Capítulo 32

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Gérson★

Um amor cantado

Depois da festa do milho, Isabela virou pra mim e disse que hoje num tem plantão e pediu pra eu levá ela num lugar especial. Isso atiçou minha curiosidade. Ela tava toda ansiosa pra me mostrar alguma coisa, então topei na hora. No caminho, minha cabeça ficava matutando o que podia ser esse convite. Será que é sobre "aquilo"?

Ela falou pra nóis ir pra Carlópolis e a ansiedade só aumentava conforme chegava mais perto desse destino misterioso. Quando paramos num bairro todo chique, cheio de árvore e casarões com jardins bonitos, eu já num tava aguentando de curiosidade.

— Conta logo, Isabela. Pra aonde tamo indo?

Ela sorri travessa para mim.

— Para a minha herança.

— Herança? Que chique! E o que que é?

— Eu acho que já estamos chegando. — O sorriso travesso dela só aumenta minha curiosidade enquanto mantém o suspense.

— É uma casa bonita dessas? — tento adivinhar.

— Bingo! Você acertou na mosca!

— Ah, eu sou muito bom em adivinhações.

À medida que vamos chegando perto da casa, consigo ver um portão de ferro imponente, que vai se abrindo e revelando uma avenida arborizada que leva até a entrada principal. Os jardins bem cuidados dão uma sensação de tranquilidade e beleza, enquanto os passarinhos cantam nas árvores.

Isabela estaciona o carro e nos olhamos, nossos olhares cheios de conexão. Eu já vim aqui algumas vezes e esse lugar traz um monte de lembranças boas com ela.

Caminhamos pelo jardim até chegar na entrada da casa. É uma mansão de estilo colonial, com umas colunas imponentes e uma varanda ampla que vai rodeando a fachada. As janelas altas e os detalhes arquitetônicos dão um toque de elegância e história ao lugar.

Isabela abre a porta e nós entra. A grandiosidade do interior da casa é de impressionar. Paredes enfeitadas com quadros de molduras douradas, tapetes persas cobrindo o chão de madeira polida e lustres de cristal pendurados no teto alto. Cada detalhe parece ter sido escolhido a dedo pra criar um ambiente de elegância atemporal.

Isabela me guia por um salão enorme até chegarmos numa sala de estar aconchegante, onde uma lareira de mármore domina o espaço. Sentamos nos sofás de couro macio e eu fico olhando ao redor, tentando absorver a realidade do que tá aconteceno.

— Fique à vontade, Gérson. — Carinhosamente, ela me deixa confortável.

— Então, essa é mesmo a sua herança? — pergunto, ainda tentando processar tudo.
Ela assente, os olhos brilhando de entusiasmo.

— E agora eu quero compartilhar isso com você!

Fico sem palavras por um momento, tocado pela generosidade de Isabela. Aperto sua mão com força, sentindo uma onda de emoção.

— Mas por que eu? — pergunto, com a voz embargada. — Por que o cê escolheu eu, um caipira pobretão?

Ela sorri calorosamente, aproximando-se mais e olhando fundo nos meus olhos.

— Porque você é tudo para mim. Quero vender essa casa e investir em um futuro junto com você.

Enquanto eu a observo com espanto, ela encontra nossos lábios suavemente algumas vezes, eu contribuo para que não pare. Sem desgruda-los, ela já começa a desabotoar minha camisa, e eu gostando da ideia. Quando já estou sem, meu tórax é acariciado suavemente, suas mãos são tão macias... Logo começo a tirar a roupa dela também sem o mínimo de pressa. Quero desfrutar de todo seu corpo, lentamente.

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