Playing Games (FirstKhao)

Por mim

Oie :)

Agr vou demorar um pouquinho mais pra postar pq minha filha tá doente dnv 🥺

Tenham paciência, prometo que não vou abandonar vocês

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

– Vá descansar, eu vou fazer algo para a vovó comer e já irei ficar com você – Kanaphan pediu docemente acariciando o rosto ainda inchado de Khaotung.

Durante o caminho de volta, Thanawat segurou toda a sua vontade de chorar para não preocupar ainda mais Malee.

Remoeu-se em sua própria dor apenas para não afetar a senhora que já demonstrava estar nervosa por toda a situação anterior.

Engolia suas lágrimas e tentava não pensar no acontecido, o que era inútil, afinal, aquilo estava tão fresco em sua mente que podia até mesmo sentir os toques de Awat em si.

Sentia-se enojado.

Jamais imaginou que seus genitores seriam capazes de cometer algo tão cruel contra si. Insultava-se por acreditar fielmente que voltariam a ser uma família feliz, e que finalmente sentiria-se realmente amado.

– Prometo que serei rápido – First completou deixando um pequeno selar na testa do menor que correu até o cômodo já com os olhos marejados.

O maior estava duplamente preocupado.

Além de toda a desgraça que havia acontecido com Khao, ainda tinha sua avó que sentia-se novamente enjoada pelo balanço do carro.

– Isso é minha culpa – First contou à Malee que esperava a comida.

– O que é sua culpa, Fifi? – a mulher questionou fitando-o confusa.

– Isso ter acontecido com ele – afirmou cabisbaixo – eu insisti que ele fosse, achei que o deixaria feliz – contou apertando os lábios – e também a senhora estar sentindo-se mal, me desculpe vovó – pediu sorrindo leve.

– Fifi não se culpe, você fez o melhor que pôde para deixar seu namorado feliz, agora apenas cuide dele para amenizar esse trauma que ele passou – sorriu de volta tentando acalentar o neto que tinha a feição abatida.

– O que devo fazer, vovó? – questionou servindo-a a janta que recém preparou.

– Leve-o para passear, apenas vocês dois! Aproveite que amanhã você ainda estará de folga e saia com ele, vovó ficará bem sozinha – afirmou.

First concordou ainda que realmente não achasse a ideia válida. Como deixariam Malee sozinha? Certamente Khao também não aceitaria.

Talvez pudessem fazer algo junto à ela como no dia em que fizeram piquenique.

– Vovó, irei colocar o programa que a senhora gosta e vou ver como está o Khao, você vai ficar bem? – questionou observando-a se alimentar.

– Sim, querido, não se preocupe – sorriu leve espantando-o com a mão.

Kanaphan sorriu leve ainda mantendo a culpa guardada em seu peito e caminhou rapidamente até o quarto, já sabendo que provavelmente encontraria seu homem com lágrimas nos olhos.

Adentrou o cômodo apreensivo.

Ver Khaotung chorar doía em si e ele não sabia exatamente o porquê.

Desejava que toda a dor que o rapaz cultivava fosse transpassada para si apenas para que ele não chorasse mais.

– Khao – chamou baixinho aproximando-se ao vê-lo encolhido sobre a cama.

Sorrateiramente deitou-se ao lado do pequeno que permanecia em silêncio tentando não demonstrar o quão abatido estava.

Envolveu seu braço na cintura do mesmo apertando-o forte contra si enquanto beijava os cabelos que o escondiam.

– Você quer conversar? – questionou num sussurro preocupado não esperando ser respondido.

O pequeno corpo virou-se de frente para si deixando à mostra os olhos inchados e a pele úmida das lágrimas.

Fitaram-se por alguns segundos, que, foram o suficiente para fazer Khao acalmar-se minimamente.

– First – chamou ignorando a questão anterior – O que há de errado comigo? – questionou entre soluços baixos sentindo as digitais digitais do outro limparem seu rosto.

– Como assim, Khao? Não há nada de errado com você – afirmou com a voz doce tentando acalenta-lo.

Thanawat entreabriu os lábios sem saber como falar o que estava em sua mente.

Não queria que First achasse que ele era um pobre coitado. Porém, infelizmente, era sua realidade.

Decidiu calar-se e apenas fita-lo buscando conforto nos olhos que tanto gostava de admirar.

Perdeu-se ali sentindo o coração palpitar em seu peito, e ele sabia exatamente o que significava aquilo.

Aceitar que estava perdidamente apaixonado por Kanaphan não seria uma tarefa fácil.

Desejava confirmar seus sentimentos à ele, queria dizê-lo tudo que guardava para si, mas o medo de ser magoado novamente fazia-o desistir.

Não sabia quanto tempo aguentaria lutar contra sua vontade de entregar-se à ele visto que a todo momento queria estar em seus braços.

Almejava dizer o quão importante ele era para si e o quão grato ele era por tê-lo em sua vida.

Sabia que alguma hora isso escaparia de si, e, sabia também, que não demoraria para que isso viesse à acontecer.

– Você é perfeito, Khao – First afirmou acariciando a pele morna do menor – Não sei como pode achar que há algo de errado com você – murmurou enquanto trocavam olhares intensos – admiro cada pedaço seu, e, como já lhe disse antes, se seus pais não enxergam o quão perfeito és, eu enxergo – contou baixo fitando-o com atenção.

– Se eu sou perfeito.. então.. – citou parando em meio à sua frase com medo de terminá-la e afogar-se em suas próprias lágrimas.

Kanaphan permaneceu em silêncio esperando o menor estar pronto para concluir o que iria dizer. Apenas incentivou-o com o olhar e um pequeno aceno de cabeça.

– Então.. Por que nunca fui amado? – terminou engasgando com suas próprias palavras.

A fala de Thanawat pegou o maior de surpresa, o que ficou claro por seus lábios entreabertos e seus globos assustados.

Sentiu seu coração vacilar e fisgar dentro de seu peito fazendo-o entristecer-se ainda mais.

Seus olhos que antes brilhavam de admiração, agora reluziam por conta das lágrimas que o inundavam. Pôde sentir a dor de cada palavra dita desejando, mais uma vez, que aquela dor fosse transpassada para si apenas para não vê-lo sofrer mais.

– Khao.. – chamou baixo sem saber ao certo como falar o que desejava.

Suspirou tentando conter sua emoção enquanto apertava os olhos deixando as lágrimas rolarem por sua pele.

– Você é amado por mim –