Todo bobinho! || Cap 11

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Oliver Williams

Minha respiração está acelerada, a maioria dos meus músculos ardem, a exaustão está por todo meu corpo.

Isso é o efeito colateral de jogar Hóquei. Os treinos pesados, exercícios que destroem sua musculatura de tão difíceis.

Mas cada dor é esquecida quando ouço as pessoas gritarem nossos nomes e nos parabenizar pela vitória.

O grito do treinador faz todos pararmos e olhá-lo.

— Como vocês já sabem, o jogo contra o pessoal do Detroit Red Wings — ele começa — E eu espero muito que possamos levar mais uma vitória para casa.

Ele continua a falar sobre novas técnicas que podemos aplicar para termos um jogo mais fácil para nós, de como ele acredita que o time vai deixá-lo orgulhoso, entre outras formas de nos encorajar.

Dez minutos de discurso do treinador, mais quarenta minutos de treino, para só assim sermos liberados.

Alguns garotos do time resolvem ir para um bar perto da universidade. Resolvo ir também, mesmo não bebendo nada alcoólico durante a temporada de jogos, eu gosto de papear com o time fora do gelo.

Antes de sair do vestiário, onde estou trocando de roupa. O treinador me chama.

— Willians, estou muito orgulhoso do seu desempenho nos treinos — sua constatação faz eu abrir um sorriso interno — Espero que continue assim nos jogos.

— Obrigado, treinador. — visto minha jaqueta — Estou dando o meu melhor, senhor.

— Alguns olheiros do Toronto Maple Leafs estarão nos próximos jogos, talvez você tenha a sorte deles entrarem em contato com você.

Esse time canadense recebeu ótimas pontuações nos últimos anos. Seria um sonho fazer parte dele. Muitos achariam que isso é coisa grande, mas eu, Oliver Willians, tenho certeza que posso conseguir entrar no time.

— Sério? Isso seria ótimo para minha carreira no Hóquei!

— Então trate de se sair bem no próximo jogo, Willians.

Me despeço do treinador e vou em direção ao estacionamento.

Durante todo o trajeto até o bar fico orgulhoso de mim mesmo.

Minha família nunca me apoiou o suficiente na minha carreira no Hóquei. Para eles isso é perda de tempo.

Toda minha linhagem é composta por grandes empresários, isso é passado de pais para filhos. Infelizmente meu pai não teve a sorte de ter um filho que pensa em empresas da família.

Quando chego no bar, o cheiro de cerveja, vozes de pessoas já alteradas, são as primeiras coisas que percebo.

Ando até a mesa de está os garotos e me sento em uma das cadeiras.

— Oliver Williams — Bryce passa o braço por meu ombro, o seu bafo de cerveja faz eu enrugar o nariz — Você vai beber uma dose hoje? Não aceito não como resposta.

Saio do seu meio abraço.

— Não, eu não vou. — ele revira os olhos e resmunga algo incompreensível na minha audição — E você também não deveria.

Ele ergue o braço e leva o copo com a bebida à boca.

— Para de ser chato, uma cerveja ocasionalmente não faz mal. — ele bebe mais um gole — Se você continuar assim vai terminar sendo um idoso solteiro, dono de um cachorro chamado Beethoven, em uma casa com cheiro de falta de banho.

Faço cara de nojo.

— E se você continuar assim, vai acabar morto de cirrose hepática.

— Alguém já te disse que você é sem graça?

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