Meu bem?

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Oie :)

Cap bem fofinho p aquecer o coração de vcs 🥺❤

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

A pouca luz que adentrava o quarto era suficiente para que Kanaphan pudesse admirar Khaotung deitado sobre seu peito ainda com a respiração ofegante.

Seus braços contornavam o pequeno corpo tentando mantê-lo aquecido e confortável para que ele pudesse ter a melhor noite de sono de sua vida.

Não conseguia conter o sorriso por ter o rapaz em seu colo. Tê-lo tão próximo e num momento tão íntimo fazia seu coração bater forte dentro do peito.

– Você é lindo – First admitiu acariciando leve os cabelos bagunçados do menor que sorriu escondendo-se sobre a pele morna que o aconchegava.

– Pare de ficar me elogiando, você disse que continuaríamos igual a antes – Khaotung lembrou envergonhado.

Ele não era acostumado com esse tipo de tratamento, passou toda a sua adolescência sem receber um mínimo elogio de seus pais, e, os caras com quem se relacionava não eram exatamente carinhosos consigo.

"Você tem sorte de ser gostoso, se não, não aguentaria ficar perto" "Sua maior qualidade é foder bem"

Foram alguns dos poucos "elogios" que ouviu de seus parceiros anteriores, que, inacreditavelmente, eram o suficiente para fazê-lo permanecer em um relacionamento.

– Desculpa – Kanaphan pediu – Mas é verdade, você é lindo – insistiu sorrindo largo percebendo a vergonha estampada no rosto do outro.

– E você é insuportável – O menor insultou sentindo seu rosto queimar.

– Sabe uma coisa que não entendo? – indagou – Você fica me provocando na frente da vovó sem 1 pingo de vergonha, me chama de puta, pede pra eu te foder e, aí, se eu falo que você é lindo, você fica envergonhado – contou incrédulo – Você não faz sentido nenhum, Thanawat – sorriu provocando-o.

– Cale a boca Kanaphan – pediu entre risadas – Eu só não sou acostumado a ser elogiado – admitiu com a voz baixa.

– Duvido, você é todo bonitinho – contou brincando percebendo a mudança na feição de Khaotung que antes sorria.

Preocupou-se de imediato.

Teve vontade de perguntar o que havia acontecido, mas manteu-se calado pelo medo de fazê-lo chorar novamente.

Prometeu não ser insistente, então esperaria o outro estar pronto para lhe contar o motivo de sua tristeza anterior.

– Meus pais que estavam ligando – Khao admitiu trazendo uma forte tensão pro ar ao mudar drasticamente de assunto.

Kanaphan observava-o com preocupação, pôde ver o vazio voltar a se instaurar no olhar do baixinho que afundou-se ainda mais sobre sua pele morna.

– Eles nunca haviam me ligado antes, desde que me mudei pra Bangkok não falei mais com eles – assumiu com a voz trêmula – esperei essa ligação por tanto tempo, achei que ficaria feliz em recebê-la mas tudo que que senti foi medo – contou sentindo um nó se formar em sua garganta – me sinto tão culpado por ser assim – admitiu com dor em seu coração.

– Culpado por ser quem você é? – Kanaphan questionou baixo mantendo suas carícias percebendo-o confirmar sua dúvida.

Com delicadeza afastou-o de si posicionando-o sobre o travesseiro, após, apoiou-se sobre seu cotovelo para que pudesse olhá-lo no fundo dos olhos.

– Como você pode se culpar por ser alguém tão perfeito? – Kanaphan questionou – Você tem noção do quanto é incrível Thanawat? Você sabe fazer de tudo! Você cozinha, estuda, cuida da casa, cuida da Vovó, cuida de mim e ainda luta! Se eles não têm orgulho de quem você é apenas por uma besteira como essa, eu tenho! – admitiu acariciando as bochechas coradas do menor – Não se culpe por algo que você não tem poder de escolha – suplicou baixo fitando-o intensamente – Eu sei o quão ruim é crescer sem receber o mínimo de amor vindo dos pais, mas ainda assim, não deixei de me amar apenas por que eles não aceitam uma coisa tão simples – admitiu

– Ao menos você teve Malee pra te apoiar – Thanawat lembrou amargurado.

– E agora você tem ela também – admitiu – Vovó irá sempre apoiar quem você é, mesmo doente ela sempre irá dizer para você se amar como você é, afinal, isso não é uma coisa que podemos mudar – contou – e você também me tem, Khaotung – lembrou – Todo o amor que você não recebeu antes, prometo que Vovó te dará se não quiser receber de mim, mas saiba que estou disposto à isso, meu bem – murmurou deixando escapar um apelido que estava fora de seus planos.

– Meu bem? – Khaotung questionou mudando completamente de assunto.

– Escapuliu – First admitiu sorrindo envergonhado.

– Por que eu só consigo te achar fofo agora? – Thanawat indagou perdido no rosto corado do outro.

– Por que eu sou fofo, oras – gabou-se abrindo um sorriso fazendo o abaixo sorrir também.

Thanawat puxou suavemente o pescoço de First para perto de si deixando um selar leve nos lábios avermelhados que, agora, era seu novo vício.

– Pelo que eu me lembre você tinha dito que "não beijava quem você não gostava" – Kanaphan provocou beijando-o novamente – Isso quer dizer alguma coisa senhor enfermeiro? – questionou sorrindo fazendo o menor revirar os olhos.

– Se continuar a falar não te beijarei mais, babaca – o menor ameaçou rindo anasalado.

Kanaphan fingiu chavear os lábios fazendo o menor sorrir e puxá-lo para outros infinitos beijos que o daria durante o resto da noite.

(...)

Na manhã seguinte Thanawat decidiu retornar a ligação para seus pais. Ainda que amendrontado por ter de falar com eles após tanto tempo, sentiu-se preocupado.

Não fazia sentido eles telefonarem para si durante a madrugada após 3 anos sem contato. Teve medo de que algo tivesse acontecido com eles e a ligação tenha sido uma tentativa de aviso.

Kanaphan observava-o pronto para acalenta-lo caso algo o deixasse chateado novamente. Não desejava mais vê-lo chorar.

– Pai, bom dia – Thanawat cumprimentou com a voz trêmula – o senhor me ligou ontem a noite e só vi agora de manhã – mentiu trocando olhares com First que sorriu para incentivá-lo – aconteceu alguma coisa? – questionou preocupado.

– Khaotung, sua mãe quer falar com você – o homem citou sem ao menos responder o rapaz que sentiu-se ainda mais nervoso.

– Khao? – a mulher chamou fazendo o garoto soltar um sorriso ao ouvir a voz de sua mãe após tanto tempo.

– Sim, mãe, oi – respondeu caminhando inquieto pelo quarto.

– Queremos que você venha nos visitar – a mulher admitiu fazendo o rapaz parar em meio ao cômodo sentindo seu corpo estremecer.

– Vocês querem o que? – questionou incrédulo  enquanto First olhava-o assustado pela reação.

– Que você venha nos visitar – a mulher admitiu deixando-o ainda mais confuso.

– E porquê isso do nada, mãe? – questionou baixo amedrontado pelo motivo.

– Apenas venha – pediu – e se tiver namorado traga-o junto para que possamos o conhecer –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora