Vinte e um

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           Johnny está livre de acusações. Claro que ainda aparecem um, dois ou três fãs da vaca da Heard.

          Um ano se passou e nós continuamos firme e fortes em nossa relação. Nós não sabemos como nomeá-la, mas isso não importa pra gente.

         Meu companheiro voltou a fazer trabalhos, atua, pinta quadros incríveis e ainda toca na Hollywood Vampires. Ainda bem que ele sabe muito bem dividir seu tempo.

         Eu estou concluindo minha faculdade este ano. Futuramente serei uma arquiteta.

       Bom, agora eu estou em casa apenas com minhas tias, Johnny está na França fazendo shows com a banda.  Ele voltará logo por que amanhã será a exposição de quadros dele.

        Meu celular toca e rapidamente o procuro pelo sofá, o som vem daqui, mas já tirei as almofadas e não consigo encontrá-lo. A chamada para, mas logo volta e eu sigo procurando. Olho embaixo do móvel e aí está ele. Minha boca se abre em um sorriso ao ver o nome de Johnny na tela.

           Ligação on:

       -  Oi amor!

       " Olá minha linda! "

       - Desculpa a demora, eu tava procurando o celular.

       " Ah sim, eu ia perguntar mesmo. Bom eu liguei pra saber como você tá e falar chegarei na madrugada "

      - Tá bom, eu vou re esperar acordada. E eu tô bem, só morrendo de saudades de você.

      " Eu também tô com saudades de você. E não precisa me esperar acordada, eu tenho uma chave da casa. Quero que você descanse para estar ao meu lado amanhã na exposição"

         - Mas eu quero muito te abraçar quando você chegar.

         " Meu amor, você vai me abraçar, mas de manhã. E não discuta comigo sua teimosa "

         - Tá bom senhor mandão!

         " Eu amo você, até amanhã princesa "

        - Até!  Eu também te amo muito.

            Ligação off.

         Eu sempre fico toda boba quando falo com Johnny por ligaçao.

        - Oi tia! Tudo bem por aí? Quer ajuda?_ falo chegando na cozinha avistando tia Malu preparando o almoço.
        - Oi querida! Tá tudo sob controle aqui viu. E cá entre nós, você não é a melhor pessoa pra ajudar alguém na cozinha. _ ela fala sorrindo e eu gargalho.
         - Nossa tia! Eu só queria ajudar._ rimos.
         - Eu tô precisando fazer um pagamento de um boleto, mas não consigo pelo celular.
          - Deixa que eu vou na rua e pago pra você!
           - Não precisa Thaís, eu vou mais tarde.
           - Ah tia, vai deixa eu ir. Quero sair de casa.

        Tia Malu então me deixou ir. Antes que eu pudesse sair, vi Yaya e Simone descendo as escadas.

        - Aonde você está indo?
        - Vou resolver um negocio lá na rua, porque sisi?
        - Nada não!
        - Eu senti uma sensação ruim agora pouco. E tive pesadelos durante a noite passada. _ tia Soraya falou de uma vez.
        - Não deve ser nada tia, são só sonhos.  Bom tô indo, amo vocês.

        Peguei a chave do carro da tia Malu que estava na mesinha de centro e  em direção a porta e Soraya me acompanhou até lá.

        - Vai com cuidado. _ foi o que ela me disse e eu assenti.

        Fui até a garagem, dei partida no carro engatando a ré e saí.

       Tive que enfrentar uma fila um tanto grande, mas ela andou rápido. Fiz o pagamento e saí do local.

          Tinha estacionado o carro do outro lado da rua.

          Antes de atravessar me certifiquei que não vinham carros olhando para os dois lados e atravessei.

          No meio da rua, por um deslize meu, deixei a chave cair e me abaixei para pegá-la e logo levantei. Me assustei ao ouvir uma buzina muito alta em minha direção. O motorista, por sorte freiou, quase em cima de mim.

           Eu  estava trêmula, pedi desculpas ao motorista por estar no meio da rua e ele também se desculpou.

           Corri para o carro e só quando já estava dentro, consegui me acalmar.

           Mais uma vez dei partida no carro parando então numa lanchonete.  O susto me deixou com fome.

         Escolhi uma mesa qualquer. Ate então eu achava que era uma anônima.  Mas me enganei profundamente. Eu  era conhecida como o casinho de Johnny Depp e nem sabia.

           Fiz meu pedido enquanto espero, olho o celular pra ver se não tem nem uma mensagem de Johnnye realmente não tinha então o desliguei e coloquei de volta na bolsa.

         - Thaís? _ ouvi meu nome ser chamado e procurei que tinha dito.
         - Meu Deus é você mesmo!
         - Lincoln?  Deus do céu, não acreditando.

           Era um amigo do Brasil que a muito não via. Nós nos conhecemos através de uma amiga em comum e desde então nos tornamos amigos.  Na época éramos melhores amigos.

         - Sim? Você não vai me convidar pra sentar não? _ ele disse em tom de brincadeira.
         - Claro, mas antese da um abraço criatura.

       Nos abraçamos e logo depois sentamos.

        - Tu tá morando aqui?
        - Tô.
        - Sozinha?
        - Não.  Com minhas tias e...
        - Já sei, já sei, um namorado.
        - Oxi e como tu adivinhou Lincoln?
        - Sei lá, chutei, mas iai? Tá feliz com ele? Qual o nome?  Me apresenta.
         - Calma, eu vou te contar. Mas e tu?
        - Ah ,eu vim a passeio. Tô hospedado num hotel daqui de perto. 
         - E veio sozinho?
         - Eu foi. Faz alguns dias já.

        Lincoln me falou todo o que aconteceu com ele nesses últimos anos. Ela tá de paquera com uma menina do prédio dele. Não tem jeito não, mal chegou e já tá cheio de contatos.

         - Sim ,me fala do teu boy. _ ele voltou a perguntar sobre Johnny.

          - Tá, o nome dele é Johnny. Nós conhecemos ano passado.  Nós ficamos amigos, ele foi morar comigo e minhas tias e PÁH.   Nos apaixonamos e decidimos ficar juntos.

         - Que história em Thaís. E deixa eu adivinhar, ele tem a sua idade e vocês se dão muito bem e são um casal mega feliz. _ Lincoln brincou.

         - Sim, nós nos damos bem e somos felizes. Mas ele não tem a mesma idade. É só um pouquinho mais velho que eu. _ fiz uma pinça com os dedos e ele riu.
         - Thaís!
         - Ah Lincoln, não nos importamos com isso.
         - Então tá bom. Tô feliz por você.

         Agradeci meu amigo.  Nós lanchamos e continuamos conversando.

          - Tem um bichinho no seu cabelo, deixando eu tirar. _ ele levou sua mão até meu cabelo e tirou.  Era uma joaninha.
          - Ahh, é bonitinha. _ nós rimos e terminamos o lanche. Estava tudo tão legal.  Mas eu não contava com o fotógrafos da imprensa que estavam ali escondidos e espionando a mim.
       

      
        

        

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