...
          - Você não deve desculpas a mim. - eu me respondeu grosso.
         - Tá tudo bem com você?
         - Tá tudo ótimo. Eu vou pro meu quarto tomar um banho.

            Johnny se levanta e sai me deixando sozinha

        Fico pensando porque ele está assim e logo vou atrás dele
        
         
    

    

      

      

 Uma Em Um Milhão 😧Onde histórias criam vida. Descubra agora