Capítulo 6

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Gérson★

Em busca de respostas

Hoje, acordo cheio de alegria. Dormi com o rosto contente de Isabela na minha mente, e isso já me deixa feliz desde cedo.

Saio do quarto, pronto para encarar o dia, e noto que ela já levantou, pois a porta do quarto dela tá escancarada. Chego na cozinha e só encontro minha mãe tomando café, com um ar pensativo.

- Bom dia, mãe! - cumprimento, beijando o alto da cabeça dela e pego uma xícara disposta sobre a mesa.

- Bom dia, meu fi...

- Tá tudo bem, mãe?

- Não, eu to um pouco preocupada. Vi Isabela saindo cedinho montada num cavalo.

Travo feito estátua de cimento.

- Cumé? Ela disse pra onde iria?

Ela responde negando a cabeça.

- Não se preocupe, mãe. Ela não deve ter ido muito longe. - tento tranquiliza-la, mas por dentro, to uma pilha.

- Só to preocupada porque ela não conhece a região muito bem, e ainda pode cair novamente sem ninguém por perto, ela nem sarou do tornozelo completamente ainda.

- Sim, a senhora tem razão. Vou atrás dela então. Mas primeiro, vou confirmar se ela saiu mesmo, ou se já voltou. - Assustado, eu largo minha xícara com um pouco de café que servi, e saio com pressa pela porta, deixando minha mãe me chamando.

Será que Isabela seria capaz de fazer a maluquice de sair de casa a cavalo, ainda escuro, para ir até tão longe como é Carlópolis?

Chego no estábulo, indo direto para a baia da Estrela. Não, não é possivel, ela realmente saiu. Vou ter que ir atrás dela.

Sento no carro e percebo que ele tá com pouca gasolina, vou ter que abastecer primeiro.

Enquanto espero o frentista encher o tanque, paro um pouco para respirar fundo, deixar o emocional de lado e pensar melhor usando o lado racional. Irei fazer o trajeto que fiz ontem na ida, ela pode ta perdida em algum trecho.

Durante o caminho, paro de vez em quando para perguntar se alguém viu uma mulher loira com um cavalo branco, mas ninguém viu.

Olho meu relógio de pulso, já são 7 horas da manhã? Como o tempo passa rápido!

Então eu vejo um cavalo branco muito parecido com Estrela parado na estrada, num acostamento. É ela, finalmente encontrei!

Ela tá lá, sentada no chão, cabeça baixa. Quando me aproximo e encosto a caminhonete, ela se levanta rápido, vem correndo na minha direção e me abraça, cheia de aflição.

- Gérson! Até que enfim você me encontrou!

Eu a envolvo firme nos meus braços, fechando os olhos pra sentir o cheiro dos seus cabelos. O coração tá batendo mais forte, mesmo eu estando meio irritado por ela ter feito isso.

A sensação de alívio ao encontrá-la novamente é semelhante àquele momento após o acidente, quando ela já tava no hospital, bem. A sensação de tê-la perdido mais uma vez, mesmo que nunca tenha sido completamente perdida, retorna com uma intensidade avassaladora.

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