Quatorze

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         Pov:  Johnny

      Não sei o que deu em mim quando vi Thaís com o amiguinho dela.

     Fiquei muito chateado ao vê-lo todo cheio de gracinha pra cima dela e ainda por cima me ofendeu falando que eu era pão de Thaís.

      Minha real vontade era ter pegado ela e ter trazido pra casa comigo.
 
       Do quê que eu tô falando?  Eu não tenho esse direito.  Somos apenas amigos.  Confesso que o que eu senti foi ciúmes dos dois, mas não posso fazer nada, afinal foi eu quem disse à Thaís que não queria me relacionar. Ela tem liberdade de sair com quem quiser, até com aquele cara que é muito mais jovem do que eu.

          Pov: Thaís

       Bati na porta do quarto de Johnny, mas não obtive resposta.
 
       Pus a mão na maçaneta da porta e ela não estava trancada. Entrei mas Johnny não estava lá, está no banheiro talvez.

     Eu preciso conversar com ele e entender porque foi grosso comigo na sala. Nós nunca tivemos desavenças e quero resolver isso.

       Sento na cama e ouço o barulho do chuveiro. Enquanto espero ele sair do banho, observo seu quarto. É tudo bem a cara dele. Tem alguns quadros, coisas dele por todo canto. A cama tem o cheiro dele. É o melhor que já senti.  ( sim, eu nunca entrei no quarto que Johnny se apossou depois dele ter vindo morar aqui. Achei que fosse invasão de privacidade apesar de sermos amigos e ele também nunca entrou no meu)  a minha vontade era deitar e ficar lá abraçada ao seu travesseiro e sentindo seu perfume nos lençóis.

         O chuveiro foi desligado e logo me deparo com uma imagem perfeita. Johnny surge na porta do banheiro enrolado com sua toalha da cintura pra baixo. Eu o observei bem, muito bem. Seu cabelo molhado, gotículas de água escorrendo pelo seu peitoral e braços. Poderia ficar admirando por horas, mas do jeito que eu sou ,iria querer tocar também.

      - O... o quê faz aqui? - disse ele dando quase um pulinho pra trás por causa do susto.
      - Me desculpe! - voltei à realidade - eu não queria incomodar. Só queria conversar e saber porque você está chateado.
      - Eu não estou chateado.  - Johnny veio até mim sentando-se ao meu lado e eu quase tive um treco.
       - Então porque você foi grosso comigo agora pouco?
       - Me desculpe Thaís, e... eu... não sei o que dizer.
       - Como não Johnny?
       - Vamos deixar isso pra lá e esquecer. Tá bom? Prometo que não vai mais acontecer.
       - Mas Johnny....
       - Por favor Thaís. - ele olhou no fundo dos meus olhos implorando ra que eu esquecesse isso.
        - Tá, tá bom, tudo bem. - levanto as mãos em rendimento.
        - Vou sair pra que possa se trocar. - digo levantando da cama.
        - É só virar. - Johnny diz levantando as duas sobrancelhas .
        - O quê?
        -  Você vira, fica de costas, eu me troco e descemos juntos.
        - Bom, então tá.

        Me viro enquanto Johnny veste suas roupas.  A vontade de dar uma espiadinha é gigantesca. Será que devo?

        Johnny está do outro lado da cama. Eu dou uma viraria de leve sabe? Na velocidade da luz, mas deu pra  ver um pouquinho.  Ele estava de costas pegando uma calça. Usava uma cueca Box branca. 

      Gente do céu, que bumbum em!

        Nós descemos e  fomos na cozinha fazer alguma coisa pra gente.  Johnny me deixou a quilômetros de distância da cozinha.

     Segundo ele eu sou um perigo ambulante.

     

       

    

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