Dezessete

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        Ao acordar, senti o braço direito de Johnny em volta da minha cintura. Estávamos de conchinha. Tentei virar de frente para ele com muita cautela para que não o acordasse. Mas quando finalmente virei, ele me olhava com um sorriso mais que lindo no rosto.

         - Eu acordei você?  Me desculpe Johnny!
         - Não se preocupe, já estava acordado.

           Ficamos nos olhando feito bolos apaixonados e Johnny me deu um selinho rápido.
   
           - Você pode ficar deitada aí, eu vou descer e preparar algo. - ele disse se levantando e indo  direção ao banheiro fazer primeiramente sua higiene pessoal.
           - Eu vou ajudar você, mas antes vou no meu quarto, lá estão minhas coisas.
           - Tá ok então.

         Fui até o meu banheiro e me arrumei pra começar o dia. Quando terminei, fui até a cozinha e Johnny já estava lá com tudo pronto.

         - Poderia jurar que fui rápida lá em cima. - disse me sentando em uma das cadeiras do balcão.
         - Não, você não foi. - ele  respondeu me entregando uma xícara e sorrindo ladino.
        - Desculpe, ei ia ajudar você, da próxima serei rápida, prometo.
        - Mulheres! - Johnny me fez sorrir.
 
        Tomamos o café.

       - Tudo bem se você ficar a manhã sozinha?
       - Claro, não tem problema! - Fiquei com vergonha de perguntar onde ele iria, mas nem foi preso.
        - Tenho mas uma reunião hoje com meus advogados. Vou saber o dia do último julgamento.
         - Ah, sim. Pode ir, eu vou ficar bem?
         - Tem certeza?
         - Sim.
         - Ok então, vou me trocar!  - e mais um beijo foi dado em minha boca.

          Johnny já havia saído e eu me encontrava sozinha.  Decidi ir até o Doug.

         - Olha só quem apareceu depois do show de ontem!  - ele veio em minha direção me abraçando.
         - Ah, para Doug! - fiquei tímida.
         - Eu queria mesmo falar com você, que bom que veio aqui.
         - Então pode falar.
         - Quando você foi embora ontem, as pessoas começaram a te procurar...
         - Me procurar? Mas o que eu fiz? - o interrompi.
         - O que você fez? Você simplesmente foi acusada de ter a voz mais linda e encantadora que pisou no palco na noite de ontem.
          -  Ah meu pai, só me faltava essa. É sério isso?
          - É, é serissimo. Tão sério que eu tenho uma proposta ra você. - Doug solta uma risadinha feliz e continua. - Que tal se você vir cantar aqui profissionalmente?
          - Cê tá falando sério?
          - Claro que eu tô menina. Não precisa ser todos os dias, pelo menos não ainda. Pode ser dois dia na semana, só pra começar sabe?
          - Mas não é um karaokê?
          - É sim. Olha, minha ideia é a seguinte: As pessoas chegam , cantam e isso vai ter um horário, vai ser das 6 às 8 horas.  Depois disso você canta até às 11 horas.
          - Doug você pensou nisso tudo de ontem pra hoje?
          - Foi , iai? Você topa?
          - Você aceitaria um não?
          - Não!
          - Então tá!
          - Ótimo, os dias serão Quinta e sexta, pode ser?
          - Claro!

      Fechei o acordo com Doug, teve contrato e tudo.

       Depois de assinar o papel, voltei pra casa. Já era quase hora do almoço.

       Pedi comida japonesa pra mim e Johnny.

         - Cheguei! - ouvi a voz aguda dele.
          - Oi! - fui até Johnny e tomei a liberdade de beijá-lo. Temi que wle se afastasse, mas isso não aconteceu. Tô me acostumado ainda com esse negócio de não saber o que tá acontecendo.
           - Tudo bem?  Como foi seu dia?
           - Ah , foi legal, tenho uma novidade! - falei segurando na mão de Johnny o levando pro sofá.
           - Gostaria muito de saber.
           - Bom, eu bom trabalhar no Doug.
           - Garçonete?
           - Não, vou cantar as quintas e sextas-feiras.
           - Nossa meu amor, isso é ótimo. - ele me beijou e continuo. - vou te ver cantar sempre.

       Meu amor?  Eu tô passada, dobrada e guardada. 

       - Thaís? - ele acenou em frente ao meu rosto com a mão.  - Tá tudo bem com você?  Amor? - ele está os dedos na minha frente e eu volto do meu mindinho criado por mim chamado Thaís e Johnny.
        - Oi, sim eu tô bem!  - sorri a ele.
        - Ah, que bom.  Eu vou tomar um banho tá bom?
        - Tá, eu pedi comida japonesa, você gosta?
        - Anrram.
        - Então, banha rápido porque já deve está chegando.
        - Ok!

      Ele subiu e gente, Johnny Depp me chamou de meu amor,  será que a gente tá casado e eu não sei? Meu senhor, os humilhados estão sendo exaltados.

       A comida chegou e Johnny já estava descendo as escadas.

       - Quem vai comer isso aí? - ele perguntou com uma sobrancelha levantada

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       - Quem vai comer isso aí? - ele perguntou com uma sobrancelha levantada.
        - A gente ué!
        - Ah , achei que você fosse alimentar uma ONG. - ele disse brincando me fazendo rir.
        
         Estávamos quase acabando.

        - Isso aqui tá muito bom!  - falei com a boca ainda cheia.
        - verdade! - Johnny concordou comigo.
        - Mas se estivesse assado um pouquinho mais estaria melhor ainda.
         - Quê? - ele olha pra minha cara com uma expressão engraçada e continua. - colo assim mais assado?
         - Ah , você sabe. Mais douradinho.
         - Thaís você quer um churrasquinho de sushi é isso?  - ele continua com a cara engraçada e eu caio na gargalhada. - Os brasileiros fazem isso ?
         - Não todos Johnny. Você já ouviu falar no nordeste brasileiro?
         - Vagamente.
         - É, pois é, eu sou de lá. A gente melhora tudo. Música, comida, tudo. Não que as outras coisas sejam ruim. É que já é bom, mas com nosso jeitinho nordestino a gente melhora.
           - Agora eu entendi.  Isso explica você comer comida japonesa de garfo também? - ele tira uma com minha cara e nós rimos.
           - Digamos que sim.
           - Então quer dizer que eu tenho uma nordestina só pra mim?- Johnny foi chegando mais perto.
           - Sim, boca tem.

        Ele pôs a mão na minha nuca me puxando pra mais perto até que nos beijamos.  Um beijo profundo. Nossas línguas dançavam em perfeita sincronia.  Nos afastamos apenas quando nos faltou ar. Ainda com os rostos próximos, Johnny me deu alguns selinhos com sorrisos.

       Nos aceitamos no sofá e voltou a comer e conversar.

      - Foi decidido o dia do julgamento,  será daqui a dois dias. 
      - Tipo? Depois de amanhã?
      - Sim! Tô um pouco nervoso.
      - Fica calmo meu bem. Vai dar tudo certo.  Vou ligar pra minhas tias e saber se elas vêm.
      - Tá bom.

        Acabamos de comer e Johnny me ajudou a limpar tudo.

         O último julgamento será no mesmo dia do meu aniversário. Não disse nada ao Johnny,  vou contar só quando ele for inocentado. Aí teremos dois motivos pra comemorar.
     
  
        

      
   
       

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