Thanawat

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Oie :)

Gente desculpa se o capítulo ficou meio xoxo 😭 tentei escrever da melhor maneira possível e ainda assim n gostei

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

Ao deixar a casa dos Kanaphan seguiu direto para seu outro emprego, mas logo ao chegar pôde sentir o clima pesado e as pessoas o tratando de forma completamente diferente do comum.

Mon apenas falava consigo se fosse estritamente necessário, enquanto os outros sequer olhavam em seu rosto.

– O que eu fiz de errado agora? – pensou já nervoso com toda a situação.

Por mais que odiasse o seu trabalho, ainda assim tinha um carinho grande pela equipe qual fazia parte.

Ver Mon tratá-lo com tanta indiferença estava deixando-o mais chateado do que podia imaginar.

– Mon – chamou num murmuro – podemos conversar? – pediu apreensivo.

– Sim, precisava mesmo conversar com você – ela contou irritada – Quero te mostrar uma coisa – falou pegando o celular do bolso de seu jaleco e entregando nas mãos de Khao.

Quando ele bateu os olhos na filmagem que passava no pequeno telemóvel sentiu-se empalidecer e gelar.

Como um vídeo dele batendo em Kanaphan no Shady's chegou nas mãos de sua superior? Como ele explicaria aquilo?

Desviou os olhos para Mon que o encarava com o rosto fechado e os braços cruzados.

Ele sabia que estava completamente fodido.

– Nem precisa se explicar, Thanawat. Apenas termine suas coisas por hoje e não precisa mais voltar – contou fazendo Khao desesperar-se.

Imaginou que levaria apenas um grande esporro e que com o tempo as coisas voltariam ao normal, mas, certamente, perder o emprego não passou por sua cabeça nem por 1 segundo sequer.

– Mon – chamou sentindo sua voz entalar no início de sua garganta – por favor, não faça isso – pediu trêmulo.

Ele precisava daquele emprego para continuar vivendo ali, se o perdesse teria de voltar definitivamente para a casa de seus pais, e mesmo que isso já tenha sido uma opção há menos de 1 semana, ele realmente não queria largar sua vida em Bangkok.

– Não faça o que? Você nos fez achar que o rapaz estava em surto, administramos calmante sem nem ao menos ser necessário! Você sabe o quão isso é errado? O quão antiético fomos? Não! fomos não! Você foi! Você não serve pra isso Thanawat! – esbravejou irritada – Apenas desista de ser um enfermeiro! você é uma pessoa péssima, e pessoas péssimas não podem cuidar de outras pessoas – gritou irritada.

Khao apenas abaixou a cabeça e escutou cada palavra vinda de sua superior. Ele não havia como revidar, sabia que o erro era seu e não tinha forma de retirá-lo de suas costas.

Durante o resto de seu turno não deixava de pensar no que faria à seguir. Teria que realmente ligar para seus pais e pedir para voltar para lá depois de tudo que o fizeram?

Quando pensou em fazê-lo não achou que teria que realmente realizá-lo. 

Talvez pudesse arranjar outro emprego que pagasse mais? Já que agora teria a parte da noite livre?

Eram tantas coisas pra se pensar, junto ao cansaço e a dor de sua queimadura que ele sentia-se em confusão, seu desejo era apenas cair na cama e descansar.

Faltar as aulas do dia seguinte parecia ser bem atrativo para sí, visto que agora sua desmotivação para continuar à fazê-la quase dominava seu corpo.

(...)

– Aishhh! Porra! Isso só pode ser brincadeira – gritou irritado ao chegar em sua casa.

Suas coisas estavam encaixotadas para o lado de fora da porta. A fechadura havia sido trocada e agora ele não poderia mais adentrar para sequer descansar por 5 minutos.

Sentou-se na frente da porta amaldiçoando o dono e seus vizinhos. Aquilo era muita covardia consigo.

Não haviam completado 2 semanas de seu despejo, porquê o homem estava fazendo aquilo?

Agora onde ele moraria? Sem emprego e sem casa?

As lágrimas que antes mantinham-se presas dentro de si rolaram fazendo seu coração aliviar-se minimamente. Soluços silenciosos vinham de si.

Khaotung via-se acabado, desejou apenas nunca ter decidido mudar-se da casa de seus pais, mesmo que fosse quase impossível viver junto à eles.

Após um tempo tentando libertar todo o seu sufoco pegou as caixas com seus pertences e colocou-os no carro.

Buscava um local que fosse tranquilo para estacionar e descansar por um tempo antes de voltar ao trabalho.

Durante o percurso pegou-se pensando que se isso tivesse acontecido antes, certamente não deixaria o dono fazer isso consigo. Iria atrás do homem apenas para ameaçá-lo.

Mas hoje sua exaustão era tanta que sequer desejava mais incômodos, apenas aceitou toda a situação e saiu sem ao menos querer entender o porquê.

Quando finalmente encontrou um local tranquilo, estacionou o carro e ajeitou-se no banco buscando a posição mais confortável possível.

E ali ele dormiu pelo tempo necessário para sentir-se minimamente melhor.

(...)

Khaotung era forte, tanto fisicamente quando mentalmente.

A relação que tinha com seus pais parecia perfeita quando criança, eles o respeitavam e idolatravam.

Não importava o que fizesse, aos olhos de seus pais era perfeito apenas por ter sido feito pelo pequeno Thanawat.

Mas algo mudou após o garoto completar 13 anos.

Podia sentir a indiferença vinda de seus pais, não era reconhecido por nada do que fazia, mesmo sendo considerado o melhor aluno de sua classe, ainda assim, não recebeu uma única palavra boa de seus pais.

Após longos 3 anos vivendo dessa maneira, pôde finalmente entender o motivo da mudança de tratamento que recebeu.

Seus pais descobriram o que ele mais tentava esconder.

Ele escrevia em um diário sobre seus dias, seus desejos, seus segredos.

Ele ainda não sabia sobre seus gostos, então apenas delatava sua confusão sobre o caderno, que, um dia, seus pais tiveram acesso fazendo-os mudar completamente a forma de verem o próprio filho.

Khaotung não entendia o porquê de seus pais nem ao menos terem tentado conversar consigo sobre o assunto. Simplesmente passaram à tratar a si como um completo desconhecido e isso fazia-o sentir-se terrivelmente mal.

E mesmo após 10 anos do ocorrido eles nunca buscaram falar sobre isso com ele. Desde que mudou-se para a capital não recebe uma única ligação vinda deles.

E por mais que ele odeie admitir, ele sente-se mal por não tê-los por perto.

(...)

– Khaotung? Porque você tá dormindo aqui? –

Playing Games (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora