Namorados?

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Boa leitura <3

(...)


– Você pode me dar um abraço? – Thanawat pediu cabisbaixo ao perceber a aproximação de Kanaphan que apenas confirmou o pedido já abrindo os braços para receber o baixinho.

Khaotung sentiu seu corpo ser enrolado pelos braços de First, e, quase que automaticamente, sentiu seu coração se acalmar e os pensamentos que antes estavam o incomodando pareceram sumir.

Amaldiçoou-se por ter aberto um sorriso e por ter se sentido confortável tão próximo ao outro.

– Merda Khaotung – repreendeu-se mentalmente arrependido de ter feito o pedido.

Numa mistura de vergonha e desespero, empurrou o corpo de Kanaphan para longe do seu, desvencilhando-se dos braços que fizeram falta no momento em que afastaram-se.

– V-você disse que não ia mais me obedecer – jogou tentando não parecer fraco aos olhos do outro que sorriu incrédulo com as palavras escutadas.

– Filho da puta – murmurou dando um leve empurrão do corpo do menor – Você não presta sabia? – reclamou cruzando os braços.

Khaotung assentiu com a cabeça mantendo um sorriso irônico no rosto enquanto limpava as lágrimas que escaparam de seus olhos anteriormente.

– Mas, admita, você gosta de estar pertinho de mim – First jogou arqueando a sobrancelha umedecendo os lábios – ontem a noite você até disse que eu sou "quentinho" – lembrou aproximando-se do menor que agora tinha sua feição séria.

– Não tem como você não ser quente já que é a personificação do inferno – insultou desviando sua atenção para a água que borbulhava no fogo.

Caminhou em passos largos até o fogão retirando Kanaphan de seu caminho com um empurrão.

– Eu sou quente ou eu deixo você quente? – questionou boquiaberto com o julgamento contra si.

– Você só me deixa quente de ódio – Khaotung admitiu desligando a chama – Agora faça o que você disse que ia fazer, idiota – ordenou recostando-se sobre a pia.

– Não foi o que eu vi ontem a noite – Kanaphan provocou abrindo um sorriso – "Cala a boca e me chupa, Kanaphan" – imitou com a voz soprada aproximando-se do rosto do outro que exalava ódio.

Thanawat revirou os olhos e apertou forte o rosto do maior fazendo-o grunhir.

– Toda a compaixão que senti por você há poucos minutos acabou de sumir – Thanawat murmurou afundando seus dedos sobre a pele fina do rosto de First – se você queria que eu continuasse a jogar era só pedir, não precisava me irritar – admitiu soltando o rosto do outro com um empurrão.

– Você quer o que? Que eu implore para que você continue a me tratar como se eu fosse sua puta? – Kanaphan questionou derramando a água fervente sobre o pó de café – "Oh senhor Khaotung por favor continue a me tratar como se eu fosse sua vagabunda" – suplicou com a voz afinada.

– Sim, quero que você implore – o menor admitiu sério observando o outro passar o café.

– Mas não irei – afirmou olhando Thanawat pelo canto dos olhos.

– Você acabou de fazer isso, babaca –

(...)

Durante a tarde, como combinado, iriam sair com Malee para que ela pudesse espairecer e divertir-se um pouco fora de casa.

Khaotung dirigia o carro com a mulher ao seu lado e First logo atrás, sentado no banco ao meio.

Uma música qualquer tocava no rádio enquanto eles direcionavam-se à um parque.

Mesmo preocupado com a saúde de sua avó, após ela insistir que estava bem e que seu mal estar já tinha se esvaido, First aceitou levá-la.

Khaotung juntou todo o necessário para que ela passasse o dia fora de casa, assim evitando que maiores complicações pudessem vir à acontecer.

– Fifi querido, eu falei pra você se sentar aqui na frente com Khaozinho, vovó podia ir atrás sem problemas – a mulher lembrou sorrindo animada por estar saindo de casa.

– Ai na frente é mais confortável, vovó – Kanaphan citou acariciando os cabelos grisalhos da mulher.

– Mas assim você ficaria mais perto de Khaozinho – ela sorriu travessa o olhando pelo retrovisor – na volta você vem na frente e vovó vai atrás – ordenou com a voz pidona.

– Não mesmo! A senhora vai na frente, já basta eu ter que passar a noite com ele – exclamou discordando da ideia de sua avó.

– Como se você não gostasse de passar a noite comigo, Fifi – Khaotung provocou sorrindo desviando o olhar da estrada rapidamente para focar no rosto de Kanaphan que ruborizou.

– Cala a boca, Khaotung – ordenou dando um tapa leve no braço do menor que sorriu ao ver a vergonha do outro.

– Não fale assim com Khaozinho! Você tem que respeitar seu namorado, Fifi! – a mulher brigou indignada pela forma que seu enfermeiro foi tratado.

– O que!? – os rapazes exclamaram uníssono – Namorados? – Kanaphan questionou sua avó incrédulo pelas palavras.

– Sim! Você até deixou Khaozinho todo marcado – ela lembrou inocentemente – Não machuque o rapazinho! Você não tem mais 12 anos para estar dando mordidas e chupões em seu namoradinho, Fifi! – exclamou séria olhando-o pelo retrovisor.

Khaotung desejou esconder-se, mas se limitou a apenas rir da expressão de surpresa no rosto de First.

Sua boca entreaberta buscava palavras para explicar o ocorrido à sua avó, mas, realmente não haviam maneiras de fazer a situação parecer menos pior.

Perguntava-se como ela havia se lembrado das marcas no corpo de Khaotung, visto que, ela esquecia-se rapidamente das coisas.

Pensou que talvez tenha sido marcante para a mulher ver as marcas espalhadas pelos ombros do baixinho, afinal, ela nunca havia o visto relacionar-se com alguém.

E aquilo era uma das coisas qual ela mais almejava, ve-lô em uma relação, mesmo que ela a tenha inventado.

– Respeite seu namorado, Fifi! – Malee ordenou voltando a prestar atenção no caminho que faziam.

– É Fifi! Respeite seu namorado! – Khaotung repetiu entre risadas.

– Se você é meu namorado então me dê um beijinho aqui – Kanaphan pediu curvando-se para a frente com um beicinho formado nos lábios tentando roubar um beijo de Thanawat que esquivou-se.

– Sai fora, namorado – pediu empurrando leve o corpo magro do maior que sentou-se novamente sobre o banco com um sorriso no rosto.

(...)

– Isso é um encontro, Fifi? –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora