Enlouquecido

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Oie :)

pra avisar vcs q o próximo cap é o último, mass... tenho planos pra outra fic

Quem me segue no tiktok vai saber doq se trata 🤗

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

Khaotung sentia estar em um momento que jamais imaginou vivenciar.

Estar sob o corpo de seu namorado dizendo à ele palavras que em algum momento haviam se tornado reais aquecia cada pedaço de si.

Aquele sentimento que jurou não sentir, era, agora, o que o consumia.

Era o que fazia-o sorrir e ter forças para superar tudo o que havia passado.

First havia se tornado seu porto seguro, ali, em meio a aqueles braços encontrou o que havia procurado por toda a sua vida.

– Eu amo você, Kanaphan – repetiu perdido na imensidão escura dos olhos de seu amado – Eu amo seus olhos.. seus beijos.. seus toques.. – contou quase inaudível – amo como você me irrita e.. mais do que tudo, eu.. eu amo ser seu – sussurrou sincero sentindo suas bochechas esquentarem à cada palavra espaçada que saía de sua boca.

O sorriso do maior abria-se cada vez mais. Seus olhos escuros reluziam sobre os do menor.

As falas que eram direcionadas à si deixavam-o cada vez mais derretido.

Seu corpo arrepiava com a suavidade da voz que chocava-se contra sua face. Soltava suspiros em meio à seus encantos.

Juntou sua testa à do abaixo misturando as respirações ainda pesadas enquanto seus dedos trilhavam um caminho suave por cada pedaço do rosto morno de Khaotung.

– Eu amo que você me ame e amo que você seja meu – contou sério em meio à uma troca de olhares intensa – namorado – chamou baixinho em uma risada nasal.

Ainda que estivesse envolto naquela nuvem de amor. A mente de First não deixava de pensar em como seu namorado se sentia.

Ainda tinham coisas que ele não sabia sobre seus pais e Awat, estava em dúvida se deveria avisá-lo sobre o resto ou se apenas esconderia para mantê-lo seguro e longe de mais dor.

Desejava questioná-lo sobre a forma que ele sentia-se. Não queria que ele escondesse que aquilo o machucava, não queria vê-lo engolir toda a dor para que mais tarde ela viesse à incomodá-lo.

Mas também, não queria criar uma tensão ao tentar falar sobre o assunto e estragar o momento fofo em que estavam envolvidos.

Decidiu manter aquilo dentro de si, e, talvez, mais tarde, adentraria ao assunto de forma que não fosse deixá-lo desconfortável.

– Quando foi que me permiti me apaixonar por você, Kanaphan? – o menor questionou retórico envolvendo seus dedos entre os cabelos bagunçados de seu amado.

– Você eu não sei, mas eu.. – murmurou incitando curiosidade – Eu sou completamente rendido por você desde o primeiro dia que você veio morar aqui – assumiu baixo fazendo o outro abrir um sorriso.

– Eu sei – Khaotung afirmou acariciando os fios que escondiam suas mãos – Você não sabe disfarçar – contou entre risos suaves.

– Você me deixava enlouquecido, por mais que eu tentasse era impossível disfarçar – brincou perdido no sorriso estampado no rosto de seu homem.

– E agora, eu não te deixo mais enlouquecido? – questionou em provocação.

– Você acha que se eu ainda não me sentisse enlouquecido por você eu gozaria 4 vezes ontem a noite? – provocou umedecendo os lábios num meio sorriso – Acho que a única coisa que mudou é que faço você se sentir do mesmo jeito, não é? – indagou arqueando as sobrancelhas fitando-o com os olhos semicerrados.

Khaotung sorriu apertando os lábios em confirmação ao questionamento de seu namorado.

– Em minha defesa! Você é muito gostoso e não tem como eu não te desejar! – assumiu brincalhão envolvendo o maior entre suas pernas apertando-o contra si.

– Acho que ficou bem claro isso ontem, já que agora eu mal consigo me mexer – contou roubando um beijo leve dos lábios entreabertos do baixinho – Tinha planos de a gente fazer alguma coisa pra aproveitar meu último dia de folga... mas você realmente acabou comigo – revelou despejando beijos por toda a pele corada de seu amado.

– Desculpa – pediu num murmuro – Eu vou cuidar de você hoje, e prometo que não serei mais tão malvado – afirmou sorrindo pelos selares que recebia.

– Por favor! Seja o mais malvado que puder –

(...)

Khaotung responsabilizou-se por desfazer as malas que mal haviam sido usadas.

Apesar da insistência de First e Malee para ajudá-lo, ele negou diversas vezes dizendo que deveriam descansar e que ele seria rápido.

A senhora então, ficou aos cuidados do neto que mal podia caminhar.

– Peça pra ele ser mais cuidadoso com você, Fifi – Vovó falou mantendo toda a sua atenção sobre a televisão.

Kanaphan levou seu olhar assustado até a mulher que tinha uma feição tranquila, questionando-se se ele havia entendido corretamente.

– O que? – indagou fazendo-se de desentendido.

– Peça para ele ser mais cuidadoso, Fifi – a mulher repetiu levando seus olhos até o rapaz que tinha seus lábios entreabertos e seu rosto ruborizado – Eu escutei vocês ontem a noite inteira, você gritava, meu filho – Malee afirmou olhando-o com preocupação.

First abaixou a cabeça rindo em desespero por sua avó tê-lo escutado. Sentia seu rosto queimar pela vergonha que o tomava.

– Vovó, podemos.. Por favor, mudar de assunto? – pediu ainda entre risadas nervosas.

Ele sabia que sua avó logo logo esqueceria-se do que havia ouvido, mas, ainda assim, o momento era tão constrangedor que desejou esconder-se com as almofadas que o apoiavam.

No quarto, Thanawat desfazia a última mala que havia restado.

Retirava as roupas de Malee colocando-as sobre a cama para que pudesse as dobrar corretamente e deixar o guarda roupa organizado.

Em meio à uma leva de roupas que colocara sobre a cama, um pequeno papel acabou por escapar de um dos casacos que a senhora havia levado.

Juntou-o do chão com a intenção de jogá-lo no lixo imaginando ser alguma nota fiscal.

Mas ao observá-lo pôde perceber que havia seu nome sobre ele.

Com curiosidade, abriu-o para que pudesse saber do que se tratava, e arrependeu-se no mesmo segundo.

O que forçava-se à esquecer, de repente, voltou à tona com toda a força. Ler o pouco que se permitiu já o fez sentir ânsias.

Durante a madrugada e a manhã que se passou, tentou esquecer-se do acontecido. Não queria mais cair em lágrimas por pessoas que pouco importavam-se consigo.

E não deixaria afetar-se novamente apenas por ter lido algo que já havia se passado por sua cabeça.

Apertou os olhos puxando fundo sua respiração que havia se tornado pesada tentando conter o choro já entalado em sua garganta.

– Não vou mais me permitir sofrer por vocês – murmurou fitando o que agora ia de encontro ao lixeiro.

Encarou-o por alguns segundos antes que pudesse voltar ao que fazia anteriormente.

(...)

– Me desculpe não te contar antes –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora