Nós iremos?

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oie :)
gente desculpa o cap xoxo 😭

votem e comentem 🤩

boa leitura <3

(...)

– Apenas venha – pediu – e se tiver namorado traga-o junto para que possamos o conhecer – ordenou com a voz baixa.

Khaotung sentiu uma explosão de sentimentos tomar seu corpo.

Sentia-se amedrontado, eufórico, animado, e, mais do que tudo, confuso.

Por que de repente seus pais o convidam para visitá-los e ainda pedem para que ele leve um namorado que sequer tem?

– Será que finalmente eles voltaram a me amar? – pensou abrindo um pequeno sorriso.

Desejava ir, mas não podia deixar Malee e First na mão.

– Me desculpe mãe, mas não posso ir – desculpou-se percebendo Kanaphan vir em sua direção com os olhos curiosos – Eu trabalho cuidando de uma senhora e não há mais ninguém para ficar com ela – admitiu apertando os lábios.

– Você não trabalha mais no hospital? – a mulher questionou surpreendendo Khaotung.

– Como você sabe que eu trabalhava no hospital? – indagou confuso.

Ele nunca havia tido a possibilidade de contar a seus pais sobre seu emprego, então, não fazia sentido que soubessem de sua vida, visto que não contatava-os há anos.

– Esse emprego paga bem o suficiente para que você possa pagar um aluguel e viver confortavelmente? – questionou com a voz preocupada fingindo não ter escutado a pergunta feita.

– Hm, não realmente – admitiu risonho fitando Kanaphan que afundava os dedos sobre sua cintura fazendo-o arrepiar – mas eu estou morando com eles, tenho tudo que preciso ‐ afirmou observando o a sua frente que olhava-o com os olhos brilhantes.

– Com eles? – indagou – Você cuida de quantas pessoas? – perguntou parecendo interessada.

– Cuido apenas de uma – assumiu – mas o neto dela vive conosco, ou, melhor, eu vivo com ela e com o neto – contou risonho fitando First que provocava-o com cócegas.

– Oh! Entendi – citou com a voz desanimada – E não há forma de vocês virem apenas passar um final de semana? – insistiu – Traga-os consigo – ofereceu.

– Não sei se eles aceitariam – informou tentando cessar as provocações de First que arrancavam sorrisos bobos de si.

– Pergunte a eles e me ligue para avisar, por favor – pediu – agora preciso ir, se cuide Khaotung – suplicou encerrando a chamada sem ao menos dar a chance do rapaz despedir-se.

Assim que a chamada foi terminada Kanaphan parou suas brincadeiras para que pudesse ouvir o que o outro tinha a dizer.

– Eles querem que eu vá passar um final de semana lá – o menor contou com os olhos brilhantes – Mas não há forma de eu ir, não posso deixar Malee – assumiu sorrindo fraco.

– Oh.. Você pode ir se quiser, eu posso tentar outra folga – afirmou tentado encoraja-lo.

Ainda que Kanaphan sentisse um mal pressentimento quanto à ligação inesperada, ver os olhos de Khaotung brilharem durante a chamada o fez decidir que encorajaria-o à visitá-los.

Talvez eles não fossem como seu pai. Quem sabe eles tivessem, finalmente, aceito Khaotung.

E a possibilidade de isso ser veridíco deixava-o extremamente feliz.

Imaginar Khaotung finalmente livrando-se da culpa fazia-o entrar em êxtase. Vê-lo feliz era o que mais almejava desde que o viu chorar pela primeira vez.

Mas sua preocupação quanto a visita ainda não era nula.

E se estivesse errado e Khaotung voltasse ainda mais machucado?

Acabaria consigo vê-lo chorar novamente por sentir-se culpado por algo que nem era de sua escolha.

Mas, se isso viesse à acontecer, estaria mais do que pronto para conforta-lo e apoia-lo.

Sentia ter um único propósito agora.

Fazê-lo se amar e se sentir amado.

E faria o que fosse preciso para que seus planos se concretizassem.

– Não quero causar problemas à você, não há necessidade de eu ir – admitiu transparecendo o desânimo que sentia.

– Se isso te fará feliz, apenas vá, prometo que tudo ficará bem – encorajou acariciando os ombros do menor – Apenas me prometa que me ligará se algo der errado – suplicou sorrindo fraco.

– Na verdade.. – murmurou envergonhado – eles disseram que vocês podem ir comigo, mas.. não sei se é uma boa ideia – contou apertando os lábios – não quero correr o risco de eles serem maldosos com você e com Malee – admitiu preocupado.

– Nós iremos então, aposto que Vovó vai adorar passear – afirmou ignorando as últimas falas de Khaotung.

– Mas e seu trabalho? – o menor questionou – Vocês realmente não precisam fazer isso, não quero nem pensar na possibilidade de ver você magoado de novo – contou olhando intensamente no fundo dos olhos de First que sorria leve.

– Eu vou dar um jeito, não se preocupe – afirmou – Só irei ficar magoado se eles te magoarem – admitiu – Apenas avise quando será para que eu possa me organizar – pediu acariciando as bochechas coradas de Thanawat.

– Você é teimoso viu – reclamou revirando os olhos – Você não disse que ia continuar me obedecendo? – resmungou cruzando os braços.

– Só obedeço quando eu quero – provocou – e você tá parecendo uma criancinha birrenta – julgou – tão fofo – sorriu aproximando-se do rosto do menor que o encarava tentando segurar a risada.

– Hm! Tá bom! Nós iremos, chato! – insultou deixando escapar um sorriso.

(...)

Durante a semana Khaotung viu-se ansioso para reencontrar seus pais.

Imaginava como seria abraça-los após tanto tempo, contar de sua faculdade, de seu antigo emprego, que, por algum motivo, eles já tinham conhecimento.

Sentia-se tão animado para vê-los que em momento algum pensou que algo ruim pudesse acontecer. Fantasiava apenas bons momentos que teria ao lado deles e de seus acompanhantes.

Mas First não deixava de sentir que algo estava errado. O mal pressentimento continuava ali, porém, ignorava-o, imaginando ser apenas a má experiência que teve no reencontro com seu pai.

(...)

– Você é o namorado de Khao? –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora