Quem disse que eu não gosto?

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Boa leitura <3

(...)

First era realmente um perdedor. Cedeu até mesmo para sua avó que com apenas 1 pedido o convenceu de ficar com "Khaozinho".

Agora ele era oficialmente o enfermeiro de Malee, e para a infelicidade de ambos os rapazes, teriam de se ver todos os dias, mesmo que por um curto período de tempo.

First estava frequentando diariamente o Shady's, que, para sua sorte, Khaotung não frequentava mais.

Kanaphan podia jurar que se tivesse que conviver por mais de 2 horas com o baixinho surtaria ao ponto de partir para a agressão novamente, e era algo que ele não desejava.

Já havia feito sua avó passar mal por conta dos pontos em sua boca, não desejava vê-la daquela forma novamente.

Já Khaotung realmente estava pouco se importando com tudo aquilo. A única coisa que desejava era o final de semana para poder dormir por pelo menos 6 horas seguidas.

Como havia imaginado, sua rotina cheia estava o causando extremo cansaço, ao ponto de fazê-lo cochilar durante as aulas, e, até mesmo durante os trabalhos.

A olheiras eram tão profundas e escuras que faziam Malee preocupar-se com a saúde de seu enfermeiro mandando-o descansar enquanto ela assistia qualquer programa na televisão.

Mas aquilo não era do feitio de Thanawat, ele não poderia deixar a senhora sem supervisão, não poderia perder aquele emprego que o salvou de morar na rua.

Sabia que em seu primeiro vacilo, First o demitiria, então sempre buscava dar o seu melhor, mesmo estando completamente exausto e mal aguentando permanecer em pé.

– Khaozinho! Descanse querido! Eu irei ficar bem – a mulher pediu acariciando leve o braço do rapaz.

– Estou bem, Malee, não se preocupe, assim que eu chegar em casa eu descanso – mentiu tentando acalmar a senhora que parecia preocupada consigo.

– Você tem certeza? Durma apenas um pouquinho! Logo Fifi chega e cuida de mim! Ele vai entender se você explicar que está cansado – ela contou inocentemente sem saber que ambos tinham uma rixa.

Khao sorriu negando com a cabeça.

– Eu estou bem – mentiu novamente sentindo seus olhos pesados – fique aqui sentadinha que irei passar um café – contou levantando-se do sofá.

Os dias de Thanawat estavam sendo regados à café preto. Era a única coisa que estava conseguindo o manter minimamente acordado e ligado.

Ao chegar na cozinha colocou a água para ferver e pegou os itens necessários para preparar a bebida.

Além disso, aproveitou que estava ali e faria um sanduíche para que a senhora pudesse se alimentar antes da chegada de seu neto.

Ao caminhar até a geladeira sentiu suas pernas enfraquecerem e se recostou sobre a mesa buscando apoio para não cair, junto à isso sua visão escureceu e seu ouvido chiou.

O cansaço o atingiu em cheio fazendo sua mente desligar.

Seu corpo cambaleou esbarrando no fogão fazendo a água quase fervida respingar sobre sua pele, enquanto ele atingia o chão já inconsciente.

O barulho estridente fez a mulher se assustar e correr até a cozinha encontrando seu enfermeiro caído sobre o chão com seu braço queimado por conta da água que o atingiu.

Em desespero a senhora correu até ele tentando acordá-lo mas parecia inútil, o rapaz sequer dava sinais de que acordaria.

O corpo de Khaotung era chacoalhado no intuito de fazê-lo despertar. Seu nome era chamado algumas vezes entre as lágrimas de nervosismo da senhora.

Demorou por volta de 5 minutos até o rapaz finalmente recobrar a consciência. E quando voltou a primeira coisa que pôde sentir foi uma dor aguda tomar conta de seu braço junto à um forte enjoo que fazia-o ter ânsias.

Sentou-se sobre o chão tentando entender o que havia acontecido. Pôde ver a senhora em sua frente falando alguma coisa que ele não conseguia decifrar.

Coçou os olhos tentando recuperar sua vista que ainda era embaçada e tentou acalmar Malee que parecia preocupadoramente desesperada.

Ele segurou gentilmente nos ombros da senhora e olhou no fundo dos olhos dela sorrindo fraco.

– Eu estou bem, minha pressão apenas baixou – murmurou com dificuldade.

Podia ver a boca da mulher se mexendo mas não escutava nada do que ela dizia, a única coisa audível era um apito chato que estava o deixando ainda mais enjoado.

Apertou mais uma vez os olhos chacoalhando leve a cabeça tentando voltar totalmente quando sentiu seu corpo ser arrastado.

Abriu os olhos com dificuldade dando de cara com First abaixado em sua frente com um copo da água e Malee sentada ao seu lado abanando-o com um dos gibis de Kanaphan.

– O que aconteceu? – ele escutava baixo o rapaz perguntando.

– Minha pressão apenas baixou – mentiu apoiando sua cabeça no encosto do sofá.

– Você precisa ir para o hospital, seu braço está queimado – First falou levando o copo de água até a boca de Thanawat.

O corpo do baixinho parecia mole, a pele empalideceu ao ponto de parecer-se com um vampiro, os olhos mal mantinham-se abertos.

Isso foi o suficiente para First preocupar-se minimamente com Khaotung.

A verdade era que o rapaz mal estava tendo tempo para comer, pois, além de seus trabalhos e a faculdade, ainda estava lidando com a mudança que seria feita durante o final de semana.

O cansaço junto à mal alimentação o fez desmaiar por conta de sua fraqueza.

– Não preciso, eu vou ficar bem – falou afastando a mão de First de seu rosto.

– Você precisa sim – o maior insistiu.

– Não – recusou novamente fazendo First se irritar pela teimosia do outro.

– Ta! Já que não quer ir o que eu faço? – perguntou levantando-se para buscar o necessário para cuidar dos machucados do menor.

– Apenas água e pomada antibiótica – contou sentindo seus sentidos voltarem pouco a pouco.

– Vovó fique sentada aqui! – pediu passando os braços pelo corpo pequeno de Thanawat para carregá-lo até o banheiro.

Com cuidado posicionou o menor sobre o vaso e começou a lavar o braço do rapaz com cuidado para não machucá-lo ainda mais.

– Eu disse que você ia perder – Khao murmurou com dificuldade tentando provocar Kanaphan que como forma de punição apertou forte a queimadura do outro fazendo-o gemer pela dor sentida.

– Perder o que exatamente? – First questionou esfregando forte o braço queimado do outro fazendo-o estremecer.

– Você está caindo direitinho no meu jogo – murmurou sorrindo entre os grunhidos de dor.

– Apenas cale a boca se você não quiser sofrer mais – First ordenou largando o braço de Thanawat.

– E quem disse que eu não gosto de sofrer? –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora