Bebê chorão

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Boa leitura <3

(...)


O abraço de Kanaphan pegou Khaotung de surpresa fazendo-o não reacionar imediatamente.

Levou um tempo até que ele pudesse entender de fato o que estava acontecendo, e, só aí pôde lutar contra o aperto do outro.

– Me solta – pedia irritado tentando desvencilhar-se dos braços esguios de First, mas assim como na única vez que lutaram parecia impossível soltar-se.

– Apenas quando você parar de surtar – contou apertando ainda mais Thanawat contra si, fazendo-o remexer-se pela agonia que sentia ao estar envolto pelos membros do outro.

– Me solta! Eu não quero ficar perto de você – implorava sentindo suas forças se esvairem.

Ele realmente não estava em seu melhor momento para tentar lutar com alguém tão habilidoso quanto First. O cansaço e o estresse dominavam seu corpo, fazendo com que toda a sua força parecesse ser nula perto da de Kanaphan.

– Só irei te soltar se você se acalmar – lembrou sem perceber que suas mãos acariciavam leve as costas de Khaotung.

– E porquê eu me acalmaria se foi você quem acabou com minha vida!? – insultou ainda lutando contra o aperto do outro – Mandei você me soltar, First! Já está tudo ruim o suficiente, não preciso ter você perto para que fique ainda mais insuportável estar vivo – pediu novamente afogado em suas próprias lágrimas.

– Pare de agir como um bebê chorão! Não foi eu quem mandei o vídeo! Como eu poderia gravar se eu estava apanhando de você? Como eu teria o vídeo se mal conheço as pessoas que frequentam aquele lugar? – questionou afastando o corpo do outro segurando em seu rosto fazendo-o olhar para si – Me diga logo o que está acontecendo antes que eu desista de te ajudar – pediu irritado já impaciente com a birra de Thanawat.

O menor olhava para Kanaphan com o rosto esmagado por suas mãos grandes pensando que até fazia sentido o que o outro tinha dito. Talvez não tenha realmente sido ele quem acabou de vez com sua vida, mas estava tão desesperado que sequer pôde pensar nisso antes.

Apertou os lábios tentando regular o choro que naquele momento parecia histérico e focou sua visão no rosto do outro que tinha seu cenho franzido enquanto esperava uma resposta.

– Me diga logo o que está acontecendo! Desembucha! – pediu novamente chacoalhando leve o pequeno corpo de Thanawat que apenas suspirou e num ato impensado jogou-se contra o peito de First não conseguindo cessar seu histerismo.

Afundou o rosto sobre a camiseta preta enquanto soluçava e murmurava "eu estou tão cansado! apenas quero que tudo isso acabe".

Naquele momento não importava se ele estava sendo consolado por quem tanto odiava. Precisava apenas ser apoiado e sentir que não estava completamente sozinho.

Kanaphan não fazia ideia de como reagir à aquilo. Ter Khaotung tão perto de si o fazia sentir náuseas, mas não poderia destratar alguém que parecia tão desolado. Ainda mais que há poucos minutos havia oferecido ajudar.

Sentiu os braços de Khaotung contornarem sua cintura e o pequeno corpo afundar ainda mais no seu.

– Eu estou tão fodido! Eu não sei mais o que fazer – o menor falava soprado entre seus soluços – eu não quero ter que voltar à morar com meus pais, não quero desistir de tudo, mas eu não tenho mais escolhas – contava inconsolável.

As mãos de Kanaphan um pouco trêmulas pela situação acariciaram os cabelos bagunçados de Khaotung tentando acalenta-lo de alguma forma.

Buscava em sua mente o que poderia fazer para ajudar o enfermeiro de sua avó, mas devido ao choque de ter Khaotung tão perto de si não conseguia achar alternativas para a situação.

Sua mente parecia ter entrado em parafusos com a aproximação do outro e pensou que talvez Malee pudesse o ajudar, afinal, ela era muito mais próxima do rapaz.

– Ei – chamou num murmuro – Você não quer ir pra minha casa? – questionou baixo tentando não deixá-lo ainda pior – Vovó com certeza poderá te ajudar melhor do que eu – admitiu tentando livrar-se do aperto dos braços de Thanawat que logo afastou-se concordando com a ideia dada.

Limpou o rosto e respirou fundo tentando engolir o choro para não preocupar a senhora e virou-se na direção de First que o encarava.

– Me desculpe por isso – pediu envergonhado por ter invadido o espaço do outro.

Ligou o carro e seguiram em completo silêncio até a casa de Kanaphan.

Algumas vezes Khaotung sentia o olhar do outro sobre si o envergonhando ainda mais.

Apenas após seu surto passar pôde perceber o quão constrangedor foi tudo aquilo.

Não entendeu como pôde se deixar repousar no corpo de First e como se permitiu à chorar na frente do mesmo. Sentia-se um completo idiota e agora, também, já não entendia o porquê estava indo até a casa dele apenas para tentar resolver algo que não havia maneira de ser resolvido.

Não entendia como Malee poderia o ajudar numa situação tão complicada.

Seria mais fácil se ele ainda tivesse onde morar, pois simplesmente poderia arranjar outro emprego e assim deixaria os cuidados de Malee na mão de outra pessoa.

Mas como poderia sair para procurar outro emprego se nem tinha um teto para tomar um banho e descansar? Não tinha esperanças de que a mulher pudesse o ajudar à resolver aquilo.

Ao chegarem na frente da casa desceram do carro e First despediu-se deixando Khaotung confuso.

– Você não vai entrar? – questionou tentando entender o que se passava.

– Não sei se você notou, mas já são quase 13:00 e eu preciso ir trabalhar – admitiu – Apenas entre e converse com a vovó, acho que ela poderá te ajudar – contou dando as costas para Khao e indo em direção à seu emprego.

O menor encarou a porta da frente e respirou fundo antes de adentrar. Sabia que voltaria à chorar em poucos minutos.

(...)

– Tenho uma surpresa pra você, Fifi! – A mulher contou ao ver que seu neto já havia chegado do trabalho.

Thanawat negava com a cabeça olhando para First que os olhava com curiosidade.

– O que foi, vovó? – questionou apreensivo com o que viria à seguir.

– Khaozinho vai ser seu novo colega de quarto! –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora